sábado, dezembro 3

Bitaites & Bitaites

A Autoridade da Concorrência (AdC), encomendou um estudo à Universidade Católica: “A Situação Concorrêncial no Sector das Farmácias", dado a conhecer com grande badalação no passado dia 29.11.05, o qual faz três recomendações ao ministro da saúde:
- Liberalização da abertura e propriedade das farmácias;
- Regulamentação do preço dos medicamentos através do estabelecimento de um tecto máximo;
- Venda de Medicamentos pela Internet.

O ministro da Saúde, António Correia de Campos deve ser cauteloso em relação às recomendações. É que, subitamente, todo o mundo desatou a dar-lhe recomendações e mais recomendações, umas encomendadas outras nem por isso.
Só a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) permanece sem pio.
Quanto à AdC estou de acordo com o Avelino:
«Esta entidade toda-poderosa, a AdC, até há poucos meses atrás apenas tinha incomodado a Triunfo por ser monopolista na produção das famosas "Línguas-de-Gato" - não, não estou a brincar.
Hoje é a maior, e percebeu que encomendar estudos e mandar uns bitaites sobre o que não sabe, é garantia de sucesso mediático - é dos Mateus, do Abel ao Rosé!
E, vamos esperar pelas próximas recomendações!... »
Avelino.

4 Comments:

Blogger xavier said...

Segundo o DE n.º 3769 de 30.11.05, os hospitais privados e os hospitais empresarializados vão estar sob a mira da AdC, revelou o presidente desta entidade.
Abel Mateus explica que estes são casos em que existem barreiras à entrada de novos concorrentes e onde os preços são igualmente fixados pelo estado.
Segundo Abel Mateus esta análise deverá ocorrer até final do primeiro semestre do próximo ano.

Portanto vamos ter, tudo leva a crer, mais estudos, e mais recomendações para o Ministro da Saúde.
O que é preciso é concorrência para animar a malta !

11:24 da manhã  
Blogger xavier said...

A principal novidade do relatório dos peritos contratados pela Autoridade da Concorrência (AdC) para estudar o sector das farmácias é a recomendação de vendas pela internet.
DE on line.

Para isto não era necessário pagar uns largos milhares de euros à Universidade Católica pelo estudo.
Qualquer leigo na matéria sabe que vendas de medicamentos pela Internet é uma recomendação pouco recomendável.

11:35 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Não sei se este pseudónimo(?) (belmirito) é uma associação de ideias ao primeiro estabelecimento (Continente-Loures Shoping) de venda de Medicamentos não sujeitos a receita médica)relacionando esse facto com o que a seguir se afirma: 2 ou 3 grupos económicos tomariam conta do mercado...
Não vejo que a liberalização da abertura de farmácias seja só por si sinónimo de caos nas comparticipações do SNS. As comparticipações poderiam ser de montante fixo para cada medicamento, por exemplo, e depois não há nada que hoje um bom sistema e programa informático não resolva.
Concordo que a falta de concorrência tem muito a ver com o poder de monopólio da indústria farmacêutica e que aparentemente deveria ser abolido. Aparentemente, porque nos situamos na verdade numa área onde os elevadíssimos custos da investigação e desenvolvimento não podem deixar de ser "protegidos". E o actual sistema de passagem para a situação de "genérico" é de certo modo uma tentativa, ainda não totalmente conseguida, de incremento da concorrência no mercado do medicamento.
Claramente me parece que a exclusividade da propriedade reservada a farmacêuticos não faz nenhum sentido. E também não se vê o alcance da compra de medicamentos pela internet. Se a necessidade do medicamento é imediata, o recurso à compra via internet é incompatível; se se trata de tratamento continuado não se vê necessidade de recurso à internet e sempre se coloca o problema da necessidade de exibição da receita médica correspondente.
O que de todo merece a minha discordância são as críticas à AdC e entendo que a Universidade Católica é merecedora de confiança, enquanto entidade de ensino e investigação com provas dadas, tal bastando para acreditar na seriedade do seus estudos (mesmo que possam não ter a nossa total concordância).

11:36 da manhã  
Blogger ricardo said...

O estudo é fraquito.
As recomendações resultam avulsas face ao desenvolvimentop do trabalho.
O estudo do benchmark é mal conduzido não se aprofundando o resultado das diversas experiências.
Sob o ponto de vista do ministro poder-se-à dizer que há contributos que no lugar de ajudarem, bem antes pelo contrário.

1:30 da tarde  

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