quinta-feira, dezembro 1

Dia Mundial VIH/ Sida

Este ano, as comemorações oficiais do Dia Mundial da Luta Contra a Sida centram-se na promoção da realização do teste VIH/sida.

Na UE, Portugal apresenta a mais elevada taxa de incidência da infecção VIH (280: 1.000.000 de habitantes, em 2004), acima do dobro das mais altas observadas nos restantes países.

Em Portugal, não se conhece ainda o Padrão Epidemiológico da Infecção VIH/sida. Não conhecemos, por exemplo, o risco real entre populações caracterizadas por exposições particulares, como trabalhadores do sexo, homens que têm relações sexuais com homens ou utilizadores de drogas injectáveis.
Cabe à Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, criada pelo Despacho n.º19871/2005, de 15 de Setembro, dirigida pelo Professor Henrique Barros, coordenar a elaboração e dirigir e avaliar a execução do Programa Nacional de Prevenção da Infecção VIH/sida e das medidas específicas adequadas às metas prioritárias estabelecidas no Plano Nacional de Saúde e, em geral, assegurar as atribuições anteriormente cometidas à Comissão Nacional de Luta contra a Sida.
Sobre o desenvolvimento de políticas eficazes de combate à pandemia, do HIV/Sida, ver os artigos linkados a seguir: Applying Public Health Principles to the HIV Epidemic Aggressive H.I.V. Monitoring Is Urged by City Health Chief

6 Comments:

Blogger xavier said...

Para quando vermos Professor Henrique Barros ou o CC fazerem o teste VIH/sida com a cobertura da TV, como aconteceu no Brasil ?

Para quando uma educação sexual efectiva nas nossas escolas ?

Para quando a declaração de um responsável da igreja portuguesa a favor do preservativo ?

Para quando a melhoria do acesso ao preservativo - escolas, universidades, hospitais, empresas - a preços mais baixos ?

Para quando uma campanha a sério de distribuição de seringas e preservativos aos nossos presos ?

Enquanto a nossa sociedade der prioridade à hipocresia, não vamos lá.
Não prevenimos coisa nenhuma, para depois gastarmos milhões dos nossos impostos na distribuição hospitalar de antiretrovirais.
E ainda por cima temos de ouvir a homília do padre Feytor Pinto.
Não há pachorra !

3:27 da tarde  
Blogger helena said...

O que é que o direito à saúde tem a ver com o poder?
A resposta a esta questão foi dada por Mary Robinson, antiga Presidente da Irlanda e ex-Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, com outra pergunta. "Por que será que, em média, nos países da África subsariana, a probabilidade de uma jovem entre os 16 e os 24 anos contrair HIV é seis vezes maior do que nos rapazes da mesma idade?".
JPúblico 29.11.05

3:32 da tarde  
Blogger xavier said...

Sobre a necessidade de desenvolver uma política de monitorização mais efectiva ver o artigo do NYTimes de hoje :

http://www.nytimes.com/2005/12/01/nyregion/01aids.html

3:49 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Infelizmente, quando tanta coisa se inventa nas àreas das novas tecnologias, os progressos na prevenção e tratamento da "doença" são bem mais lentos. E de tal forma a nossa ânsia é grande no surgimento de soluções, que muitas vezes nos interrogamos se não haverá interesses que impedem o progresso na descoberta da cura para certas doenças.
Tenho sérias dúvidas de que o preço do preservativo seja um obstáculo ao seu uso. O que está sobretudo em causa é a "mentalidade" e a "educação".
Concordo com a distribuição gratuita a grupos de risco, mas como sabemos, parece que cada vez menos esses grupos são "claramente" identificáveis.
Concordo com Alrazi e atrevo-me a acrescentar (em tom irónico) : estará o próprio MS interessdo na luta contra a doença? É que, como se verifica, substituiu uma CN de "LUTA CONTRA" a SIDA por uma outra designada CN "PARA A INFECÇÃO" VIH/SIDA.

2:19 da manhã  
Blogger saudepe said...

Sem falar no preservativo, o Papa Bento XVI afirmou ontem que os programas baseados na abstinência e na fidelidade conjugal estão a ajudar a combater a sida em várias partes de África.
JPúblico 02.11.05
Pregar a abstinência e a fidelidade conjugal em África não faz sentido face à cultura destes povos.
É necessário desenvolver verdadeiras ajudas através de campanhas de prevenção da doença bem conduzidas que já comprovaram a sua eficácia nalguns países africanos ?

10:40 da manhã  
Blogger xavier said...

Coincidindo com o Dia Mundial contra a Sida, o Banco Mundial lançou um novo plano de ajuda no combate à epidemia. Um dos objectivos chave desta acção é ajudar os países a formularem melhores estratégias nacionais para o combate à doença.

De acordo com o director do programa, Debrework Zewdie, em muitos países a luta contra a doença tem sido definida como uma resposta de emergência e todos correspondem a um mesmo padrão, explica este organismo internacional , na sua página da Internet.

"Em numerosos países, a epidemia estabilizou, mas em muitos outros converteu-se num problema muito grave. E ao analisar-se os planos estratégicos de muitos países, verifica-se que todos correspondem a um mesmo padrão", afirma Debrework Zewdie.

Por isso, acrescenta, "é necessário definir exemplos concretos, por exemplo qual a causa da epidemia num determinado país e direccionar os recursos nesse sentido". Para o Banco Mundial as estratégias nacionais têm que se readequar, porque apesar dos avanços e recursos, em 2005 o número de mortos e de novos infectados pelo HIV foi maior que nos anos anteriores.
JN 02.11.05

2:36 da tarde  

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