sábado, janeiro 7

Carmen Pignatelli

Entrevista à Gestão Hospitalar







A classe está desacreditada graças a alguns dos seus próprios membros, nomeadamente CC, FR e MD. A ENSP tem funcionado como feudo de alguns barões, que nela se projectaram para altos cargos da Nação.
O trabalho feito no terreno pelos AH, a grande maioria de elevada capacidade e competência, é constantemente desbaratado por políticos e politiquices mesquinhas em que imperam os interesses privados, em detrimento do interesse colectivo.
Aos AH têm imputado os males e as crises dos HH, servindo de bodes expiatórios às asneiradas politicas e cedências às corporações.
Têm sido afastados dos centros de decisão e dos cargos para os quais foram formados, sendo substituídos por pessoal sem qualificações para além da cor partidária. E já cansa o argumento de que para se ser competente na gestão dos HH não é necessário ser-se AH. Num país em tanto se fala em falta de qualificações e nas necessidades de formar quadros, algo me escapa em relação a este argumento…
Que a ENSP não tenha o exclusivo de formação de AH, concordo. Agora que não seja exigida formação adequada a quem assume lugares de gestão intermédia e de topo nos HH, nem ao diabo lembra! Por essas e por outras é que o país chegou ao estado em que está!
Hoje em dia, a própria Ordem dos Médicos reconhece a necessidade dos médicos terem formação em gestão de serviços de saúde, para assumirem responsabilidades enquanto directores de serviços. É reconhecida por todos a complexidade e os desafios da gestão dos cuidados de saúde e a necessidade de apostar em modelos eficientes, sem prejuízo do acesso por parte dos utentes.
Como é que a SEAS, Carmen Pignatelli, tem o descaramento de fazer tais afirmações?
Que se possa aprender com os privados, concordo. Garanta-se formação e informação aos quadros da FP, incluindo AH, e não apenas a uns quantos privilegiados.
Que as equipas de gestão sejam multidisciplinares, óptimo! Por isso é que há AH licenciados em Gestão, Direito, Engenharia, Medicina, Enfermagem, Sociologia, etc. Ou para CP equipas multidisciplinares correspondem a um membro do PS vindo da Fundação Oriente, outro do PSD vindo do Grupo Mello, um membro do CDS vindo do Fundo de Desemprego…

O sector privado, esse aproveita a formação e experiência do AH. São já alguma dezenas que estão a trabalhar para grupos privados ligados à Saúde. Para esses, os AH são competentes e necessários...
As máscaras de CP e CC começam a cair. E a APAH claro, dança conforme a música.
Xico
A minha chapelada para este comentário.

2 Comments:

Blogger xavier said...

Além da logística o xico sai-se com este comentário.
Antêntico Cristiano Ronaldo da SaudeSA.

3:39 da tarde  
Blogger helena said...

Este texto do xico parece-me a análise mais sensata sobre a actual situação dos AH.

Mas talvez assistamos a um degradar rápido da situação.

Hoje, durante a entrevista da SIC ao Francisco Louçâ o jornalista referiu-se sem rebuço à má prestação de CC e à eventualidade de a curto prazo vir a ser substituído.

Uma vaga de fundo está em formação.
Quando a onda do Tsunami chegar muitos sucumbiram.

A Revolução da Saúde necessita de um líder mais sereno e esclarecido sobre as lutas sociais.

12:29 da manhã  

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