Notas Breves
1. Sobre o Estado.
É curioso ver que aqueles que se dizem defensores do liberalismo, adeptos do mercado contra o Estado, são os primeiros a servir-se do Estado, a chulá-lo até ao tutano, à nossa custa, em nome de uma apregoada sacrossanta lógica de eficiência e de eficácia. Se queremos um Estado Mínimo, não devemos deixar de exigir um Estado rigoroso na sua gestão, sério e honesto nos seus procedimentos, imparcial, transparente, etc. Como não podemos deixar de condenar todos quantos de uma maneira vergonhosa se têm servido dele para benefício próprio, o que, infelizmente, é mais frequente do que o que parece. Sobretudo, por parte daqueles (regra geral, a direita) que tão mal falam do Estado e dos funcionários públicos, mas não hesitam perante despesas sumptuosas em proveito próprio, tão mal gerem quando à luz do interesse público.
A este propósito, não posso deixar de referir o facto de, pela primeira vez (concorde-se ou não com as políticas tomadas), a esquerda não estar a ter medo de decidir, de estar a olhar para a coisa pública sem o laxismo habitual e de estar a mexer em aspectos e áreas fundamentais que antes geral tabu para a esquerda. Só é pena, que a lógica não atinja com a mesma virulência» quem mais tem e quem mais pode» (diz o Jerónimo), embora também se note uma lógica diferente (por exemplo, quando a lei que cria os HH EPE vem obrigar estes a depositar as suas disponibilidades e aplicações financeiras na Direcção Geral do Tesouro em detrimento da banca comercial, como até agora sucedia. O que irá fazer a banca?)
2. Sobre a rapaziada do INA. Circula nos hospitais uma lista com alunos do INA recém diplomados a oferecer-se através da DGAP para serem colocados por quem os quiser. São nomeados a título definitivo para os lugares de quadro, com a categoria de técnicos superiores de 2ª classe. Se não tiverem quadro, fica, além do quadro. Há juristas (muitos), psicólogos, economistas, gestores de recursos humanos, licenciados em Gestão e Administração Pública, engenheiros (de produção industrial, florestais, do ambiente, etc. Vantagem: não precisam de concurso, podem ser admitidos de imediato, têm a garantia da selecção e de já estarem prontos para o trabalho. Mas nos HH EPE, cujos quadros estão a extinguir quando forem vagando e em que as admissões são feitas em CIT, como é?
3. Sobre as eleições.
A este propósito, não posso deixar de referir o facto de, pela primeira vez (concorde-se ou não com as políticas tomadas), a esquerda não estar a ter medo de decidir, de estar a olhar para a coisa pública sem o laxismo habitual e de estar a mexer em aspectos e áreas fundamentais que antes geral tabu para a esquerda. Só é pena, que a lógica não atinja com a mesma virulência» quem mais tem e quem mais pode» (diz o Jerónimo), embora também se note uma lógica diferente (por exemplo, quando a lei que cria os HH EPE vem obrigar estes a depositar as suas disponibilidades e aplicações financeiras na Direcção Geral do Tesouro em detrimento da banca comercial, como até agora sucedia. O que irá fazer a banca?)
2. Sobre a rapaziada do INA. Circula nos hospitais uma lista com alunos do INA recém diplomados a oferecer-se através da DGAP para serem colocados por quem os quiser. São nomeados a título definitivo para os lugares de quadro, com a categoria de técnicos superiores de 2ª classe. Se não tiverem quadro, fica, além do quadro. Há juristas (muitos), psicólogos, economistas, gestores de recursos humanos, licenciados em Gestão e Administração Pública, engenheiros (de produção industrial, florestais, do ambiente, etc. Vantagem: não precisam de concurso, podem ser admitidos de imediato, têm a garantia da selecção e de já estarem prontos para o trabalho. Mas nos HH EPE, cujos quadros estão a extinguir quando forem vagando e em que as admissões são feitas em CIT, como é?
3. Sobre as eleições.
O pior que tiveram foi o terem-nos demobilizado a todos, por mim falo. Parabéns ao tonitosa. Não se esqueça de nós quando for para assessor do PR para a área da Saúde. Pela parte que me toca, jamais votaria em tal personagem, mas como dizia o Alegre, não me tirou o sono. Dormi como um justo.
4.E o Delgado, quem viu o Delgado?
Rapaziada, voltemos ao trabalho!
Rapaziada, voltemos ao trabalho!
vivóporto
Etiquetas: Vivóporto
1 Comments:
Que dizem os colegas desta preciosidade de "transparência na nossa Administração Pública" com os "meninos INA" a serem escandalosamente beneficiados em relação a todos os outros cidadãos?
Conhecem qualquer outra situação em que seja possível ingressar na Função Pública sem concurso? Conhecem alguma situação em que um estabelecimento de ensino (?), melhor de "formação", decida quem pode ou não ingressar nos quadros do Estado?
Lembram-se do debate que aqui travei sobre os cursos do INA para dirigentes da Administração Pública, onde a situação pouco difere da presente?
É escandaloso e viola todos os princípios da igualdade, transparência e justiça social. É ainda uma lei que viola, em meu entender, a lei de defesa da concorrência.
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