ACS, entrada de pé direiro
foto CM
Jorge Sampaio a 8 de Março, último dia do seu mandato, Dia Internacional da Mulher, visitou a Maternidade Alfredo da Costa acompanhado pelo ministro da saúde, António Correia de Campos.
Hoje (10.04.06), foi a vez do novo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, escolher uma instituição da Saúde, o Hospital Dona Estefânia para fazer a sua primeira visita oficial .
Como de costume, não faltou quem atribuísse a esta escolha um significado especial .
Para JMF, (link) o PR quis «enviar alguns sinais, se bem que subtis. O primeiro foi ter realizado a visita acompanhado por um dos ministros decididamente mais reformadores deste Governo, e por isso mesmo um daqueles que estão sob o fogo quase constante dos mais variados interesses (ainda ontem, por causa do encerramento de uma maternidade, houve mais uma manifestação): Correia de Campos. O segundo foi ter escolhido uma área polémica, a da saúde, e ter-se recusado a fazer qualquer comentário público reafirmando o que disse na campanha e o que disse no discurso de posse, isto é, que diria sempre primeiro ao Governo o que tivesse a dizer. O recado foi directo para quem ainda esperasse que de Belém surgissem declarações sobre intenções do Executivo, em particular as que envolvem o Dona Estefânia. O terceiro foi ter escolhido um dos bons hospitais públicos, que disse conhecer como utente e cujo trabalho elogiou: num país onde se está sempre a criticar os serviços públicos, a mensagem não podia ser mais clara. Tanto mais que o Dona Estefânia é realmente um caso de sucesso, tendo recebido o ano passado um prémio pelo trabalho da sua Comissão de Humanização e Qualidade e estabelecido uma parceria com uma associação privada com sede nos EUA para construir quartos capazes de acolher as famílias de crianças internadas com menos recursos económicos.»
Apoio a um Hospital Público da Rede do Serviço Nacional de Saúde, parece-nos um bom começo de Cavaco Silva.
Hoje (10.04.06), foi a vez do novo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, escolher uma instituição da Saúde, o Hospital Dona Estefânia para fazer a sua primeira visita oficial .
Como de costume, não faltou quem atribuísse a esta escolha um significado especial .
Para JMF, (link) o PR quis «enviar alguns sinais, se bem que subtis. O primeiro foi ter realizado a visita acompanhado por um dos ministros decididamente mais reformadores deste Governo, e por isso mesmo um daqueles que estão sob o fogo quase constante dos mais variados interesses (ainda ontem, por causa do encerramento de uma maternidade, houve mais uma manifestação): Correia de Campos. O segundo foi ter escolhido uma área polémica, a da saúde, e ter-se recusado a fazer qualquer comentário público reafirmando o que disse na campanha e o que disse no discurso de posse, isto é, que diria sempre primeiro ao Governo o que tivesse a dizer. O recado foi directo para quem ainda esperasse que de Belém surgissem declarações sobre intenções do Executivo, em particular as que envolvem o Dona Estefânia. O terceiro foi ter escolhido um dos bons hospitais públicos, que disse conhecer como utente e cujo trabalho elogiou: num país onde se está sempre a criticar os serviços públicos, a mensagem não podia ser mais clara. Tanto mais que o Dona Estefânia é realmente um caso de sucesso, tendo recebido o ano passado um prémio pelo trabalho da sua Comissão de Humanização e Qualidade e estabelecido uma parceria com uma associação privada com sede nos EUA para construir quartos capazes de acolher as famílias de crianças internadas com menos recursos económicos.»
Apoio a um Hospital Público da Rede do Serviço Nacional de Saúde, parece-nos um bom começo de Cavaco Silva.
5 Comments:
Ao Xavier,
Coloquei um comentário. Não sei que se passou mas penso que, depoiis de estar inserido, algo de anómalo se passou e o mesmo desapareceu.
A net tem destas coisa. Talvez o Xavier o possa recuperar.
Um abraço
O Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva, não me surpreende pela sua postura. Ao contrário de outros, sempre acreditei que uma vez eleito, Cavaco Silva teria na Presidência da República a mesma postura de seriedade e dignificação do cargo que teve como Primeiro Ministro.
Não tenho memória curta e por isso sei bem aquilo que o próprio Correia de Campos disse durante a campanha para as eleições presidenciais. Críticas em que foi seguido, por significativa maioria dos comentadores deste blog.
Eis pois a primeira lição do Professor àqueles que deles disseram o pior.
Tenho dúvidas, porém, quanto à sintonia do PR com CC na forma como o D. Estefânia foi feito EPE e no relacionamento com o Professor Luis Nunes.
Caro Xavier,
O comentário só agora surgiu.
Um abraço, mais uma vez.
ACS, como já nos habituou, disse o que bem entendeu e não o que a imprensa gostaria de ouvir.
Sobre o destino do HDE, integração no CHL-ZC, e sobre o recente pedido de demissão do Presidente do CA, Prof. Luís Nunes, informou os jornalistas de que tinha tido uma conversa prévia com CC.
Neste contexto não é fácil perceber as motivações desta visita.
O HDE está a passar por um terrível estrangulamento financeiro. E este problema foi resolvido por CC, num golpe de asa, integrando-o no CHL-ZC.
Não havia nenhum estudo nem se conhece nenhuma orientação estratégica que apontasse para aquela decisão.
O planeamento no MS continua ao sabor das circunstâncias. É pena.
E cá temos a dupla CS/CC a funcionar.
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