domingo, abril 9

HSM - Consultas por Computador


Não se trata de criticar por tudo e por nada.
A gestão do "core business" é muito dificíl.
Por isso, o melhor é arranjar pequenas mudanças de pormenor e conseguir, com isso, visibilidade e protagonismo bacoco.
É muito triste criar vaidade com aplicações informáticas que já deviam estar no terreno há mais de 10 anos (há quantos anos na Holanda as receitas são electrónicas e enviadas por e-mail para as farmácias ?).
Nada nos foi dito sobre a lista de espera actual e a que se estima ter no final do ano.
Também é triste ver como a comunicação social de um país atrasado vai apanhar as canas e nada pergunta sobre a análise custo benefício e quais as metas de acessibilidade que foram estabelecidas.
Porque não avançam com as estatísticas de produção de consultas do mês de Março e os objectivos da produção mensal até Dezembro, por especialidade ?
Por favor ! Pratiquem gestão e não se limitem a colocar flores na jarra, porque o que é preciso é mexer com os lóbis corporativos profissionais.
Parece óbvio, como não sabem ou não querem andar para a frente vão andando de lado e enganando os contribuintes.
A verdadeira gestão de produção passa por criar um processo clínico único no HSM e contratualizar com os médicos e os técnicos níveis de performance de acordo e coerentes com os honorários que recebem e a carga horária a que estão obrigados contratualmente.
O resto são cantigas.
Se não aplicarem técnicas de engenharia financeira, no final de 2006 se verão os resultados alcançados por está sábia e convencida administração. Num hospital universitário de um país civilizado nem sequer aqueciam o lugar.
vivaosns

3 Comments:

Blogger Carago said...

Meus caros

A grande revolução é que, se tudo funcionar bem e se a administração estiver atenta e tiver força para actuar em conformidade, se pode diminuir o ónus para o doente com as esperas de largos meses e anos para uma consulta hospitalar e tb para os médicos de família de verem devolvidos os seus pedidos de consulta para os seus doentes pelos motivos mais aberrantes e não só por quotas praticadas. Não será que a direcção clínica pode assim tb mais facilmente detectar quais as especialidades que não estar a dar resposta atempada e tomar medidas em conformidade? Esta medida poderá afectar muita gente. Mas os doentes e os Cuidados Primários de Saúde não afectará pela negativa, estou certo disso

11:22 da tarde  
Blogger tonitosa said...

As boas notícias surgem diariamnete!!!
"S. João afasta 16 directores"
Assim noticia o Expresso deste fim de semana.
"...o novo modelo, desenhado depois da passagem do estabelecimento de saúde a Empresa Pública (EP)...extinguiu alguns dos 50 serviços...mas há também directores que não foram reconduzidos no cargo por critérios de eficiência e gestão".
Afinal as mudanças continuam. E agora se percebe por que razão as coisas no HSJ não corriam bem: os seus directores eram incompetentes!
Houve pois que proceder a substituições.
Mas fica-se a saber, também que "o critério usado para escolher as novas chefias foi procurar "quem reunisse o melhor perfil para cada cargo, sem qualquer outro compromisso".
Eureka, meus senhores, digo eu. Finalmente acabaram as nomeações e escolhas políticas (?!), como muitos temos defendido aqui no Saude SA.
Aliás é esta nova tendência que temos vindo a observar em todos os EPE's. As novas escolhas têm incidido apenas em pessoas "altamente competentes" e acima de qualquer suspeita! Agora, os CA não são como aqueles "malfeitores" do SA's que só nomeavam pessoas sem experiência e incompetentes!
Fazia algum sentido ter Professores da Faculdade de Medicina como Directores de Serviço? Essa "cambada" de incompetentes!
Mas as coisas são ainda mais rigorosas. Na verdade, de acordo com a notícia do Expresso, os novos Directores tem "toda a autonomia, mas estão obrigados a cumprir o plano contratualizado, o que significa que no fim dos três anos de comissão de serviço terão de prestar contas, podendo ser reconduzidos ou não em função dos resultados...".
Portanto, senhores directores do HSJ: durante três anos podem fazer todos os disparates, podem gerir as vossas unidades orgânicas como muito bem entenderem.
Na verdade três anos até nem é muito tempo e os utentes nem sentirão os efeitos nefastos duma eventual má gestão?!
Será que o HSJ não tem que apresentar anualmente o seu relatóriuo de actividades? Será que a gestão não é feita ano a ano?
Será que durante três naos não é avaliado o cumprimento de objectivos?
E assim sa vai fazendo a verdadeira reforma da Saude:

«Dir-se-á que, em muitos casos se trata apenas de projectos, noutros de protótipos e finalmente em outros, de arranque ainda inicial. É verdade".
António Correia de Campos, JPúblico, 07. 04.06

Pois é, por isso tenho defendido que a avaliação positiva ou negativa das medidas tomadas é ainda prematura. Podemos criticar ou aplaudir esta e/ou aquela medida, mas fazer o elogio ou a critica das políticas prosseguidas, como se os resultados já evidenciassem o seu acerto, tende a gerar desconfiança das boas intenções dos seus autores.
E, como se verifica no HSJ e noutros HH e Intituições os "saneamentos" (palavra que não subscrevo) prosseguem, como sucedeu no passado.

2:18 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Poderá tratar-se de uma boa iniciativa, no entanto, mal lançada e eventualmente mal preparada.

10:41 da manhã  

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