Vale a pena
Ser proprietário de farmácia em Portugal
Segundo apurou o DE (21.04.06), com base na análise de documentos da A N F sobre a actividade farmacêutica em Portugal, a média do resultado líquido do exercício das farmácias portuguesas, em 2004, foi de 99 mil de euros, descendo para 81 mil euros na zona da Grande Lisboa link
4 Comments:
Do texto do DE destaco a seguinte passagem:
"Tanto o actual como o anterior ministro da Saúde preocuparam-se em introduzir medidas de racionalização do consumo de medicamentos e dos gastos do Estado neste sector, seja através da criação de um verdadeiro mercado de genéricos, no caso de Luís Filipe Pereira, seja através da introdução de alterações à política do medicamento que reduzem as margens dos produtores, distribuidores e comerciantes e aumentam os pagamentos dos utentes, no caso de Correia de Campos".
Sugiro que aqui se debatam estas políticas alternativas sob o ponto de vista dos gastos dos utentes e do Estado com medicamentos.
Matéria para a qual, estou certo, os nossos colegas Farmacêticos terão já informação privilegiada.
Caro Tonitosa,
Concordo com a sua sugestão, espero dar o meu contributo,ao longo de futuros comentários... Todavia agora tenho que ir almoçar, ... apesar de ser Sábado estive a trabalhar até agora, pois o nosso humilde estabelecimento, está aberto em horário continuo das 9:00 as 20:00 durante a semana e aos sabados das 9:00 às 13h... e os resultados apresentados andam dentro da realidade mas são o fruto do trabalho e produtividade de 9 pessoas que trabalham 40 e mais horas por semana, e mantem a porta aberta ao público que servem 60 horas por semana...
Um abraço
Eduardo
Quem trabalha e investe deve ser remunerado em função dessa sua atitude.
E o capital de conhecimento dos nossos farmacêuticos não pode ser menosprezado só porque a sua actividade se situa numa àrea "social". Antes pelo contrário.
Uma consulta de especialidade médica custa actualmente, no mínimo 80 euros.
E em média talvez não ocupe mais do que meia hora do trabalho do médico.
Mas, façamos contas simples:
Das 9 às 20 são 11 horas de trabalho diário. Admitamos duas horas para almoço. Restarão assim 8 horas para trabalhar. E é perfeitamente possível realizar 10 consultas nessas 8 horas diárias. Feitas as contas...temos 50 consultas semanais (5 dias) e 200 mensais. Receita possível: 16 mil euros mensais ou 176 000 euros em onze meses. O que permite remunerar o médico de forma que não será inferior à do farmacêutico.
E quais serão os resultados líquidos de conhecidas clínicas e laboratórios de MCDT? Porque não são notícia?
Antes de mais, algumas desculpas por só agora dar seguimento ao dialogo mas ontem dia 30, de Abril este vosso colega de Blogue, juntamente com a tripulação do barco Golfinho M2, sábiamente capitaneado pelo nosso skiper António Mendes, reunindo uma tripulação de malta, que quando mais jovem praticava vela na classe Snipe, no Seixal, entre as quais me incluo, ganhou a regata (Classe menos de 9 metros) dos 150 anos da ANL, a que se seguiu um desfile no Tejo. Na regata participaram mais de 80 embarcações e para que não restassem dúvidas demos quase 20 minutos de avanço aos segundos...
Agora coisas sérias
Caro Tonitosa,
Em meu entender para combater a despesa em ambulatório com os medicamentos CC,
só tinha que:
Manter o modelo de receita criado pela equipa de LFP,
Obrigar a prescrição por DCI, ou no caso do não cumprimento por parte dos clínicos, assumir que associado a uma marca do medicamento existe uma DCI, e que essa DCI teria prevalência sobre a marca.
O médico poderia EXPRESSAMENTE optar pela não substituição, justificando tecnicamente essa não substituição
Caso o médico não se opusesse á substituição ou a permitisse DEIXAR EXCLUSIVAEMTE AO UTENTE, a possibilidade de optar ou não pelo genério; Quem paga Pode!!!!...
Estabelecer um preço de referencia para cada DCI, baseados na existência ou não de genéricos e de estudos de farmacoeconomia...
Se os custos se descontrolassem o estado poderia ajustar em baixa periodicamente os PVP e/ou os preços de Referencia, de forma a distribuir os sacrifícios da baixa induzida por todo o circuito produção industria, e farmácias...
Por exemplo se Inflação + taxa de crescimento do PIB fosse = 4% e o mercado total crescesse 6%, o estado poderia induzir uma descida dos PVP ou dos preços de referencia em cerca de 2%...
Caso ainda assim não se conseguissem controlar os custos então poder-se-iam criar factores ponderados de preços de referencia relacionando não DCI's mas classes de farmacos dentro do mesmo grupo - farmacoterapeutico...
Baseados em estudos de farmacoeconomia...
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