Hospital da Prelada:complôt ou assalto ao poder?
O que está a passar-se na Misericórdia do Porto e no Hospital da Prelada é bem o retrato queirosiano deste pais:
1º- Uma coligação de PSDs de várias castas (Artur Osório, família Aroso e o ex-secretário de estado «bibelot» de Leonor Beleza, Faria de Almeida), de mãos dadas com a Igreja (via Cónego Ferreira dos Santos, conhecido erudito de Música Sacra e reitor da Igreja da Lapa) e, (porque não a suspeita?) com CC, via Menezes Correia, procura resolver pela força o que não conseguiu resolver pelos votos nem pela justiça;
2º- É sabido que houve eleições há algum tempo para a Provedoria da Misericórdia do Porto. Uma das listas era encabeçada por Guimarães dos Santos (fundador e ex-Director do IPO do Porto) e noutra lista concorria o actual Vereador da Cultura da Câmara do Porto, Fernando Almeida (ex-Administrador do IPO do Porto) e homem forte da Universidade Lusíada. Este elemento foi um dos que, entre outros, se terá feito irmão à pressa (parece que sem direito ainda a poder integrar listas mesmo a votar) terá dado motivo à impugnação das eleições por Guimarães dos Santos nos tribunais contra a lista ganhadora, por poucos votos, que terão sido conseguidos com tais artifícios e malabarismos;
3º- Somando um mais dois (Artur Osório-Fernando Almeida- Faria da Almeida, entre outras coisas, também médico da Ordem da Lapa-Cónego Ferreira dos Santos, reitor da Igreja com o mesmo nome e mandatado pela Igreja para tomar de «assalto» a Misericórdia, germanófilo como Rui Rio, a família Aroso, façamos o favor de pensar que apenas servindo-se do nome, como é timbre de muitos dos membros deste clã que parecem viver mais à sombra do tio do que de competências próprias, poderíamos dizer que estamos perante um ataque em força do PSD-Igreja-Câmara do Porto-Universidade Lusíada de «assalto ao poder», a uma instituição que não merece tal desdita.
4º- E é de perguntar (quem pergunta não ofende!): o que faz Menezes Correia ao lado desta gente (contra Raul Moreno, que parece ter sido acintosamente tratado!)? Terão querido envolver CC nesta tramóia? Quis CC envolver-se?
A novela só ainda agora começou. Estejamos atentos aos movimentos. Ainda haveremos de ouvir o Cónego Ferreira dos Santos, com ar seráfico e com a hipocrisia que a situação irá exigir, cantar, em gregoriano, o Salmo: «Onde estavas Tu, meu Deus, naquele momento?»
E CC? Nem só do Verbo morre o Homem, mas também da acção ou da omissão. Afinal não é o dinheiro dos nossos impostos que financia a Prelada?
pedro
1º- Uma coligação de PSDs de várias castas (Artur Osório, família Aroso e o ex-secretário de estado «bibelot» de Leonor Beleza, Faria de Almeida), de mãos dadas com a Igreja (via Cónego Ferreira dos Santos, conhecido erudito de Música Sacra e reitor da Igreja da Lapa) e, (porque não a suspeita?) com CC, via Menezes Correia, procura resolver pela força o que não conseguiu resolver pelos votos nem pela justiça;
2º- É sabido que houve eleições há algum tempo para a Provedoria da Misericórdia do Porto. Uma das listas era encabeçada por Guimarães dos Santos (fundador e ex-Director do IPO do Porto) e noutra lista concorria o actual Vereador da Cultura da Câmara do Porto, Fernando Almeida (ex-Administrador do IPO do Porto) e homem forte da Universidade Lusíada. Este elemento foi um dos que, entre outros, se terá feito irmão à pressa (parece que sem direito ainda a poder integrar listas mesmo a votar) terá dado motivo à impugnação das eleições por Guimarães dos Santos nos tribunais contra a lista ganhadora, por poucos votos, que terão sido conseguidos com tais artifícios e malabarismos;
3º- Somando um mais dois (Artur Osório-Fernando Almeida- Faria da Almeida, entre outras coisas, também médico da Ordem da Lapa-Cónego Ferreira dos Santos, reitor da Igreja com o mesmo nome e mandatado pela Igreja para tomar de «assalto» a Misericórdia, germanófilo como Rui Rio, a família Aroso, façamos o favor de pensar que apenas servindo-se do nome, como é timbre de muitos dos membros deste clã que parecem viver mais à sombra do tio do que de competências próprias, poderíamos dizer que estamos perante um ataque em força do PSD-Igreja-Câmara do Porto-Universidade Lusíada de «assalto ao poder», a uma instituição que não merece tal desdita.
4º- E é de perguntar (quem pergunta não ofende!): o que faz Menezes Correia ao lado desta gente (contra Raul Moreno, que parece ter sido acintosamente tratado!)? Terão querido envolver CC nesta tramóia? Quis CC envolver-se?
A novela só ainda agora começou. Estejamos atentos aos movimentos. Ainda haveremos de ouvir o Cónego Ferreira dos Santos, com ar seráfico e com a hipocrisia que a situação irá exigir, cantar, em gregoriano, o Salmo: «Onde estavas Tu, meu Deus, naquele momento?»
E CC? Nem só do Verbo morre o Homem, mas também da acção ou da omissão. Afinal não é o dinheiro dos nossos impostos que financia a Prelada?
pedro
12 Comments:
A Blogger continua com problemas.
hoje foi quase impossível postar e fazer comentários.
A manutenção prossegue
Down for Maintenance
Blogger is temporarily unavailable due to an unexpected technical problem.
Our engineers are working hard to fix Blogger. We will be back up as soon as possible.
O Hospital da Prelada é um hospital público?
Se não é, porque razão haveria de obedecer a regras e princípios que coarctam a livre escolha dos seus dirigentes?
É curioso como esta mudança trouxe tanto mal estar a algumas pessoas.
Há quem goste e há quem não goste mas que se ponha em causa a competência de uns e se enalteça a de outros (só porque serão associados a esta ou àquela força política e a esta ou àquela entidade - incluindo CC) pode parecer pouco "honesto".
Não se poderia então dizer a mesma coisa dos anteriores responsáveis, ainda que as "ligações" fôssem outras?
A Misericórdia do Porto não é mais nem menos do que uma outra qq instituição, que gere (e é proprietária) de hospitais.
O Hospital da Prelada é pago pelos serviços que presta aos preços estabelecidos e não tem que ser condicionada na gestão. Doa a quem doer.
Se os escolhidos fôssem outros, se os "amigos" não tivessem sido apeados, concerteza os "contestatários" estariam em silêncio.
É um acto de gestão da Misericórdia do Porto que os actuais responsáveis tomaram. E quando me vêm falar de coligações PSD-Igreja- e, pasme-se, CC, estou esclarecido.
É A VIDA ... e atirar "bocas" sobre ética e moral é sempre uma coisa que fica bem a qq crítico. É preciso concretizar as acusações para mostrarmos que temos razão.
Eu percebo o "desgosto" pela saída "Sem Misericórdia" da actual equipa. Mas não vejo porque razão outros não possam aplaudir a decisão. E já houve quem o fizesse neste nosso espaço de diálogo.
Mas, no que me diz respeito, nem sequer me atrevo a pôr em causa a qualidade de quem saíu. Os lugares, porém, não são vitalícios!
Até dá vontade de rir!...
Basta ler os comentários par se ver onde está o sectarismo.
Que me recorde (e pode ler-se) ainda aqui não disse mal nem da anterior equipa nem da actual. E esta coisa de dizermos que "ou nós ou o caos" não é uma atitude sensata.
Caro Pedro, deixe-me que lhe diga frontalmente: sobre sectarismo, releia o que escreveu e depois falamos. Uma coisa lhe garanto: recuso-me a ser hipócrita.
Meu caro CAMUSNORTADA
Sou dos que não conhece o trabalho desenvolvido pelo Dias Alves e pelo Moreno na Prelada pelo que não contesto as suas afirmações de que “(...)nem um nem outro fizerem nada” .
Permita-me, contudo, que lhe diga que tenho muitas dúvidas que a sua afirmação corresponda à verdade.
Quer um, quer outro, ao longo das suas vidas profissionais, que no caso do Moreno é mais longa, deram provas de profissionais competentes destacando-se, inclusive pela positiva, da mediania dos AH.
Como qualquer profissional também têm os seus pecadilhos, as suas fraquezas, mas a sua natureza não lhes permite estar num local de trabalho a ver os comboios passar.
Não fui incumbido de fazer a sua defesa, mas sentir-me-ia muito mal se não denunciasse o que me parece ser uma certa dor de cotovelo por, provavelmente, não lhes chegar não só à sua capacidade de trabalho de AH como também de estudo e aprofundamento teórico de todas as vertentes que condicionam a actividade de gestão hospitalar, nomeadamente, a política de saúde.
Um grande abraço para o Dr. Raul Moreno e o Dr. Dias Alves.
Continua tudo na mesma.
Há quem confunda Gestão Hospitalar com mercearia.
Caro Pedro,
Porque não desisto de expressar as minhas ideias, apesar de um ou outro "energúmeno" há muito o desejarem e a esses também há muito deixei de dar lições de ética, continuando à espera de um só comentário (deles) que seja demonstrativo de conhecimentos e alguma competência (não é o seu caso, como se torna evidente) aqui venho mais uma vez pada dizer o seguinte: diga-me, s.f.f., onde está uma só palavra minha, a propósito desta mudança, a pôr em causa a competência dos "substituídos". Se o fiz, serei o primeiro a reconhecer que o fiz sem razão. Pela simples razão de que não acompanhei o seu trabalho no H. da Prelada.
Mas, pelas mesmas razões, não ataco (com desgosto de alguns) os novos gestores daquele hospital. Sei, no entanto que Guimarães dos Santos, como Artur Osório (tricas à parte) são pessoas de alto gabarito técnico merecedores do respeito dos que com eles se relacionam.
Como o serão certamente todos os outros, alguns com destaque no desenvolvimento de "temas sobre política da saúde" bem conhecidos dos comentadores deste blog.
Quanto ao financiamento do H. da Prelada, tanto quanto sei não é financiado pelo SNS, mas pago pelos serviços que lhe presta (ao contrário, como sabe, do hospital da CVP no passado não muito remoto).
A Sta. Casa de Misericórdia do Porto, por seu lado, é apoiada pelo Estado como o são as IPSS e subsidiada em parte pelos serviços que presta.
Deve ter sido assim, antes como para o futuro, a não ser que tenha havido "falcatrua"!
PS: por mim este assunto está encerrado. A não ser que tenha que vir reconhecer que critiquei os substituídos.
Vou falar estritamente do que sei.
Estagiei no Porto onde tive a oportunidade de conhecer o Dr. Raul Moreno, na altura Administrador Delegado do CA do H. de Santo António.
Leader nato, competente, educado e culto, conjunto de qualidades que é hoje cada vez mais raro encontrar nos nossos colegas.
O Dr. Dias Alves tem liderado vários projectos entre os quais o arranque do H. de Vila da Feira.
É o colega Administrador Hospitalar, economista de formação, mais brilhante que conheço.
Nunca vi ninguém analisar com tanta facilidade e profundidade os mais diversos problemas da gestão hospitalar, utilizando métodos científicos adequados.
Como a Clara diz: há muito boa gente por aí (nomeada por CC, acrecento eu) que se limita a fazer mercearia (sem ofensa para os merceeiros que já aprenderam a utilizar máquinas de calcular).
As Misericórdias do Porto estiveram prestes a ganhar o projecto de concessão do Hospital de Loures (concorrente com melhor pontuação que passou à fase de negociação).
Quem foi a alma e se fartou de trabalhar para este projecto?
A substituição da equipa de Gestão do Hospital da Prelada foi, a meu ver, injusta e sem fundamento, motivada por razões que num futuro muito próximo se tornaram claras.
Um grande abraço para o Dr. Moreno
e o Dr. António Dias Alves.
Se algum colega comentador deste blog vier a ser substituído do seu cargo como aconteceu à equipa do Hospital da Prelada, eu certamente não virei para aqui dizer: muito bem, o que se há-de fazer, é a vida.
O Dr. Raul Moreno e Dr. Dias Alves acabam de ser vítimas de jogos de poder e da canalice de alguns senhores que não olham a meios para atingir os fins.
Esse movmento canalha teve repercussões aqui na saudesa não por acaso.
Assistimos mesmo ao estranho caso de um interveniente que para salvaguardar a careca precisou de recorrer a serviços de terceiros.
O tonitosa já o sabemos de há muito é o agente de serviço do PSD o po~lícia de costumes da SaudeSA sempre pronto a correr em defesa dos seus correligionários SA.
Segundo entendi, o que interessa deslindar no meio desta tramóia tem a ver com o movimento de interesses para a criação de uma Central de Compras do Norte.
Protagonistas:um "menino" arrivista, AH SA, cheio de habilidades, mesmo a calhar aos interesses do Such.
Houve necessidade de limpar o terreno.
Nestas circunstâncias há sempre alguém à espreita, bem protegidos por outros grupos de interesses, prontos aocupar o lugar dos defundos.
As mesmas jogadas de sempre.
O que fará o Dr. Meneses Correia entre esta gente ?
Bem perguntado !!!
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