Externalizações
"Requalificação, com eventual externalização, da rede informática da saúde" (RIS) link GOP 2007
É de salientar o cuidado em referir "com eventual externalização". A palavra EVENTUAL o que faz nesta curta frase? Se as orientações do IGIF são para externalizar todas as aplicações e trabalhos de informática, cabendo-lhe apenas o planeamento e supervisão técnica dos contratos de "out sourcing".
A má consciência também se revela nestes pequenos pormenores.
Decisão diferente foi tomada em relação ao Such.
Segundo a presidente o "out sourcing" é negócio ruinoso para a Saúde . Sendo assim, o Such assumirá novas competências em áreas onde não tem qualquer "know how" ou experiência.
É de salientar o cuidado em referir "com eventual externalização". A palavra EVENTUAL o que faz nesta curta frase? Se as orientações do IGIF são para externalizar todas as aplicações e trabalhos de informática, cabendo-lhe apenas o planeamento e supervisão técnica dos contratos de "out sourcing".
A má consciência também se revela nestes pequenos pormenores.
Decisão diferente foi tomada em relação ao Such.
Segundo a presidente o "out sourcing" é negócio ruinoso para a Saúde . Sendo assim, o Such assumirá novas competências em áreas onde não tem qualquer "know how" ou experiência.
Moral da história: O que é bom para o IGIF (externalização das aplicações e redes informáticas) é mau para o SUCH (o que serve de justificação para o alargamento a novas competências: gestão da frota automóvel, serviços financeiros).
ricardo
5 Comments:
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É patente a falta de coerência deste Governo em relação à anunciada intenção de externalizar um grande número de serviços hospitalares.
Em relação ao Hospital de Santa Maria, foi mesmo anunciado um vasto programa de externalizações (privatizações) entre as quais os MCDTS.
Neste contexto, a decisão de encarregar o SUCH da criação de uma plataforma de serviços partilhados é mais uma boa ideia votada ao fracasso.(bondosa/piedosa para o Such)
Partindo do princípio que as pessoas que estão à frente do Such têm capacidade para gerir este emprendimento e que há boa receptividade por parte dos CAs dos hospitais, o "timing" para a realização deste projecto está ultrapassado.
O próprio processo de empresarialização dos hospitais caso se desenvolva normalmente se encarregará de triturar este bem intencionado projecto.
Sócrates (amarrado aos pactos e ao PR) querem soluções claras quanto ao mercado da saúde.
As novas funções idealizados para o SUCH patenteiam, uma vez mais, a falta de visão estratégica de CC.
Parece-me que pode haver aqui "um grande imbróglio", ou melhor uma "grande embrulhada".
As soluções "outsourcing" não são boas nem más de per si. São apenas soluções alternativas e que devem ser avaliadas caso a caso. O que é bom para o hospital A pode não o ser para o hospital B. O que é bom para os SI pode não ser bom para os MCDT's, etc.
Quanto à informática há muito que o IGIF demonstrou não ser solução. E nem sequer se justifica que sejam os seus serviços, por muito bons e voluntariosos que sejam os técnicos envolvidos, a assumir os SI's. Serão sempre experiências limitadas quando comparadas com as de empresas de software house com projectos eventualmente já desenvolvidos noutras instiuições. Coisa diferente é a gestão dos Sistemas ou de UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO para o SNS e nesse domínio parece-me que a solução apontada pode ser uma boa solução. Mas também aqui a externalização pode ser melhor solução se criar maior independência e responsabilização. O IGIF, enquanto organismo interno ao MS corre o risco de "pretender ser uma direcção geral" a quem ninguém pode exigir responsabilidades. E isso poderá significar na prática, manter tudo como está.
Quanto ao SUCH entendo que apenas poderá actuar como mandatário dos HH mas bem sabemos que há muito foi demonstrada a sua incompetência para essas tarefas. Talvez a solução deva passar antes pela privatização do SUCH, com a venda ou cedência à exploração dos equipamentos e instalações e pura e simples extinção dos serviços.
O SUCH não tem sido, nem será, competitivo na prestação de serviços como hotelaria e manutenção de instalações e equipamentos. E o seu know how é limitado a não ser que "desate" a recrutar novos quadros. Mas isso é ir contra os princípios orientadores em matéria de Administração Pública.
Por outro lado a centralização acabará com a pretendida concorrência (poderadas as suas implicações) entre HH. E ninguém tenha dúvidas: o período de gestão sob o modelo SA deu claros sinais de introdução de melhorias induzidas pelo célebre "tableau de bord".
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Hoje é aceite sem controvérsia a adjudicação a entidades externas de muitas prestações hospitalares como a alimentação, tratamento de roupa,assistência técnica, segurança, etc.
No tempo de LFP pretendeu-se alargar o número de prestações a adjudicar externamente: laboratórios de análises clínicas, imagiologia.
Além de hospitais com gestão privada, está prevista a concessão da exploração de Centros de
Saúde a entidades privadas.
O SUCH, como é sabido, é uma entidade que não é pública nem é privada, movendo-se neste limbo pardacento, pretensamente, em defesa do interesse público.
As vantagens da existência do SUCH -qualidade das prestações e preços vantajosos para as entidades adjudicantes - não se tem verificado na prática.
Por outro lado, o Such tem dificultado o desenvolvimento da competitividade entre prestadores externos que poderia ter tido grande repercussão na redução dos custos.
Estranha-se por isso que este Governo continue a apostar na manutenção e desenvolvimento desta entidade.
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