domingo, novembro 12

SU


IDEIA: Requalificação dos Serviços de Urgência (SU) do Serviço Nacional de Saúde(SNS).

O QUÊ: Melhorar o acesso dos utentes do SNS aos SU, estabelecendo como limite máximo indicativo uma hora de chegada ao atendimento num serviço de urgência médico-cirúrgica.

ONDE: Projecto a ser implementado nas três Administrações Regionais de Saúde (ARS) envolvendo os hospitais e centros de saúde da rede do SNS.

COMO: - Constituição de equipas dedicadas nos SU; criação de três níveis de Serviços: Serviço de Urgência Básica (SUB), o Serviço de Urgência Médico- Cirúrgica (SUMC) e o Serviço de Urgência Polivalente (SUP). Prevê-se que a rede nacional de urgências passará a ter um total de 83 unidades.

Proposta de encerramento de 14 unidades actualmente em funcionamento: Macedo de Cavaleiros, Régua, Vila do Conde, Fafe e Santo Tirso (região Norte); Ovar, S. João da Madeira, Espinho, Anadia, Estarreja, Fundão e Cantanhede (região Centro); e Montijo e Curry Cabral (zona Sul).

QUEM: Administrações Regionais de Saúde (ARS) através de proposta de requalificação dos serviços de urgência dirigida ao ministro da saúde, estando prevista a criação de um Grupo de Acompanhamento da Requalificação das Urgências (GARU) para seguir todo o processo .

QUANTO: Contas só no fim.

EFEITOS INDESEJADOS/PERIGOS : Reacção das populações, poder autárquico, igreja, concelhias dos partidos, quase todas as associações locais, movimentos cívicos, António Arnaut, figuras importantes do partido do governo e da oposição e o António Arnaut.
Grande desgaste da equipa ministerial. Dificuldade de articulação da execução do projecto com o ciclo eleitoral.

GRAU de DIFICULDADE: Excepcional, sem limite do número de ♠♠♠♠

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O saudesa com subtileza, quanto baste, sempre no apoio às políticas deste ministro.

Sem dúvida um instrumento de grande utilidade, por onde, de vez enquando, correia de campos (confessamente) espreita, para avaliar como está o tempo lá fora.

2:25 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

subtil

11:12 da manhã  
Blogger Peliteiro said...

Ou muito me engano, ou por causa do ciclo de eleitoral ou por causa da reduzida taxa de implementação de medidas anunciadas, esta requalificação vai ser adiada para as calendas...

11:21 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Conheço relativamente bem o Hospital de Estarreja, cujo SU (?) está na lista negra.
Em Estarreja não há, nem nunca houve, um verdadeiro SU. Os turnos de urgência são normalmente constituídos por um médico de clínica geral e uma enfermeira e a partir das 17 horas não há MCDTs disponíveis até ao dia seguinte. Ou seja, as verdadeiras urgências são quase todas reencaminhadas para Aveiro e os restantes doentes vão para casa com a receitinha tranquilizadora (que poderia perfeitamente ter sido passada só no dia seguinte). No entanto, mesmo a trabalhar nestas condições, o Hospital de Estarreja atende 40.000 episódios de urgência por ano e só "exporta" 6% dos doentes. Além disso, o Hospital foi construido e oferecido ao Estado por um cidadão benemérito e uma parte muito significativa do equipamento existente foi paga pela indústria química da região. Há um protocolo entre o Hospital e as empresas do Parque Industrial de Estarreja que faz com que estas patrocinem fortemente os serviços do Hospital (que porventura até nem estará a conseguir todos os financiamentos que eventualmente estariam ao seu alcance), responsabilizando-se este pela existência de serviços especializados para combate a acidentes químicos industriais.
Ou seja, no caso concreto deste hospital, parece-me que o encerramento do SU (ou do SAP disfarçado que actualmente lá existe) apenas vai originar maior despesa para o Estado (com uma parte significativa dos restantes 94% de utentes a repartirem-se pelos hospitais entre Aveiro e Porto), para além de provavelmente entupir ainda mais as já pouco saudáveis urgências do Hospital de Aveiro.
Além disso, com este encerramento o SNS perde um importante contributo financeiro anual da indústria química de Estarreja, que deixará de ter razões para financiar um serviço de urgência com capacidades diferenciadas para atender a acidentes químicos.
Ou seja, uma medida que à primeira vista pareceria lógica sob o ponto de vista económico, acabará muito provavelmente de originar um acréscimo de custos para o SNS...

8:44 da manhã  

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