quarta-feira, novembro 8

Patinha is back


Afinal a proposta das taxas de utilização tem pai: Mário Patinha Antão, secretário de estado de LFP e do XVI Governo Constitucional do primeiro ministro, Pedro Santana Lopes.
O modelo idealizado por MPA previa taxas diferenciadas, mais altas para os utentes com mais posses de forma a fazê-los saltar para as prestações privadas (uma espécie de "opting out" à força... de
taxas), deixando os pobrezinhos mais desafogados nas listas de espera. Um modelo 'rationale' que o diligente secretário de estado de LFP não conseguiu implementar por ter sido, entretanto, vítima de “despedimento colectivo”, como o próprio amargamente refere:
«Faz agora dois anos que desenvolvi e quantifiquei, detalhadamente, este modelo.
Fazia parte de um Governo que foi objecto de um inédito despedimento colectivo, por parte de um afável, palavroso e mediano Presidente da República que conseguiu assim entrar na História, embora em nota de rodapé.»
Bonito! O estilo inconfundível, não engana.

CC, pelos vistos, também não entendeu o alcance da medida:
«Na altura, alguns fazedores de opinião e putativos candidatos a futuras lideranças políticas criticaram com acinte este modelo, sem o conhecerem ou, se o conheceram, foram suficientemente ignorantes para o não perceber.
Perdoai-lhes, Senhor porque, graças à oportunidade que surgiu de escrever este artigo, eu já pude saldar as minhas contas com eles ».
link
Mas, não. Caro MPA, fique lá com as taxas.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mudam-se as moscas e...(as taxas)...continuam.

1:08 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Estas figurões do Bloco Central é que são responsáveis pelo descalabro a que isto chegou.
Coube a uma figura do PS, liderar a comissão liquidatária final do nosso SNS.

9:17 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

10:05 da manhã  
Blogger tonitosa said...

A questão nuclear é sabermos se os Serviços e Bens de saúde devem ser ou não de acesso livre e universal. E eu diria que nem sequer faz sentido falar de gratuitidade pois esses bens e serviços, como é óbvio e assim tem que ser, são pagos por todos nós pela via dos impostos.Esta é, no entanto, uma discussão que não vem ao caso.
Mas não foi por ingenuidade que o "legislador consitucional" introduziu as expressões: "tendencialmente gratuito" e "tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos". E é nisto que os liberais (mais ou menos neo) se apoiam para defender a constitucionalidade da aplicação das taxas.
Porém, para nós que defendemos a gratuitidade, a interpretação também pode ser entendida no sentido de que o SNS deve caminhar para a gratuitidade ainda que de forma gradual em função das condições económicas e sociais dos cidadãos.
E aquilo a que vimos assistindo é a um caminhar para a não-gratuitidade e deste ponto de vista há um retrocesso em relação à Constituição.
Agora o que é evidente, por mais que JS e CC digam o contrário, é que a este Governo falta Moral para introduzirem novas taxas e a sua actualização em função de determinados indicadores (seja o IPC ou outro).
Tal como nas SCUT's e no aumento dos impostos também na Saúde José Socrates actuou com reserva mental na campanha eleitoral para ganhar votos. E isso já não é aceitável em Democracia.

10:08 da manhã  
Blogger saudepe said...

A galeria de Cromos que passaram pelo MS já vai longa.

Se Sampaio não faz o referido despedimento colectivo, hoje já estávamos a pagar taxas de punição, ficámos a saber.

De Patinha Antão há a reter o conflito que levou à saída da então Directora do programa saúde XXI, Carmen Pignatelli.

Depois de uns desabafos ao semanário expresso e da histórica decisão de Sampaio, CP em breve dava a volta para cima, ocupando hoje a cadeira de MPA.

O mundo dá cada volta...

9:46 da tarde  

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