terça-feira, dezembro 19

Liberalização das Farmácias


O Governo espanhol não vai seguir as recomendações da Comissão Europeia visando a Reforma do sector das Farmácias, considerando que a regulação das farmácias constitui matéria de Saúde e não económica. link

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, José Aranda da Silva, acusa o ministro da Saúde, António Correia de Campos, de ter ido atrás das recomendações mal fundamentadas da AdC (
estudo do CEGEA- Situação concorrencial no sector das Farmácias).

Para Aranda da Silva a liberalização das Farmácias em Portugal conduzirá inexoravelmente à verticalização da actividade (concentração e formação de oligopólios de cadeias de farmácias, diminuição do número de farmácias fora das cidades, assimetrias gravosas no acesso a medicamentos, impacto nulo na contenção da despesa com medicamentos e perdas de poder regulador do Estado).

6 Comments:

Blogger JFP said...

Talvez esteja finalmente na hora de parar para pensar. CC ainda vai a tempo.

O único erro de CC não corrigível é, até ao momento, ter promovido a reeleição de João Cordeiro na ANF. O resto é reparável.

Vamos CC, pára e pensa, se ainda conseguires.

11:04 da tarde  
Blogger NM said...

Os Espanhóis defendem o que é deles, enquanto os Tugas cá do burgo, têm como principal caracteristica a inveja. CC tenta destruir a anf, e como estes malandros dos Farmacêuticos até são bem sucedidos e têm "montes de dinheiro" o povo (líderes de opinião) aplaude e apoia CC nesta cruzada contra os malandros dos Farmacêuticos, mesmo que para isso entreguem a maioria das farmácias Portuguesas a 2 ou 3 multinacionais.

11:27 da tarde  
Blogger Peliteiro said...

O Diário Económico, o jornal do regime, anda desactualizado. Mário Baptista, se lesse blogues conheceria há meses a resposta do Governo Espanhol ao parecer da UE.
Saberia também que, paradoxalmente, Correia de Campos tem mantido reuniões, no âmbito do Grupo Aachen, com o objectivo de "pressing the European Commission to introduce a broad health services law to protect the sensitive sector from competition".

Quanto às declarações de Aranda da Silva, estão correctas. Só não vê quem desconhece o sector ou quem não quer ver.
O estudo da Católica é fraco, mal fundamentado - como tive oportunidade de dizer na sua apresentação pública, no Porto, aos jovens econometristas que o elaboraram - e mais parece que as conclusões foram encomendadas.

A liberalização da propriedade terá consequências perniciosas ao nível do exercício farmacêutico; a liberalização da instalação - que acontecerá apenas, se e quando a UE o exigir - teria efeitos graves a nível do serviço farmacêutico; a liberalização da venda de mnsrm é o que se vê...

12:10 da manhã  
Blogger JFP said...

PROJECTO DE LEI Nº 281/X
PREÇOS MÁXIMOS DE VENDA AO PÚBLICO DOS MEDICAMENTOS NÃO SUJEITOS A RECEITA MÉDICA

Esta proposta de lei é linda. Leiam-na bem.

Quantos sapos acham que teria CC de engolir???

12:17 da manhã  
Blogger ricardo said...

A notícia do DE refere-se a uma Assembleia Geral da Ordem dos Farmacêuticos onde terá sido avançada a posição do governo de Espanha face à recomendação da Comissão europeia.

9:24 da manhã  
Blogger Farmasa said...

MSP, atento como sempre, já disse o mais importante. É uma notícia mais que tardia que, aliás, o próprio Peliteiro já nos tinha trazido há imenso tempo.

Tal como também o nm já disse, o que se passa no nosso País, é apenas e só inveja. Não nos importamos de ver alguém enriquecer ilegitimamente, como acontece à descarada em imensos casos. Agora quando vemos alguém a ganhar dinheiro com remédios para a saúde, e ainda por cima paga impostos... Isso é uma vergonha! Temos de acabar com essa malandragem! E é isso que CC anda (a tentar) fazer.

O projecto de lei do BE a que o JFP faz referência mais não é que voltar exactamente ao regime de preços que tínhamos até 15-09-2005. Já vimos que o governo não vai voltar atrás nessa questão e até tem encomendado uns estudos convenientes ao INFARMED para suportar essa decisão.

Houve uma discussão neste blog em que referi que a forma como a informação é dada, condiciona desde logo a opinião gerada pela mesma. O mesmo número dado de diferentes perspectivas pode dar interpretações diametralmente opostas. É isso que se passa com os estudos dos MNSRM do INFARMED. Dizem que o preço dos MNSRM baixou, em termos médios, nestas lojas, comparativamente com o preço de 15-09-2005. Isso acontece porque o responsável principal por essas vendas é o Continente que, na sua política comercial de introdução de um negócio, tenta arrasar preços. No entanto, mesmo contando com esse player, qual é a quota de mercado que estas lojas detêm nos MNSRM? Desconheço. Mas aposto que é muitíssimo baixa. Ora, como na maioria das farmácias o preço aumentou (é de lembrar o próprio preço de custo aumentou em muitos produtos), os clientes estão de facto a pagar mais do que anteriormente.

Concluindo: O INFARMED diz que em média, nas novas lojas o preço dos MNSRM é mais baixo. É verdade. Eu digo que, em média, os MNSRM foram vendidos mais caros que anteriormente. É verdade.
De qualquer modo, as variações de que aqui falamos são irrisórias do ponto de vista individual. Convém lembrar que a magnífica poupança que os economistas preconizavam para esta media era de 0,50 € por Português...

E o que passa para a opinião pública é que o preços baixaram. Grande CC! Grande política! É mesmo aqui que está o problema principal da saúde em Portugal!

11:35 da manhã  

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