Centro Hospitalar Guimarães Fafe
«(...) Os profissionais de ambos os Hospitais sem saber o que vai ser o Centro Hospitalar (Guimarães- Fafe), quais as suas perspectivas e quando e como é que ele se vai constituir. Deste modo se estão a evitar “alarmismos” e “falsas expectativas”.link
Não é caso inédito mas como é possível que:
A imprensa Nacional tenha conhecimento de quem vai ser o futuro Presidente do CA sem que o despacho ministerial da constituição do referido Centro Hospitalar tenha sido exarado e que indique nomes “quase certos” para fazerem parte do referido CA. Jornal de Notícias
Que o actual Presidente do CA do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães convoque o seu Director Clínico, acabado de regressar de férias, para o confrontar com o facto de que “seria o único elemento que não deveria fazer parte da futura orgânica do Centro Hospitalar Guimarães-Fafe, que deverá estar formalmente constituído em Janeiro.” Diário do Minho
E tudo isto se passa ou se vai passando sem que "ninguém saiba". Os "ninguém" que mais deveriam e necessitariam saber, por forma a se sentiriam estimulados e motivados para os desafios da mudança que se pertende para melhor.
Já chega de secretismo, de alarmismo da população, de fomento quase que "deliberado" da desmotivação dos profissionais da saúde de ambas as unidades Hospitalares, da falta de diálogo e de clareza de objectivos.
Palavras anónimas, em resumo, de alguém que está bem a par deste e de outros temas da saúde:
"Nem sei quem será mais responsável por esta falta de diálogo e de articulação. Sei que quem sofre é o doente, quer pela exigência da adaptação à mudança e aos respectivos serviços de que pode usufruir (ora passar a, ora deixar de), quer pelo ambiente que se gera mesmo ao nível interno, com o descontentamento dos profissionais a ficar mais evidenciado.
O lamentável é a forma como é conduzido.
Isto era expectável, já que está inserido nas estratégias políticas conhecidas."
J.F. "Que Raio de Saúde a Nossa"
A imprensa Nacional tenha conhecimento de quem vai ser o futuro Presidente do CA sem que o despacho ministerial da constituição do referido Centro Hospitalar tenha sido exarado e que indique nomes “quase certos” para fazerem parte do referido CA. Jornal de Notícias
Que o actual Presidente do CA do Hospital Senhora da Oliveira de Guimarães convoque o seu Director Clínico, acabado de regressar de férias, para o confrontar com o facto de que “seria o único elemento que não deveria fazer parte da futura orgânica do Centro Hospitalar Guimarães-Fafe, que deverá estar formalmente constituído em Janeiro.” Diário do Minho
E tudo isto se passa ou se vai passando sem que "ninguém saiba". Os "ninguém" que mais deveriam e necessitariam saber, por forma a se sentiriam estimulados e motivados para os desafios da mudança que se pertende para melhor.
Já chega de secretismo, de alarmismo da população, de fomento quase que "deliberado" da desmotivação dos profissionais da saúde de ambas as unidades Hospitalares, da falta de diálogo e de clareza de objectivos.
Palavras anónimas, em resumo, de alguém que está bem a par deste e de outros temas da saúde:
"Nem sei quem será mais responsável por esta falta de diálogo e de articulação. Sei que quem sofre é o doente, quer pela exigência da adaptação à mudança e aos respectivos serviços de que pode usufruir (ora passar a, ora deixar de), quer pelo ambiente que se gera mesmo ao nível interno, com o descontentamento dos profissionais a ficar mais evidenciado.
O lamentável é a forma como é conduzido.
Isto era expectável, já que está inserido nas estratégias políticas conhecidas."
J.F. "Que Raio de Saúde a Nossa"
5 Comments:
Estes processos de centralização trazem sempre algo de suspeito no sapato.
Trata-se afinal de um processo de recuo dos cuidados de proximidade em que a Unidade Hospitalar de maior dimensão vai "papar" a mais pequena.
Tudo em função da poupança mas com sacrificios evidentes daqualidade dos cuidados.
Se os objectivos não são grande coisa, o método é o mais sinistro possível.
Mas os responsáveis por este processo de mudança não compreendem o essencial dos hospitais.
A intenção é cortar, cortar, encerrar, encerrar, levando tudo a eito.
«Como qulquer empresa que se preze, um hospital deve apostar fortemente na inovação quer no que diz respeito à diferenciação dos seus quadros quer no que remete para a novidade tecnológica.
Mas qualquer mudança deve respeitar com o maior escrúpulo, a memória da instituição, isto é, aquela parte de si própria em que os utentes e os próprios colaboradores depositam a sua confiança.
Na Saúde há um vínculo institucional mas há também uma ligação pessoal que não pode nunca ser menosprezada. Isto é, um hospital não pode ser encarado como uma linha de produção em cadeia, mas como um conjunyo de pessoas que, embora trabalhando em equipa, concorrem paralelamente para o mesmo fim.»
J.E.G. CA H. S. João
A centralização traz muitas vezes poupanças insignificantes, quando não dá mesmo lugar a maiores custos.
Vou citar apenas um exemplo, embora de outra área:
No último governo de Cavaco Silva (julgo que foi no último) foi decidido acabar com os Centros Distritais de Segurança Social (18 centros) agrupando-os em cinco Centros Regionais de Segurança Social (Norte, Centro, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve)e criando alguns Serviços Subregionais e Serviços Locais. Tal medida foi apontada como sinónimo de poupança de centenas de milhares de contos (ainda eram contos) em cargos dirigentes.
Pura ilusão, como se veio a demonstrar! Na verdade a grande maioria dos titulares dos cargos extintos eram já quadros de topo da Segurança Social e as diferenças de salários para os cargos dirigentes de que eram titulares era mínima. Acresce que nos cinco centros regionais foram criados cinco lugares (um presidente e quatro vogais) encurtando o número de lugares extintos. E foram criados novos (e muitos)lugares de direcção intermédia, designadamente com alguns serviços ditos Sub-regionais.
Mas mais do que tudo isso, o que se passou a verificar foi que os responsáveis dos Centros Regionais se passaram a deslocar com frequência aos vários distritos para aí despacharem e reunirem com os responsáveis locais, (e estes faziam frequentes viagens em sentido inverso) com as inerentes despesas de deslocação em combustíveis, horas extraordinárias de motoristas, ajudas de custo, etc., etc..
E assim se iam esfumando as anunciadas poupanças.
E não se vislumbraram ganhos de eficácia e eficiência!
Não será assim com os Centros Hospitalares?
Seriam interessante que, quem de direito, viesse a público com os dados já disponíveis para comparação.
Quando digo "encurtando o número de lugares existentes" quero dizer: "encurtando a diferença para o número de lugares antes existentes".
O que se passa com o previsto, senão já constituído, Centro Hospitalar provavelmente “do Alto Ave” é o mesmo que poderá vir a suceder a tantos outros por aí fora.
Existe uma declarada ausência de diálogo inter-institucional e inter instituições-ARS locais. Mas o mais grave é que esta ausência de diálogo é fomentada pela própria autoridade local da Saúde, neste caso a ARS do Norte.
Se não se olhar à capacidade e à produtividade existente em determinadas áreas assistenciais existentes.
Se se der prioridade aos “cortes” com o objectivo de diminuir despesas em vez de analisarem as despesas em função da produtividade alcançada individualmente.
Se se der maior importância à concentração de serviços sem se compreender que o somatório da produtividade individual não vai ser o mesmo quando integrados os profissionais num único serviço.
Em resumo:
Quando o pensamento de JEG do CA HSJ que com todo o a propósito “Saudepe” transcreve no seu comentário, não é considerado, particularmente quando define a instituição ou o serviço como um “conjunto de pessoas que, embora trabalhando em equipa, concorrem paralelamente para o mesmo fim”, se este conjunto é desmembrado, extirpado da sua unidade e do seu entendimento colectivo,
Então as despesas, a insatisfação e a desmotivação dos profissionais, ainda serão maiores e a produtividade qualitativa e quantitativamente será seriamente afectada.
Os objectivos são claros e até poderiam ser os correctos, não fosse estarem a ser seguidas metodologias bem diferentes das preconizadas pelo Ministério da Saúde Francês, segundo um relatório elaborado a seu pedido “L’Evaluation de la securité, de la qualité e de la continuité dês soins chirurgicaux dans les petits hôpitaux publics en France (Avril 2006)” e enviado à ARS do Norte pela Chefe de gabinete de CC.
Métodos diferentes para objectivos iguais em realidades bem diferentes
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