domingo, dezembro 17

Centralizações

Se os objectivos, por vezes, não são bem definidos, o método é, frequentemente, sinistro .

Mas os responsáveis por este processo de mudança não compreendem o essencial dos hospitais. A sua intervenção resume-se a cortar, cortar. Encerrar, encerrar, levando tudo a eito.

«Hospitals are the most complex form of human organization we have ever attempted to manage »
Peter F. Drucker
«Como qualquer empresa que se preze, um hospital deve apostar fortemente na inovação quer no que diz respeito à diferenciação dos seus quadros quer no que remete para a novidade tecnológica.
Mas qualquer mudança deve respeitar com o maior escrúpulo, a memória da instituição, isto é, aquela parte de si própria em que os utentes e os próprios colaboradores depositam a sua confiança.
Na Saúde há um vínculo institucional mas há também uma ligação pessoal que não pode nunca ser menosprezada. Isto é, um hospital não pode ser encarado como uma linha de produção em cadeia, mas como um conjunyo de pessoas que, embora trabalhando em equipa, concorrem paralelamente para o mesmo fim.»
J.E.G. presidente do CA H. São João
saudepe
O que se passa com o previsto, senão já constituído, Centro Hospitalar provavelmente “do Alto Avelink é o mesmo que poderá vir a suceder a tantos outros por aí fora.
Existe uma declarada ausência de diálogo inter-institucional e inter instituições-ARS locais. Mas o mais grave é que esta ausência de diálogo é fomentada pela própria autoridade local da Saúde, neste caso a ARS do Norte.
J.F.

1 Comments:

Blogger tonitosa said...

Com a benevolência dos colegas repito aqui o meu comentário seguinte:

"A centralização traz muitas vezes poupanças insignificantes, quando não dá mesmo lugar a maiores custos.
Vou citar apenas um exemplo, embora de outra área:
No último governo de Cavaco Silva (julgo que foi no último) foi decidido acabar com os Centros Distritais de Segurança Social (18 centros) agrupando-os em cinco Centros Regionais de Segurança Social (Norte, Centro, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve)e criando alguns Serviços Subregionais e Serviços Locais. Tal medida foi apontada como sinónimo de poupança de centenas de milhares de contos (ainda eram contos) em cargos dirigentes.
Pura ilusão, como se veio a demonstrar! Na verdade a grande maioria dos titulares dos cargos extintos eram já quadros de topo da Segurança Social e as diferenças de salários para os cargos dirigentes de que eram titulares era mínima. Acresce que nos cinco centros regionais foram criados cinco lugares (um presidente e quatro vogais) encurtando o número de lugares extintos. E foram criados novos (e muitos)lugares de direcção intermédia, designadamente com alguns serviços ditos Sub-regionais.
Mas mais do que tudo isso, o que se passou a verificar foi que os responsáveis dos Centros Regionais se passaram a deslocar com frequência aos vários distritos para aí despacharem e reunirem com os responsáveis locais, (e estes faziam frequentes viagens em sentido inverso) com as inerentes despesas de deslocação em combustíveis, horas extraordinárias de motoristas, ajudas de custo, etc., etc..
E assim se iam esfumando as anunciadas poupanças.
E não se vislumbraram ganhos de eficácia e eficiência!
Não será assim com os Centros Hospitalares?
Seriam interessante que, quem de direito, viesse a público com os dados já disponíveis para comparação."

1:52 da manhã  

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