CC volta, estás perdoado!
Nunca fui incondicional do estilo de condução política de CC no MS. Tem gerado acrescidos ódios junto dos cidadãos eleitores que tem carregado, praticamente, sozinho.
A sua presença no MS em período eleitoral é politicamente indesejável ao PS. A consequência é óbvia. Há que encontrar substituto antes disso. Quando? Só a agenda política do PM o determinará. Pelo andar das coisas estou convicto de que será pior a emenda que o soneto.
Ainda haveremos de nos lamentar e dizer – CC volta, estás perdoado!
A sua presença no MS em período eleitoral é politicamente indesejável ao PS. A consequência é óbvia. Há que encontrar substituto antes disso. Quando? Só a agenda política do PM o determinará. Pelo andar das coisas estou convicto de que será pior a emenda que o soneto.
Ainda haveremos de nos lamentar e dizer – CC volta, estás perdoado!
xicodocanto
9 Comments:
Como todos sabemos a melhor maneira de tentar "segurar" um ministro é anunciar de avanço a sua "queda".
Nenhum 1º. ministro aceitar remodelar sob pressão e nomeadamente a reboque de "palpites mediáticos".
Agora, enigmático (ou não será tanto...) é o labéu que se pretende lançar sobre um seu eventual sucessor, nesta altura, uma mera hipótese, sem perfil, sem cara e sem nome - um ilustre desconhecido.
Para dar credibilidade à manobra inicia-se (as hostilidades) com uma declaração de estilo " Nunca fui incondicional do estilo de condução política de CC no MS...". Passe a redundância do "estilo".
Creio que os lobbys (que parecem andar agitados), deveriam actuar de modo mais sofisticado, mais elaborado. Assim, dão muito nas vistas. Denunciam-se.
E o lamento final é, então, uma saudosista lamúria: "CC volta, estás perdoado!".
- Pela 3ª. vez?
ou,
- um deficit imaginativo?
A rapaziada do "grupo de Rennes" não tem outro "ministeriável"?
As hienas começam a sair dos covis . Os urubus sobrevoam em circulos . O cheiro a morte trespassou as profundezas das catacumbas. O ritual da pilhagem está para breve. Diz a bancada central.
As partes interessadas.
Primeiro as empresas privadas da saúde. Um tombo vinha mesmo a calhar. Nesta fase do campeonato apareceriam como a única solução possível.
Segundo, os profissionais da saúde defensores do bastião das corporações interessados em fazer a mudança à sua maneira.
Podem contar sempre com os tristes aliados, perdidos na floresta, que não conseguem entender patavina, limitando-se a desferir a raiva no ministro da saúde.
Este tipo de discurso é de facto lamentável.
Desde que o homem entrou que dizem vai sair :) e sublinham tal hipótese em determinados momentos que parecem mais adequados ainda não percebi a quê.
Como já disse CC ou qualquer outro está preparado para sair desde o dia em que entrou.
Não precisa disto.
Com ferros se mata...
Há claramente uma campanha para retirar a CC a iniciativa política, pelo menos junto dos órgãos de informação.
A primeira fase foi marcada pelo passeio (exibição) de CC junto dos órgãos de comunicação: artigos, entrevistas, notícias, comunicados, subtis revelações e muitas declarações desastradas.
Uma das maiores, aquela em que CC declarava que nunca metera o pé num Centro de Saúde. Nem tencionava (nunca) fazê-lo.
CC centraliza demasiado a comunicação deixando pouco espaço para um par de secretários tristonhos. Não se sabe bem devido às circunstâncias ou se por feitio.
Recentemente face às medidas anunciadas, a luta endureceu, ameaçando por o ministro da saúde em desvantagem.
Uma das questões interessantes (sempre o será) é saber o que é melhor: se um ministro do sector, tarimbeiro ou um ministro político oriundo de outro sector de actividade.
CC acaba por ser um caso especial devido a sua falta de jeito para a política.
Preparação e conhecimento do terreno, neste caso, parece não representar qualquer vantagem. A arrogância, a provocação geralmente desajustada, a demonstrações de alguma falta de senso, têm envenenado a imagem do ministro junto da opinião pública.
O que me impressiona é a alcateia de "virgens" indignadas...pelo seu lobby, contra os "outros" ou com receio dos "outros"!
Neste momento, a haver remodelação (o que não são "favas contadas"...) a decisão caberá, como é da lógica política e da experiência colhida do exercício de CC, ao aparelho do PS. Tratar-se-à de corrigir danos políticos, nomeadamente ao nível do Poder Local. Os lobbys profissionais ou empresariais terão de aguardar.
O que não vale é contar a "história da carochinha". Ninguém está inocente e os ingénuos escasseiam...
Paulo Kuteev, hoje no DE, chama a atenção para a importância das medidas que estão a ser implementadas na Saúde. Concluindo que dada a dificuldade das transformações que estão a ser operadas, o ministro da saúde deve merecer todo o nosso respeito.
Concordo, como pessoa, CC deve merecer efectivamente todo o nosso respeito.
Acontece que tão importante com o que está a ser feito, é a forma como está a ser conduzida a mudança na saúde e com que objectivos.
E neste campo, a actuação de CC não pode deixar de estar sujeita a fortes críticas.
O caso de Odemira veio pôr a nu como ainda certas zonas do nosso país estão a descoberto da protecção de cuidados de saúde.
O programa de encerramento de unidades de saúde previsto para o interior do país é mais uma das precipitações e injustiças do senhor ministro.
E quais são os grandes objectivos desta política de saúde?
Descomparticipar nos medicamentos, liberalizar nas farmácias, construir novos hospitais e entregá-los à gestão privada, idem centros de saúde.
A privatização da saúde é o denominador comum que atravessa toda a política de saúde de correia de campos. Um ministro que ficará para a história, certamente, como o coveiro do SNS.
A boa governação acontece quando desenvolvemos acções de construção, implementação de medidas, melhoria das condições de vida do nosso povo.
Um ministro que tem por prioridades descomparticipar, encerrar, centralizar, downsizar, (ou seja reduzir, comprimir), incompatibilizar, despedir, privatizar, não pode ser um bom ministro.
Eu que sempre quis o bem do povo e nunca fechei nenhum SLAT, hospital ou misericórdia, chamam-me fascista. Mas agora vou ter oportunidade de reabilitar o meu bom nome no concurso dos "Melhores Portugueses" da RTP.
Mas daqui a uns anos, talvez a RTP repita o concurso e CC possa reabilitar-se do epiteto "Coveiro do SNS". Se for previamente seleccionado como os vinte melhores portugueses, o que duvido.
Meus caros:
Parece que se esquecem que CC é um dos maiores apoiantes de JS dentro do PS. Desde o fim do governo de Gueterres que estes dois andam com a agenda sintonizada.
Reparem que até compartilham o mesmo estilo do "Se eu acho que é preciso fazer, então faz-se! Doa a quem doer..." - basta ver o caso da co-inceneração.
Não acredito que esteja prevista a saída de CC para tão cedo. Até porque com a aproximação das eleições, haverá algumas coisas para inaugurar (medidas para aumentar a popularidade).
Quanto a sucessores, Francisco Ramos parece-me uma escolha lógica. Manuel Delgado está demasiado associado à classe (e aos interesses) dos AH.
Por outro lado, talvez fosse bom termos um ministro médico no próximo governo.
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