sexta-feira, março 9

Contas dos HHs EPE










FR ao DE:
1. - O défice dos HHs EPE, exercício de 2006, foi de 112 milhões de euros, menos 17% que o registado no ano anterior. link

2.- Os custos totais dos HHs EPE cresceram apenas 1,7%, relativamente ao ano anterior.

3.- Os bons resultados do SNS registado em 2006 - excedente de 167 milhões de euros - foram fortemente influenciados pela saída de dois dos maiores HHs (São João e Santa Maria) das contas do SNS.
4. - Ainda este mês, as Administrações dos HHs com piores resultados vão ser avaliadas para justificarem os desvios.
Os HHs que apresentaram os piores resultados, relativamente ao exercício de 2006 (maior deficit/maior variação de Custos Operacionais), foram: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental•Hospital Garcia de Orta•Hospital Distrital de Santarém•Centro Hospitalar Médio Tejo•Unidade Local de Saúde de Matosinhos•Hospital Nossa Senhora do Rosário-Barreiro•IPO Porto•Hospital Padre Américo –Vale do Sousa•Hospital da Figueira da Foz.
As contas dos HHs do SNS (exercício de 2006), vão-nos chegando em doses controladas de bons resultados, preparando-nos para os relatórios de contas dos HHs que tardarão (como de costume) a ser publicados.

7 Comments:

Blogger saudepe said...

Apesar do seu bom comportamento, os novos HHs EPE enquanto "aliviavam" as contas do SNS, sobrecarregaram as contas do sector empresarial da Saúde.

No bom comportamento de gestão da generalidade dos HHs do SNS há que separar o que foi fruto das medidas casuísticas (oportunistas) do que resultou da implementação de medidas de fundo (inovação).

O ano de 2007 vai ser extraordinariamente difícil em relação ao controlo da despesa dos HHs. Neste aspecto há que contar com os procedimentos de acompanhamento de gestão, que foram extraordinariamente melhorados ultimamente.

Em 2007, CC arrisca-se a perder também a jóia da coroa da sua governação (cumprimento do orçamento da Saúde). Muito apreciada pelo senhor primeiro ministro, José Sócrates, como teve o cuidado de divulgar na recente crise do encerramento das urgências.

9:21 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Falta ainda o parecer do Tribunal de Contas sobre as "engenharias financeiras" de que este XVII Governo Constitucional é pródigo e, habitualmente, "atingem" a área da Saúde.
Todavia, sabemos que ainda existem alguns HHs SPA, para "oportunos" retoques futuros. Só que já são poucos e o impacto orçamental será reduzido. Depois virão - como já fomos habituados - os orçamentos rectificativos ou, em alternativa, "intoleráveis" cortes orçamentais que colocarão em risco a qualidade assistencial e, em última análise, o SNS.
Esperemos pela divulgação do relatório da comissão para a sustentabilidade do SNS.
O estafado slogan da "luta contra o desperdício", sublinhe-se, uma correcta medida de gestão corrente, tem resultados confinados no tempo (de tanto mugir a teta seca) e, sejamos claros, não é uma opção estrutural. Vai chegar o dia em que haverá a noção para todos os trabalhadores da saúde, nomeadamente para os gestores, de que já deram para esse peditório e são imperativas medidas com outro alcance.
E, regressamos ao ciclo inicial - e ao essencial - a sustentabilidade do SNS.
De modo determinante, a Saúde (com especial relevância para as "boas contas") está - a curto prazo - dependente dessa opção política e estratégica, ou melhor, da capacidade de concertar as inadiáveis decisões - políticas e económicas - com a sobrevivência (sustentabilidade) do SNS, tal como está constitucionalmente concebido.
Esta será - estou em crer - a importante discussão sobre a Saúde, nos tempos mais próximos.
As contas do sector empresarial do Estado na área da Saúde em 2006, perante este quadro, são meros epifenómenos. Não confirmam (nem desmentem) qualquer opção económica estratégica para a Saúde.
São resultados efémeros...

Na verdade, os responsáveis pela Saúde não podem continuar a adoptar a postura de ..."living in cloud cuckoo land" .

10:25 da manhã  
Blogger martinho said...

e-pá, já se discutiu aqui a comissão para a sustentabilidade que, pelos dados que temos tido pelos jornais, é apenas uma comissão para 'estudar' o financiamento.
Os membros que ainda restam, à excepção de Manuel Teixeira, não são pessoas conhecedoras das questões essenciais da sustentabilidade de um SNS. Admitamos que alguns (Pita Barros e João Pereira) serão bons teóricos da análise macro mas não têm noção, nem experiência prática de administração, que lhes permita recomendar medidas de gestão para a sustentabilidade (os restantes membros são apenas uns tontinhos e umas tontas que se acham 'economistas da saúde'). Infelizmente, para Pita Barros e J. Pereira, análise macro e medidas práticas para a sustentabilidade são duas coisas distintas mas indissociáveis. Este facto deve-lhes ter criado uma grande congestão mental que se deve ter transformado em diarreia com a saída corajosa do Paulo Kuttev Moreira.

Não tenhamos grandes expectativas em relação à comissão. Um presidente sem credibilidade no sector (nem é economista, nem é um prático com mérito reconhecido, nem é um político a sério) e um misto de académicos reconhecidos em áreas que não têm relação com os temas essenciais da sustentabilidade dos SNS, com gentinha dos gabinetes do ministro a meter ruído e, provavelmente, a impôr recomendações pré-acordadas (não terá sido por isso que PKM saiu???) não auguram nada de realmente interessante nem importante para o Futuro do SNS.
CC introduziu no nome da comissão a ideia da 'sustentabilidade' apenas porque esse é um tema 'in' na Europa e nos EUA. Mas será que CC queria que se discutisse a sustentabilidade aos olhos das políticas de saúde? ou aos olhos das políticas das finanças? e como será mais esta gaffe vista pelo olhos de Sáocrates?

A comissão para a 'sustenatbilidade do finaciamento' foi mais um projecto falhado de CC. E para bem de todos (CC, Sócrates, profissionais do SNS, utentes) até era bom que o relatório nunca se tornasse público.

9:13 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Há afirmações que não posso deixar de estranhar. Por um lado temos CC e JS a vangloriarem-se dos resultados excedentários do Orçamento da Saúde de 2006. Por outro lado temos agora Fr a vir dizer que dos 167 milhões de euros de excedente, 157 milhões são provenientes dos jogaos da Santa Casa. E mais ainda afirmou FR: os bons resultados do SNS estão influenciados pelas saídas dos dois maiores hospitais das contas do SNS.
Ou seja: apetece perguntar onde estão afinal os resultados positivos do SNS?
Quanto às contas de 2006 dos HH, lá para o final do ano, certamente, teremos informação pormenorizada e global, pelo que (a ser como em 2005) qualquer análise que das mesmas se possa fazer perde quase todo o interesse.
Aguardemos de qualquer modo pela sua divulgação para mais uma vez nos "divertirmos" com a criatividade contabilística.
Há uma afirmação de FR que merece reflexão. É a de que "os hospitais têm de concorrer entre si nas compras...". Então a centralização das compras não é a melhor solução? Ou a concorrência entre os HH só faz sentido nas negociações com a indústria farmacêutica?

11:26 da tarde  
Blogger xavier said...

O PPB é uma autêntica máquina (pequeno génio).
Ainda por cima disse recentemente numa entrevista que gosta de ir ao SaudeSA ver as "novidades da saúde" (pelo vistos o portal não é bom para isso...).
Penso que também gosta de saber como está o pulsar do maralhal que anda pelo blogue (sim, que na saúde é o).
Por isso, e, essencialmente, por ser um dos mais brilhantes jovens economistas, batem na trave os comentários do martinho.

12:31 da manhã  
Blogger laginha said...

Este comentário foi removido pelo autor.

8:16 da tarde  
Blogger laginha said...

Para mim, o Martinho tem razão. O xavier não deve ter lido bem o post. PPB é um teórico académico reconhecido mas não em áreas e temas que sejam de facto as centrais para pensar a sustentabilidade de um SNS.

PPB não tem nenhuma experiência do terreno nem conhece a cultura das profissões da saúde. E não me parece que andar a cheirar o que se diz neste blogue o vá ajudar muito. O comentário e o atributo de génio a PPB é apenas emocionado. Génio? o seu conceito de génio é muito redundante. Não confunda bom humor e boa disposição com génio.
Brevemente, vamos ver as recomendações do seu génio. Mas já com muito atraso. Porque será?

E já, agora, se bate na trave e volta para trás eu posso tentar marcar golo: que reconhecimento internacional tem o seu génio PPB? para além de uns artiguitos a descrever o que se passa em Portugal, publicados por uma ou outra revista internacional apenas porque é politicamente correcto publicar uns artiguitos dos países do sul da europa, que mais fez o seu génio PPB que desse nas vistas lá fora?
Golo?...

8:22 da tarde  

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