quinta-feira, março 8

Se é para liberalizar...












1º O Guidobaldo não quer o que acontece nos EUA.

2º Diga-me, daquilo que o Guidobaldo postou link , e com excepção do que se refere à Europa (circulação em 27 e preço), o que NÂO ACONTECE NOS EUA.

3º Não vejo razão para que, uma vez liberalizados os preços e legalizada a publicidade nas farmácias (XPTO, caixa de 60 comps a 10 mg, hoje a 25€), não possa existir publicidade a medicamentos sujeitos a receita médica junto do consumidor.

4º Não vejo razão para que, uma vez liberalizado o mercado da distribuição farmacêutica, um armazenista não possa passar a receber receitas vindas directamente da consulta médica e entregar os medicamentos em casa do doente. Visitei uma empresa destas no estado de Washington (Spokane) e ainda hoje me correspondo com Colegas que lá trabalham. Os maiores e melhores clientes eram as HMO's dos trabalhadores da Boeing.

Como membro do American College of Clinical Pharmacy (ACCP) participei no grupo de discussão sobre "how to bill for clinical pharmacy services". Há um livro editado pelo ACCP sobre a matéria, disponível no site respectivo (www.accp.com). Recentemente quer o Medicaid quer o Medicare incluiram os serviços do farmacêutico clínico (com epecialidade federal em farmacoterapia) na lista de prestadores de serviços.
Portanto, nada de novo se a evolução for por aí.

6º Defendi até ao limite um modelo de farmácia que julguei ser o mais ajustado para o País e para o SNS. Não vou morrer pelo facto de a decisão política ir noutro sentido.

7º Agora, quem tem um buraco ao fundo das costas que não se meta por certos caminhos. Se é para liberalizar, vamos até ao fim. Não há cá meias liberalizações.
Guidobaldo