A sério! A quem é de Coimbra e está em Lisboa por dever....
Ainda que mal se compreenda o sentido de Abri, e por isso me atrevo aqui a reproduzir um escrito anterior, - sabendo que passaram 20 anos sobre a morte de Zeca Afonso,uma referência artístico-ideológica marcante,no dizer de Bernardo Santareno, ( na apresentação do disco de 1970, Traz outro amigo também) de “pureza na voz, pureza no poema, pureza na música” e de “trova antiga purificada, folclore limpo de excrescências, balada de combate em que a justiça vai de bandeira”)
permita-me mesmo que reproduza - gostaria de ter feed-back:
"Eu que não vivi em Portugal dita época dos Cravos, pois filha de militar ainda mais que imberbe, encontrava-me em Moçambique, em plena Guerra de Guerrilha, escolas fechadas, a Frelimo a tomar posse de tudo, muitos mortos... , estou convencida que foi mais a ambição corporativa dos capitães e menos as colónias que motivaram Abril. Tanto assim que ninguém se entende acerca do 25 de Novembro.
Chegados aqui e, com a consciência de que depois de Abril, no nosso Portugal, até posso questionar, apetece perguntar:
O que é a liberdade? Como evoluiu o conceito? Afinal O que foi Abril, essa tal revolução dos cravos, sem sangue?"
O 25 de Abril é também tempo de balaço: o que é feito do nosso sonho. De democracia. De um Serviço Nacional de Saúde acessível a todos os portugueses. Que é feito desse sonho.
A cada 25 de Abril que passa vemos o sonho de uma democracia justa esfumar-se. A trave mestra da nossa democracia, o SNS, nunca foi tão ameaçada como ultimamente. A privatização do SNS em curso face a um Estado fraco incapaz de regular, supervisionar e fiscalizar a actividade privada, deitará tudo a perder.
25 de Abril? Ainda acreditam na boa fada madrinha e que o BEM vence sempre os papºoes? Estamos reduzidos a meros agentes consumidores, dinamizadores da procura interna. essencial para a recuperação da economia nacional, sempre em recessão, ou quase. De cuidados de saúde, também.
Mais uma volta, mais uma viagem. E, quem dá mais! É pró menino e prá menina. Santos milagreiros, poetas cantores, cada qual com um destino diferente.
Mais conquistas de Abril: Encerramentos vários: SAPs, maternidades, urgências hospitalares, hospitais, escolas primárias, escolas secundárias, CTTs, esquadras de polícia, de GNR. É o Estado social em debandada para os privados entrarem. Daqui a meia dúzia de anos as comemorações do 25 de Abril vão ser organizadas pelas famílias Belmiro de azevedo, Salgado, Mellos, champalimaux.
Mais conquistas de Abril: Encerramentos vários: SAPs, maternidades, urgências hospitalares, hospitais, escolas primárias, escolas secundárias, CTTs, esquadras de polícia, de GNR. É o Estado social em debandada para os privados entrarem. Daqui a meia dúzia de anos as comemorações do 25 de Abril vão ser organizadas pelas famílias Belmiro de azevedo, Salgado, Mellos, champalimaux.
25 Abril sempre. O mesmo dirá CC, certo de que, no seu entender, estará a fazer o melhor para o SNS. Com ele concordarão certamente os Salgados, os Mellos, os Belmiros. Nós estupefactos assistimos a toda esta privatização. Quantas gerações são necessárias até a um novo 25 de Abril?
Posto que, ninguém respondeu ao desfio, tentando sequer ensaiar um conceito sobre a liberdade (na sua forma evolutiva desde 25 de Abril); Posto que, efectivamente, ainda ninguém arranjou uma explicação para o 25 de Novembro, acontecimento onde os antes comunistas passaram a fascistas e os fascistas a comunistas;
atrevo-me a reproduzir um comentário que me foi enviado, carregado de nenhuma novidade, mas cheio de bom-senso:
"
Olá!
Sou bem mais velha, vivi antes de Abril, vivi durante, e vivo ainda, após!!
Revolução de cravos sem sangue...Foi bom não haver sangue derramado nas ruas. quem acha que não foi bom?
Mas, de outro sangue derramado, o do silêncio, e de outra repressão, não se falou nunca. As câmaras estavam ocupadas com outras filmagens.
Liberdade! sem dúvida, no antigo regime não seria pensável, fazer comentários políticos, sociais, etc. com a abertura que fazemos actualmente.
Isto foi uma "conquista do novo regime".Porém, o que me choca é a interpretação que se dá de liberdade carregada de sentido alternativo. Parece que não pode ser aplicado a todos. Para que uns tenham liberdade, parece queoutros têm que ser reprimidos...
Aprendi que "a liberdade acaba quando a do outro começa". Isto não é uma definição, é um limite e, neste limite perde a sua eficácia. Penso eu!!! Sempre achei que era uma frase feita,incompleta, a que faltava mais qualquer coisa.
Para mim liberdade é poder falar, agir, estar, de acordo com os meus valores e princípios, sem perder de vista as normas de conduta moral, ética e jurídica, devidamente estabelecidas numa dada sociedade, nos termos da sua constituição e ensinadas, de base a cada cidadão desde o berço.
Liberdade, por si só, é uma palavra que para ter sentido tem que ter estar associada a outra ou outras. Liberdade/responsabilidade, liberdade/bom senso; liberdade/educação, sei lá. Na realidade, todos sabem que assim é!!!!! Não estou a dizer nada de novo
Apelo aos jóvens para que não se resignem... É preciso avisar a malta, digo eu. Porque as "notícias do vento que passa" não são animadoras. Dizem-nos que é preciso continuar a fazer sacrifícios! Quem faz sacrifícios?! Um exemplo entre muitos: Há dias dois dias houve a inauguração de obras de melhoria no quartel da GNR de Vila Real. As obras foram feitas porque os "Homens" que ali prestam serviço abdicaram durante dois anos de subsídios a que tinham direito. O Governo que devia ter financiado tais obras não o fez mas não faltou "na festa" da inauguração. E com espanto se ouviu, do Secretário de Estado presente, mais do que um agradecimanto aos "doadores" a afirmação de que todos temos que contribuir. É caso para perguntar: porque não abdicam os governantes das suas "mordomias" seguindo o exemplo destes GNR's. Certamente que lhes fariam menos falta do que àqueles o subsídio de que abdicaram! Na verdade é preciso "dizer não"!
19 Comments:
Isto não se faz! :)
A sério! A quem é de Coimbra e está em Lisboa por dever....
Ainda que mal se compreenda o sentido de Abri, e por isso me atrevo aqui a reproduzir um escrito anterior, - sabendo que passaram 20 anos sobre a morte de Zeca Afonso,uma referência artístico-ideológica marcante,no dizer de Bernardo Santareno, ( na apresentação do disco de 1970, Traz outro amigo também) de “pureza na voz, pureza no poema, pureza na música” e de “trova antiga purificada, folclore limpo de excrescências, balada de combate em que a justiça vai de bandeira”)
permita-me mesmo que reproduza - gostaria de ter feed-back:
"Eu que não vivi em Portugal dita época dos Cravos, pois filha de militar ainda mais que imberbe, encontrava-me em Moçambique, em plena Guerra de Guerrilha, escolas fechadas, a Frelimo a tomar posse de tudo, muitos mortos... , estou convencida que foi mais a ambição corporativa dos capitães e menos as colónias que motivaram Abril.
Tanto assim que ninguém se entende acerca do 25 de Novembro.
Chegados aqui e, com a consciência de que depois de Abril, no nosso Portugal, até posso questionar, apetece perguntar:
O que é a liberdade? Como evoluiu o conceito?
Afinal O que foi Abril, essa tal revolução dos cravos, sem sangue?"
Boa noite.
Nós, cada vez menos: 25 de Abril, sempre.
Um bem haja ao Xavier por nos lembrar Abril e o grande Zeca.
Abril sempre!
Ao que isto chegou!
será que vivemos hoje em liberdade?
25 de Abril sempre!
será que vivemos hoje em liberdade?
25 de Abril sempre!
O 25 de Abril é também tempo de balaço: o que é feito do nosso sonho. De democracia. De um Serviço Nacional de Saúde acessível a todos os portugueses.
Que é feito desse sonho.
A cada 25 de Abril que passa vemos o sonho de uma democracia justa esfumar-se.
A trave mestra da nossa democracia, o SNS, nunca foi tão ameaçada como ultimamente.
A privatização do SNS em curso face a um Estado fraco incapaz de regular, supervisionar e fiscalizar a actividade privada, deitará tudo a perder.
25 de Abril?
Ainda acreditam na boa fada madrinha e que o BEM vence sempre os papºoes?
Estamos reduzidos a meros agentes consumidores, dinamizadores da procura interna. essencial para a recuperação da economia nacional, sempre em recessão, ou quase. De cuidados de saúde, também.
Mais uma volta, mais uma viagem. E, quem dá mais!
É pró menino e prá menina.
Santos milagreiros, poetas cantores, cada qual com um destino diferente.
Mais conquistas de Abril:
Encerramentos vários: SAPs, maternidades, urgências hospitalares, hospitais, escolas primárias, escolas secundárias, CTTs, esquadras de polícia, de GNR.
É o Estado social em debandada para os privados entrarem.
Daqui a meia dúzia de anos as comemorações do 25 de Abril vão ser organizadas pelas famílias Belmiro de azevedo, Salgado, Mellos, champalimaux.
Mais conquistas de Abril:
Encerramentos vários: SAPs, maternidades, urgências hospitalares, hospitais, escolas primárias, escolas secundárias, CTTs, esquadras de polícia, de GNR.
É o Estado social em debandada para os privados entrarem.
Daqui a meia dúzia de anos as comemorações do 25 de Abril vão ser organizadas pelas famílias Belmiro de azevedo, Salgado, Mellos, champalimaux.
25 Abril sempre.
O mesmo dirá CC, certo de que, no seu entender, estará a fazer o melhor para o SNS.
Com ele concordarão certamente os Salgados, os Mellos, os Belmiros.
Nós estupefactos assistimos a toda esta privatização.
Quantas gerações são necessárias até a um novo 25 de Abril?
Posto que, ninguém respondeu ao desfio, tentando sequer ensaiar um conceito sobre a liberdade (na sua forma evolutiva desde 25 de Abril);
Posto que, efectivamente, ainda ninguém arranjou uma explicação para o 25 de Novembro, acontecimento onde os antes comunistas passaram a fascistas e os fascistas a comunistas;
atrevo-me a reproduzir um comentário que me foi enviado, carregado de nenhuma novidade, mas cheio de bom-senso:
"
Olá!
Sou bem mais velha, vivi antes de Abril, vivi durante, e vivo ainda, após!!
Revolução de cravos sem sangue...Foi bom não haver sangue derramado nas ruas. quem acha que não foi bom?
Mas, de outro sangue derramado, o do silêncio, e de outra repressão, não se falou nunca. As câmaras estavam ocupadas com outras filmagens.
Liberdade! sem dúvida, no antigo regime não seria pensável, fazer comentários políticos, sociais, etc. com a abertura que fazemos actualmente.
Isto foi uma "conquista do novo regime".Porém, o que me choca é a interpretação que se dá de liberdade carregada de sentido alternativo. Parece que não pode ser aplicado a todos. Para que uns tenham liberdade, parece queoutros têm que ser reprimidos...
Aprendi que "a liberdade acaba quando a do outro começa". Isto não é uma definição, é um limite e, neste limite perde a sua eficácia. Penso eu!!! Sempre achei que era uma frase feita,incompleta, a que faltava mais qualquer coisa.
Para mim liberdade é poder falar, agir, estar, de acordo com os meus valores e princípios, sem perder de vista as normas de conduta moral, ética e jurídica, devidamente estabelecidas numa dada sociedade, nos termos da sua constituição e ensinadas, de base a cada cidadão desde o berço.
Liberdade, por si só, é uma palavra que para ter sentido tem que ter estar associada a outra ou outras. Liberdade/responsabilidade, liberdade/bom senso; liberdade/educação, sei lá. Na realidade, todos sabem que assim é!!!!! Não estou a dizer nada de novo
(...)"
Daniela
Apelo aos jóvens para que não se resignem...
É preciso avisar a malta, digo eu.
Porque as "notícias do vento que passa" não são animadoras.
Dizem-nos que é preciso continuar a fazer sacrifícios! Quem faz sacrifícios?!
Um exemplo entre muitos:
Há dias dois dias houve a inauguração de obras de melhoria no quartel da GNR de Vila Real. As obras foram feitas porque os "Homens" que ali prestam serviço abdicaram durante dois anos de subsídios a que tinham direito.
O Governo que devia ter financiado tais obras não o fez mas não faltou "na festa" da inauguração.
E com espanto se ouviu, do Secretário de Estado presente, mais do que um agradecimanto aos "doadores" a afirmação de que todos temos que contribuir.
É caso para perguntar: porque não abdicam os governantes das suas "mordomias" seguindo o exemplo destes GNR's. Certamente que lhes fariam menos falta do que àqueles o subsídio de que abdicaram!
Na verdade é preciso "dizer não"!
Prá malta de Coimbra.
O Xavier certamente também a pensar em CC que também fez parte da academia coimbrã.
Ochoa:
Como fazendo parte da malta de Coimbra, apetece-me mandá-lo "dar uma voltinha", ao percepcionar a subversão do seu pensamento sobre CC e Xavier.
CC é de Coimbra.
Xavier nem imagino, resta-me "julgar" que não.
E daí?
Coimbra sobrevive a todos os Cc's, "xavier's", "Tonitosas" e demais.
Que me perdoe o Xavier.
25 de Abril sempre.
Um grande abraço para o Xavier e todos os comentadores da SaudeSA.
O CC é de Torredeita.
25 de Abril, o dia dos novos ricos.
Um bem haja ao Xavier por se ter lembrado do Zeca Afonso.
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