quinta-feira, maio 10

Decisão e evidência


Coincidência ou não, CC abordou, numa intervenção pública recente, a importância da evidência na decisão da política de saúde («a qual deve ser alertada para a evidência -“evidence-aware policy")», enquanto PKM, hoje no DE (10.05.07), retoma o mesmo tema defendendo a sua importância na fundamentação da política de saúde (“evidence-based policy”). Link

(...) As áreas de geração de evidência para a intervenção das políticas de Saúde na UE são sustentadas por três pilares, a saber: 1) biotecnologia e desenvolvimento da sua aplicação à Saúde humana; 2) tradução dos resultados genéricos da investigação em Saúde em acções com impacto na Saúde humana; 3) optimização da oferta de cuidados de Saúde na Europa. Este terceiro pilar, em relação ao qual este artigo se centra, será abordado a partir de duas perspectivas e propósitos práticos: a) desenvolver uma base científica de apoio à decisão para as políticas de Saúde; b) construir bases de evidência para apoiar as estratégias de intervenção para a promoção da Saúde, prevenção da doença, diagnóstico e terapêuticas.

Assim, a relação entre intervenções para a optimização do investimento nos sistemas de Saúde europeus e as intervenções de Saúde pública assume um papel central na distribuição de recursos e obriga a repensar os programas nacionais de Saúde e respectivas orientações e prioridades. Para surpresa de alguns, a Agenda de Lisboa adquiriu um espaço efectivo na geração de evidência para a decisão em políticas de Saúde.

A UE vai investir 6 biliões de euros durante os próximos 7 anos na geração de evidência que oriente as políticas de Saúde no sentido de atingirem resultados em três dimensões do desenvolvimento dos sistemas de Saúde: melhorar os níveis de Saúde da população (investindo na manutenção do saudável em detrimento da ênfase curativa); melhorar a competitividade dos sistemas de Saúde europeus (!); aprendizagem ao nível da capacidade de lidar com desafios e crises globais de Saúde pública.
PKM, DE 10.05.07