terça-feira, agosto 14

Emergência pré- hospitalar


O INEM anunciou ontem em vários jornais perto de duas dezenas de concursos de selecção de 185 técnicos de ambulância de emergência e de um médico.
O Porto receberá o reforço mais significativo, estando o INEM a seleccionar 35 técnicos. Viseu/S. Pedro do Sul recruta 23 e Anadia, Ovar e Marinha Grande 15 cada. Seguem-se Chaves, Espinho, Terras de Basto, Amarante, Montalegre, Peniche, Seia, Cantanhede, Fafe, SantoTirso, Mirandela e Coimbra.
JP 13.08.07

3 Comments:

Blogger e-pá! said...

De saudar este passo: dotar a emergência pré-hospitalar de meios, de modo a garantir-lhe eficiência.
Todavia, este mesmo passo, mostra
(evidencia) como até aqui - no processo de reestruturação das urgências - se andou com o "carro à frente dos bois".
Muitas das "incompreensões" entroncam-se neste ínvio (...e impopular) caminho, infelizmente, já percorrido. Que mais não é do que uma penosa manifestação de insensibilidade política.
Aliás, manifestamente - e quiçá justamente - ausente do inquérito sobre as mais impressivas realizações desta equipa responsável pelo MS (que neste momento encabeça o blog).
É espantoso como, tendo em mãos um bom trabalho sobre a requalificação das urgências, se pode desbaratar esse projecto, insuflando-o de erros, arrogâncias e minudências políticas, a par de uma indisfarçável precipitação na senda da contenção das despesas a qualquer preço.

Depois, é a peregrinação pelas autarquias deste País de chapéu na mão... à procura de instáveis compromissos. Colhendo, ao contrário do que parece, um progressivo desgaste, do qual não pode isentar-se.

7:36 da tarde  
Blogger naoseiquenome usar said...

O "recrutamento" de médicos, técnicos e operadores começou há muito.
Vários cursos têm sido ministrados em que, sobretudo os médicos, "chumbam".
A disponibilidade, motivação e adrenalina a 1000% condicionam todas as prestações.
Os equipamentos estavam disponíveis a 1 de Junho, os recursos humanos não.
A requalificação da rede de urgências não deu resposta eficaz - de acordo com o planeado - por falta de recursos.
Comentários para quê?

2:45 da manhã  
Blogger tambemquero said...

Fecho de urgências asfixia transportes dos bombeiros


O socorro pré-hospitalar está comprometido no Bombarral e na Lourinhã por falta de meios dos bombeiros, já que as ambulâncias passam mais tempo a transportar doentes para os hospitais distritais da zona, após o encerramento de serviços de saúde locais. Na Lourinhã, o fecho nocturno do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) e o aumento de população durante o Verão neste concelho do litoral torna "difícil gerir todas as ocorrências com os meios existentes" com o aumento do tempo de deslocações para a urgência do Hospital Distrital de Torres Vedras, disse o comandante da corporação, adiantando que "as ocorrências aumentaram desde Junho 30% a 40%".

"Já chegámos a ter uma e duas urgências em lista de espera porque os meios começam a escassear", disse Carlos Pereira, revelando que um acidente grave há um mês obrigou a corporação a pedir duas ambulâncias aos bombeiros de Torres Vedras.

Os bombeiros da Lourinhã reclamam há uma década a atribuição de posto de emergência médica pelo INEM, o que até agora tem sido recusado, mas os problemas agudizam-se agora quando "a população é cada vez maior e o centro de saúde não tem poder de resposta para as ocorrências".

Mesmo durante o horário de funcionamento do SAP (8 horas-22 horas), "perto da hora do fecho, os médicos recusam-se a atender as vítimas" uma vez que, defende Carlos Pereira, "não há triagem porque o doente não é observado" e os bombeiros são obrigados a assegurar o transporte para a urgência em Torres Vedras.

No Bombarral, o fim do Serviço Atendimento Complementar (SAC) com a passagem ao regime de consulta aberta levou a que todas as ambulâncias de socorro pré-hospitalar se dirijam para a urgência do Hospital Distrital de Caldas da Rainha, mas os bombeiros apenas conseguem assegurar a tripulação para uma das três ambulâncias existentes na corporação.

A direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros do Bombarral emitiu um comunicado à população dando conta do problema, responsabilizando o INEM da necessária "mobilização de outros corpos de bombeiros".

À Lusa, o comandante Pedro Lourenço explicou que "cada saída de uma ambulância para as Caldas leva hora e meia a duas horas em média, desde a avaliação primária do doente, transporte e depois passagem do doente pela triagem hospitalar", o que antes não acontecia sempre que os médicos do SAC asseguravam todos os tratamentos hospitalares.

"Mais tarde ou mais cedo pode acontecer uma morte por falta de ambulâncias", adverte o responsável, que revelou que "há dias em que há dez serviços de urgência para as Caldas".

A associação estabeleceu já contactos com a Câmara Municipal, para que a autarquia possa ajudar a solucionar as dificuldades financeiras que inviabilizam a contratação de mais tripulantes de ambulância, não havendo qualquer resposta.

Apesar de as cinco ambulâncias assegurarem o serviço no concelho, os bombeiros das Caldas solicitaram há um mês mais uma ambulância ao INEM, face às solicitações de outros concelhos como Bombarral e Óbidos.

"Muitas vezes não há capacidade de resposta e há situações em que temos de pôr as quatro ambulâncias na rua", disse o comandante Pedro Resendes.
JN 15.08.07

12:44 da manhã  

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