quarta-feira, agosto 8

Saúde, deduções fiscais (2)


Vital Moreira é um homem inteligente e com esta posição vem corroborar o que foi proposto no Relatório de sustentabilidade. link

Então, já que vale a pena, vamos por partes:

1. Na dedução ao IRS das despesas de saúde não houve nunca do ponto de vista fiscal, senão a tentativa de optimizar a cobrança de impostos na área da saúde - quer pelas facturas medicamentosas, quer pelas despesas médicas e de saúde em geral.

2. Com uma vantagem do ponto de vista de cobrança: em regra a transferência fiscal - é disso que se trata - não pago imposto referente à saúde mas os prestadores vão concerteza pagá-lo já que me passam recibo - sendo que estes, em média, irão pagar a taxas mais altas que eu próprio pagaria.

3. Olhando para a enorme fatia de dinheiro que é deduzido em termos de impostos, qualquer incauto julga que pode ir buscar esse dinheiro, partindo da hipótese que todos vamos coleccionar os mesmos recibos sem que eles nos sirvam para nada.

4. Com os pés na terra e a cabeça a pensar, digam-me lá quem é que vai coleccionar recibos sendo que não lhe servem para nada ? Na prática não vai incomodar o seu médico ou farmacêutico, casa de saúde ou Hospital privado, sendo que pode rasgar à porta o recibo que não lhe serve para nada.

5. Talvez da mesma forma que com os advogados, engenheiros e arquitectos, cada cliente tem um recibo, mas que está algo abaixo do realmente cobrado.

6. É com esta optimização fiscal que se pretende acabar ?
É com esta transferência fiscal, ainda por cima, em média, com vantagens de taxa que é suposto terminar ?

7. Vital Moreira merece este contraditório. A comissão merecerá ou não.
O cavalinho da chuva

1 Comments:

Blogger cotovia said...

Excelente post.
Neste caso, as coisas não são bem o que parecem.
Quem analisa as coisas pela rama apenas contribui para a criação de equívocos.

8:53 da manhã  

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