CC foi a "Biana"
Assinar cinco protocolos celebrados entre a Administração Regional de Saúde do Norte e cinco câmaras municipais (CM) do distrito de Viana do Castelo: Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Paredes de Coura, Valença. link
Mais uma contraofensiva política do ministro da saúde depois das grandes contestações populares em reacção ao fecho das urgências.
(…) Portugal está a modernizar as estruturas do seu SNS. O processo de requalificação dos serviços de urgência traz mais ganhos em saúde para a população e ganhos de qualidade para cada cidadão, porque se baseia na melhoria da qualidade e da eficiência das unidades públicas de saúde. Todavia, o processo de mudança não é linear, requer inteligência e, sobretudo, tolerância. Tolerância, transformada em capacidade negocial da administração, dos dirigentes autarquicos e do Governo. É natural que com a reorganização do sistema de saúde se gerem, de início, algumas incertezas. Mas a boa-fé negocial e o espírito de servir tudo superam. Os protocolos que hoje assinamos reflectem este processo de meses, até conseguirmos responder à população com a garantia de que os meios de emergência e transporte pré-hospitalar estarão operacionais. Para cada caso se encontrarão, sempre, as alternativas mais adequadas e sobretudo as que se traduzem em ganhos para a população. (…)
O Ministério da Saúde, apesar do difícil contexto financeiro, está a ampliar os ganhos em saúde para os portugueses. O nosso SNS, em cada ano, oferece mais assistência nos hospitais, em internamento, urgência, consulta externa, cirurgia e hospital de dia. Cada ano tratamos mais doentes e de uma forma mais moderna e eficaz. Acolhemos cada vez mais utilizadores nos centros de saúde, transportamos e assistimos, em emergência, cada vez mais pessoas em cuidados imediatos. Estamos a revolucionar os cuidados de saúde primários com as unidades de saúde familiar (USF), que já deram médico de família a mais de 100 mil utentes que dele não dispunham e já cobrem 830 mil portugueses. E com agrado visível dos cidadãos beneficiados, que só pedem mais rapidez na reforma. Pela primeira vez no nosso país, cuidamos da saúde dos idosos, quando fragilizados após uma passagem pelo hospital. Teremos 2.700 lugares de atendimento, em várias intensidades de cuidados, até ao final deste ano; são dezenas os protocolos firmados e centenas as pessoas que já beneficiaram deste novo serviço, tendo tido alta 40% do total dos assistidos nos primeiros seis meses do programa.
Estamos a deslocar os serviços cada vez mais a casa do cidadão e a levar-lhe cuidados, conforto, recursos e saúde.
Estamos a associar hospitais, antes dispersos e em declínio, em centros hospitalares com especialização produtiva, concentração de recursos para ampliar qualidade e mais condições para resolver, nesse nível, uma vasta gama de cuidados. Estamos a arrancar, do Sul para o Norte com as novas redes de AVC e de Acidente Isquémico (enfarte), encurtando o tempo entre os primeiros sinais e a primeira intervenção, aproveitando a janela terapêutica para administrar medicamentos trombolíticos que permitam evitar o efeito nefasto do trombo ou a redução do débito arterial.
Uma reforma desta dimensão não se faz sem alguma legítima incompreensão inicial ou mesmo sem desagradar a alguma ilegítima posição instalada. Reforma significa nova forma, mudança para melhor. Demora tempo e energias a explicar? Pois demora, mas compensa.
Os protocolos hoje assinados definem um conjunto de princípios a que obedece a estratégia de modernização do sistema de saúde ao nível dos cuidados de proximidade. São um sinal de modernidade. Com eles poderemos garantir a verdadeira requalificação dos serviços de cuidados de saúde primários e do atendimento urgente neste distrito e promover a equidade geográfica e populacional no acesso aos cuidados de saúde. A sua implementação está articulada com o reforço da rede de emergência pré-hospitalar e com as mudanças em curso, em todo o país, na organização dos cuidados primários de saúde. Pensamos que, desta forma, o distrito de Viana do Castelo com modernizado suporte pré-hospitalar, sendo o segundo distrito do Norte a aderir ao novo modelo, estará mais próximo do cumprimento das metas de saúde que servem os portugueses.
CC, assinatura de protocolos com cinco CM do distrito de Viana do Castelo - 08.08.2007
Mais uma contraofensiva política do ministro da saúde depois das grandes contestações populares em reacção ao fecho das urgências.
(…) Portugal está a modernizar as estruturas do seu SNS. O processo de requalificação dos serviços de urgência traz mais ganhos em saúde para a população e ganhos de qualidade para cada cidadão, porque se baseia na melhoria da qualidade e da eficiência das unidades públicas de saúde. Todavia, o processo de mudança não é linear, requer inteligência e, sobretudo, tolerância. Tolerância, transformada em capacidade negocial da administração, dos dirigentes autarquicos e do Governo. É natural que com a reorganização do sistema de saúde se gerem, de início, algumas incertezas. Mas a boa-fé negocial e o espírito de servir tudo superam. Os protocolos que hoje assinamos reflectem este processo de meses, até conseguirmos responder à população com a garantia de que os meios de emergência e transporte pré-hospitalar estarão operacionais. Para cada caso se encontrarão, sempre, as alternativas mais adequadas e sobretudo as que se traduzem em ganhos para a população. (…)
O Ministério da Saúde, apesar do difícil contexto financeiro, está a ampliar os ganhos em saúde para os portugueses. O nosso SNS, em cada ano, oferece mais assistência nos hospitais, em internamento, urgência, consulta externa, cirurgia e hospital de dia. Cada ano tratamos mais doentes e de uma forma mais moderna e eficaz. Acolhemos cada vez mais utilizadores nos centros de saúde, transportamos e assistimos, em emergência, cada vez mais pessoas em cuidados imediatos. Estamos a revolucionar os cuidados de saúde primários com as unidades de saúde familiar (USF), que já deram médico de família a mais de 100 mil utentes que dele não dispunham e já cobrem 830 mil portugueses. E com agrado visível dos cidadãos beneficiados, que só pedem mais rapidez na reforma. Pela primeira vez no nosso país, cuidamos da saúde dos idosos, quando fragilizados após uma passagem pelo hospital. Teremos 2.700 lugares de atendimento, em várias intensidades de cuidados, até ao final deste ano; são dezenas os protocolos firmados e centenas as pessoas que já beneficiaram deste novo serviço, tendo tido alta 40% do total dos assistidos nos primeiros seis meses do programa.
Estamos a deslocar os serviços cada vez mais a casa do cidadão e a levar-lhe cuidados, conforto, recursos e saúde.
Estamos a associar hospitais, antes dispersos e em declínio, em centros hospitalares com especialização produtiva, concentração de recursos para ampliar qualidade e mais condições para resolver, nesse nível, uma vasta gama de cuidados. Estamos a arrancar, do Sul para o Norte com as novas redes de AVC e de Acidente Isquémico (enfarte), encurtando o tempo entre os primeiros sinais e a primeira intervenção, aproveitando a janela terapêutica para administrar medicamentos trombolíticos que permitam evitar o efeito nefasto do trombo ou a redução do débito arterial.
Uma reforma desta dimensão não se faz sem alguma legítima incompreensão inicial ou mesmo sem desagradar a alguma ilegítima posição instalada. Reforma significa nova forma, mudança para melhor. Demora tempo e energias a explicar? Pois demora, mas compensa.
Os protocolos hoje assinados definem um conjunto de princípios a que obedece a estratégia de modernização do sistema de saúde ao nível dos cuidados de proximidade. São um sinal de modernidade. Com eles poderemos garantir a verdadeira requalificação dos serviços de cuidados de saúde primários e do atendimento urgente neste distrito e promover a equidade geográfica e populacional no acesso aos cuidados de saúde. A sua implementação está articulada com o reforço da rede de emergência pré-hospitalar e com as mudanças em curso, em todo o país, na organização dos cuidados primários de saúde. Pensamos que, desta forma, o distrito de Viana do Castelo com modernizado suporte pré-hospitalar, sendo o segundo distrito do Norte a aderir ao novo modelo, estará mais próximo do cumprimento das metas de saúde que servem os portugueses.
CC, assinatura de protocolos com cinco CM do distrito de Viana do Castelo - 08.08.2007
Etiquetas: Urgências
2 Comments:
Então como é que aparece o Edil de Valença na cerimónia (TV) a dizer que não concorda com a politica do ministro e que está ali, apenas, para ver se lhe calha alguma coisinha!
Os autarcas de Melgaço, Valença, Paredes de Coura, Caminha e Arcos de Valdevez assinaram, ontem, contra todas as resistências expressas, desde o início deste ano, naqueles concelhos, nomeadamente através de duas grandes manifestações de rua (Arcos e Valença), protocolos que estabelecem o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) dos centros de saúde locais, durante a noite. O atribulado processo de negociações ficou fechado, numa cerimónia presidida, em Viana do Castelo, pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, mas nem todos os presidentes de Câmara firmaram os acordos de bom grado.
JN 09.08.07
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