Estamos cansados
de aguardar serenamente (Carlos Arroz) link A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) decidiu aderir à greve da função pública e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) convocou uma paralisação para o mesmo dia, 30 de Novembro. TM 19.11.07
5 Comments:
São duas situações completamente distintas, embora complementares e convergentes.
A FNAM pura e simplesmente integra-se na greve da função pública e subscreve os seus motivos;
O SIM "convoca" uma "outra" greve, para o mesmo dia, com reivindicações sindicais específicas que dizem repito aos problemas com que se confrontam os médicos, muitos das quais estou de perfeito acordo, mas não evoca explicitamente os motivos gerais que arrastaram a função pública para esta posição limite de confrontação com o Governo Sócrates.
Farei greve de qualquer maneira.
Só que é a 1ª. vez que vou alinhar numa greve do tipo dos "novos champôs": - 2 em 1!
Vamos então lavar a cabeça ao Governo.
Os adeptos da FNAM molham o cabelo, espalham o champô, esfregam (massajam?) e os do SIM enxaguam e espalham o condicionador e penteiam-no (de risco ao meio?)
Brincamos, bincamos, mas como diz Carlos Arroz, estamos cansados.
Também nós estamos cansados.
Já não há pachorra! Estamos cansados de fazer sacrifícios. Estamos cansados ver cair os salários reais dos funcionários públicos.
Estam cansados os trabalhadores da função pública como estão cansados or reformados da função pública.
Estão cansados os médicos, os enfermeiros, os técnicos, os administrativos e todos os trabalhadores da Saúde. Estão cansados todos os trabalhadores da Administração Pública.
Quando vemos continuar o "peditório" dos sacrifícios vemos como continuam as benesses para os políticos e os mais chegados ao poder.
São despedidos trabalhados da AP mas não são despedidos deputados. Não são "despedidos" assessores, adjuntos e outros "dedicados" colaboradores dos gabinetes ministeriais. Pelo contrário o seu número vai engordando.
Entretanto os excluídos são cada vez em maior número. O papão do défice continua a servir para exigir sacrifícios aos portugueses mas já se vão notando os "golpes de magia" no OE para que 2008 para preparar o ano seguinte de "bodo aos pobres".
Basta! Estamos cansados. Vamos pois TODOS dizer que não queremos continuar a ser enganados.
Com tão bons resultados link, em que bem poucos acreditavam há bem pouco tempo atrás, o que falta a este ministro para “ser amado pelo povo”?
«Confrontando o desempenho nos nove primeiros meses deste ano com período homólogo do ano anterior, o número de consultas em centros de saúde continua a aumentar. Nas consultas programadas o aumento foi de 1,6%, mais 331.700 consultas em apenas nove meses. Os atendimentos em serviços de atendimento permanente (SAP) reduziram-se 14,3%. As primeiras consultas do ano, um bom indicador de acessibilidade, subiram 4%, ou seja, 258.480, passando de 25,2 para 26,6% do total de consultas. Estão em funcionamento 73 USF com um ganho assistencial de 130 mil novos utentes com médico de família. Há um ano atrás elas eram apenas 43 e o ganho assistencial de 85 mil utentes. Havia então 132 candidaturas aprovadas, hoje há 204. O número de unidades móveis de saúde era de 56 há um ano, é agora de 76. O centro de atendimento Saúde 24, criado a 25 de Abril, já atendeu 195.200 chamadas até ao início de Novembro.
Comparando Novembro de 2007 com a situação em Novembro de 2006, temos hoje 1.661 lugares contratados em cuidados continuados integrados (CCI), tínhamos então apenas 797. Tínhamos então 23 lugares de cuidados paliativos, temos hoje 68. Em Março de 2008 teremos 2.397 lugares de CCI e 3.029 no final de 2008. Pela rede de CCI já passaram 4.266 pessoas. Para apoio domiciliário a idosos e dependentes dispomos de 96 viaturas em Novembro de 2007.»
CC, Intervenção na AR
Ninguém vai para uma greve cansado, uma vez que se trata de um acto de força.
Sejam quais forem os motivos que as determinam, as greves da Saúde resultam sempre em prejuízo dos doentes.
Na semana imediatamente antes da greve geral da FP, realiza-se em Lisboa a edição de 2007 da CONFERÊNCIA NACIONAL DE ECONOMIA DA SAÚDE.
O Painel Temático vai tratar de um assunto muito caro (o português é uma língua traiçoeira...) e sensível para a FP:
- A ADSE NO SISTEMA DE SAÚDE PORTUGUÊS
Um assunto a seguir com atenção pelos dirigentes da FP, e por todos nós servidores do Estado, que, como todos sabemos, entrou em hibernação, desde a publicação do sebastiânico relatório para o estudo da sustentabilidade do SNS.
Adenda:
acho deliciosa a expressão "servidores do Estado"...
vamos a ver como serão "tratados" na Conferência...
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