quinta-feira, novembro 15

Médicos espanhóis


Diálogo espanhol em Portugal
«"¿Por qué faltan médicos aquí? Hay pocas universidades y el colegio de médicos está encantado", explica Campillo. link link "Son pocos y tienen mucho poder", añade Herrero. "Y tratan de mantener su élite apretando en el numerus clausus", dice Pazos.»
«São poucos e têm muito poder». Dificilmente se poderia dizer melhor. Talvez: o Estado capturado pelas corporações profissionais...
vital moreira, causa nossa

8 Comments:

Blogger e-pá! said...

Embora com o devido respeito que me merece Vital Moreira, penso que a captura do Estado, em qualquer circunstância que se verifique, traduz uma outra coisa - um estadio superior de corrupção.
As corporações profissionais promovem lobbies - relativamente inócuos - nas questões da sua área e da sua competência. Quando muito batem-se, como toda a função pública, pela manutenção dos chamados "direitos adquiridos"...

A captura do Estado, é outra coisa muito mais grave. João Cravinho falou repetidas vezes disso, quando trabalhou afincadamente neste País, sobre a corrupção.
A captura do Estado é sustentada por grupos, sociedades, associações ou qualquer outro tipo de agremiação formal ou informal que detêm poderes irrecusáveis (advindos de faustosos favores) , controlando os homens colocados nos centros de decisão que ditam as leis, conforme a sua conveniência (aqui tratam-se de negócios de milhões €) pervertendo o sentido democrático da governação. Isto é, governar para todos ou para alguns.

As corporações profissionais, sejam de médicos, sejam de outros sectores da Saúde, não preenchem estas condições. E, a estar alguma mais próxima, seria a ANF.

Depois, os médicos não são tão poucos se atendermos às estatísticas disponíveis. Na verdade segundo os dados da "OCDE Health at Glance 2007", referentes a 2005, estamos ligeiramente acima da média (= 3.0 médicos/1000 hab.) com um valor de 3.4 que estará extrapolado já que engloba a totalidade dos médicos (e não os que efectivamente exercem).
A Espanha apresenta valores de 3.8, mas inclui nessa estatística dentistas e estomatologistas.
A "densidade médica", entre os 2 Países, não será assim tão dispar.

O diálogo transcrito no El Pais mostra-se um pouco desfazado no tempo. Parece aludir a um País antes da recessão que nos persegue desde o início do século XXI.
Nem mesmo naquilo que nos elogia, está em dia, p. exº., quando afirma que "la formación portuguesa es mejor que la española, más pragmática y continua".
Isso, infelizmente, já foi ou já demos! Está em extinção com os HH's EPE's.

Na verdade não se pode estar bem informado sobre tudo.
Eu não me atreveria a opinar sobre questões de Direito Constitucional...

1:39 da manhã  
Blogger Ferros Curtos said...

Existem três níveis de corrupção: de esquema, sistema e captura.

O Estado português está verdadeiramente capturado pelo grande capital, que lhe apresenta "de borla" estudos contabilistas sobre questões estratégicas e de desenvolvimento - como aeroportos e TGV.

O Estado capturado pelos melhores economistas e juristas deste país ao serviço das CIPs, da Lusoponte e da construção civil que afinal nem impostos paga.

Fazem os médicos parte deste filme ?

Ou só quando todos forem assalariados nos EPE ou nos privados-seguradoras estará o Dr Vital Moreira contente.

É dessa Medicina que se vai servir ? Tem ido ao médico de família ? De facto ele tem muitos amigos que o vão tratar o melhor que poderem mas já só com o que tiverem, mas para os pobres esta questão é Vital.

9:08 da manhã  
Blogger Hermes said...

Los médicos prefieren Portugal
Sueldos más altos y el respeto de los pacientes los retienen en el país vecino .


"Cobro lo mismo que en España o quizá un poco más, pero no hago noches", afirma. Saben que tienen suerte. Amadora-Sintra es uno de los mejores hospitales de Portugal. En él trabajan 20 médicos españoles.

Aunque las listas de espera superan en diez veces a las españolas, no lo ven como una desventaja: "Hay posibilidad de hacer horas extra, y se cobran aparte y mejor que en España", dice Campillo.

Palavras para quê?

12:38 da tarde  
Blogger cotovia said...

O È-Pá que me desculpe, reconhecendo que tem feito um grande trabalho aqui na saudesa.
Mas, neste caso, não tem razão.
Isto prós médicos continua um maná.
Reconhecimento social, nível remuneratório elevado, bom clima e muita procura.
O resta são cantigas.

1:20 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Uno de cada tres nuevos médicos en España ya es extranjero
Las facultades españolas no son capaces de cubrir las plazas de especialistas MIR .

3:50 da tarde  
Blogger tambemquero said...

INMIGRACIÓN QUE CURA
- En 2005 el Ministerio de Educación aprobó 2.223 solicitudes de convalidación de títulos de médicos de extranjeros.
El País 02.12.07

Tal como em Portugal!
Os regimes socialistas de leste tinham que servir para alguma coisa.

4:28 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Afinal Portugal é país de emigração para médicos espenhois.
Que promoção andará a fazer o ministro da saúde.

Ante el maltrato que en Madrid sufren los médicos, Pablo Rivas, especialista en medicina interna, que renuncia ahora a su plaza y, harto ya, se marcha a Portugal a prestar sus servicios, nos hizo en una carta al director de este periódico la siguiente pregunta, quizá con un poco de retintín, tal vez acusatoria: "¿Qué has hecho tú, político, periodista o ciudadano de a pie para cuidar a tu médico?". Lo que las administraciones han hecho por el médico lo tiene claro el doctor Rivas: someterlo a contratos basura eventuales, incluso de días, que se suceden durante años; sueldos indignos para las responsabilidades que se les exigen, jornadas de 24-32 horas, consultas con tres minutos por paciente... No es poca cosa. Ni siquiera es preciso recordar las vejaciones, y hasta las ignominias, que han sufrido algunos médicos por parte de las autoridades de la región. Y esto es lo que parece haber hecho el Gobierno de Madrid, acaso como otros, aunque tal vez de un modo especial. No en vano está el de Madrid entre los últimos gobiernos de la cola, de acuerdo con recientes informes muy bien argumentados, a la hora de ofrecer sus servicios sanitarios.link

4:36 da tarde  
Blogger e-pá! said...

As movimentações do pessoal na área da saúde são muito aleatórias e, normalmente, "pagam" os erros de planificação praticados na origem.
Há procura de enfermeiros para o exterior;
Há migrações de médicos estrangeiros para Portugal (nomeadamente espanhóis);
E, por exemplo, que dizer dos dentistas que se estão formando em Portugal e que partem massivamente para a Grã-Bretanha.
Esta é, tão somente, a mobilidade europeia.

Mas o assunto - segundo entendi - era eventual captura do Estado pela "corporação" médica. Um exercício de poderes à margem do contexro democrático.
Nada de mais leviano e alienatório.

Um pequeno promenor:
Quanto à consideração social que merecem os médicos em Prtugal, facto aparece, repetidamente, nas declarações dos colegas espanhóis e é dado grande relevo, devo dizer que, tendo efectuado um estágio de pós-graduação de longa duração num Hospital Clínico espanhol, foi o único sítio do Mundo, onde fui tratado por Don...

3:40 da tarde  

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