sexta-feira, novembro 16

Médicos & Enfermeiros

General practitioners per 1 000 population, 2005 .Segundo dados da "Health at a Glance 2007: OECD Indicators", em Porugal, não há falta de médicos. E ganham tão bem ou melhor que nos restantes países da EU.
O número de médicos por mil habitantes (3,4) é superior à média dos países da OCDE (3,0). Portugal supera países como a Irlanda (2,8); Reino Unido (2,4); EUA (2,4); Canadá (2,2) ou o Japão (2.0). New Zealand and Portugal report the number of physicians entitled to practice (resulting in an overestimation). Data for Spain include dentists and stomatologists (overestimation).

Quanto a remunerações, os médicos especialistas portugueses (3,3 - ratio to GDP per capita)recebem mais do que os da Alemanha (2,7), Dinamarca (2,5), Suécia (2,5) , Grécia (2,4), ou Noruega (1,6).link
Por sua vez, os enfermeiros hospitalares portugueses apresentam o mais elevado ratio de rendimento per capita (1,8); USA (1,5); Reino Unido (1,3); Irlanda (1,3). link

2 Comments:

Blogger e-pá! said...

Caro Xavier:

Ao olhar para as remunerações que são apresentadas no "Health at a Glance 2007: OCDE indicators" e ao pesar as relações que mantemos com regularidade colegas europeus, quer ao nível privado, quer em reuniões internacionais, quer no plano institucional (UEMS), devo (?) concluir que:
- ou, os nossos colegas europeus vangloriam-se com salários que, efectivamente, não recebem;
- ou, as remunerações em Portugal estão inflacionadas (p. exº.: com a incorporação de horas extraordinárias,...?)

Uma nota à parte:
a) porquê a não inclusão dos salários dos GP portugueses?
b) qual o organismo que fornece os dados para os indicadores da OCDE?

4:23 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Estas comparações, simplistas, são sempre duvidosas (no mínimo). Imposta saber, por exemplo, como estamos em termos de tecnologia de ponta nos hospitais e CS em comparação com os outros países. Como estamos em termos de distribuição geográfica e acessibilidade. Qual a média de actos médicos por habitante (procura/produtividade). A demora média do internamento implicando mais ou menos necesidades de enfermagem, cuidados médicos, etc..
Teremos profissionais a mais? Estarão bem distribuídos? Não teremos uma população mais vulnerável e consequentemente a consumir mais recursos (materias e humanos)?
E dizer-se que estamos acima da média dos países da OCDE pode ser enganador. Para essa média contam países com manifesta insuficiência de médicos e enfermeiros. E acima dos 3,4 médicos por 1000 hab de Portugal está a maioria dos países da UE, com sistemas bem mais próximos do nosso. Aliás, uma leitura do gráfico permite desde logo verificar que os países com mais baixo valor "puxam" claramente a média para baixo. E carece de melhor análise a comparação de Portugal com países como os EUA, o Canadá e o Japão.
E o que se verifica quantos aos restantes trabalhadores da saúde e em particular dos hospitais? Como estarão no ranking os
Administradores hospitalares, os Tecnicos e os Auxiliares?
Quanto a remunerações, parece-me que as comparações nem sequer fazem sentido. Para uma razoável (que não total) comparação deveremos trabalhar com paridade do poder de compra o que, segundo verifico, não acontece.
E qual será na verdade o salário base? E o salário/hora trabalhada?
E de que profissionais estamos a falar? No início da carreira ou em fim de carreira? Grande peso de jovens (início de carreira) ou de especialistas com muitos anos de serviço?
Enfim, deixemos os médicos e os enfermeiros em paz. Só lhes damos valor quando nos salvam a vida ou a dos nossos familiares. E tantas e tantas vezes o fazem!
Infelizmente às vezes também erram, porque são humanos.
PS: sabem quanto ganham os trabalhadores especializados de empresas como a EDP, a Galp, a CGD, a REN, O BP, etc.?
Para não falarmos dos seus Administradores, claro.

6:46 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home