Disgusting
Decorreu hoje (16.01.08) a votação da 2.ª volta para eleição do bastonário da OM. Aguardam-se resultados.
A campanha decorreu com inúmeros episódios, alguns menos dignos, que mereceram o seguinte comentário de Vital Moreira:
«Quem observe a campanha eleitoral na Ordem dos Médicos - ao nível de qualquer peixeirada no mercado da Ribeira (sem desdouro para peixeiras desavindas) - há-de perguntar-se se tal é digno de uma instituição pública. Simplesmente disgusting!»
E até João Semedo nos surpreendeu ao apoiar Pedro Nunes.
2 Comments:
Foi uma espécie de Peixarada
Resultados da 2.ª Volta
Os resultados, ainda provisórios, indicam que Pedro Nunes obteve 56 por cento dos votos, contra 44 por cento de Miguel Leão.
De acordo com a Ordem, Miguel leão teve mais votos na secção regional do Norte, enquanto Pedro Nunes venceu as secções do Sul e do Centro.
Os dados provisórios indicam que votaram 14.734 dos mais de 38.000 médicos inscritos na Ordem, mais cerca de 2.880 do que na primeira volta, realizada em 12 de Dezembro do ano passado.
Por secções regionais, os médicos inscritos no Sul foram os mais participativos, com 7.248 votos, seguindo-se os do Norte (4.918) e do Sul (2.568).
O processo eleitoral ficou marcado por acusações entre candidatos e por uma providência cautelar para mudar o método dos votos por correspondência.
Miguel Leão foi o candidato mais votado na primeira volta, obtendo mais três pontos percentuais do que Pedro Nunes, o bastonário que se recandidatou ao cargo.
O terceiro candidato, eliminado na primeira volta, era Carlos Silva Santos, que obteve 13,95 por cento.
O resultado da primeira volta, em que participaram 11 mil dos 38 mil médicos, levou Pedro Nunes a anunciar, dois dias depois, que suspenderia o seu mandato até à realização da segunda volta, por considerar que não tem a confiança dos seus colegas para os representar, tendo decidido delegar as funções de bastonário da Ordem dos Médicos (OM) em José Manuel Silva.
Em reacção, o candidato Miguel Leão considerou a suspensão do mandato «inédita» e de «duvidosa legalidade formal», uma vez que não é uma situação prevista nos Estatutos da Ordem e acusou Pedro Nunes de ter uma atitude «profundamente lamentável».
Já depois deste episódio da suspensão do mandato, o Conselho Eleitoral Nacional da Ordem dos Médicos, presidido por Pedro Nunes, introduziu novas regras para o processo eleitoral na segunda volta, o que provocou mais trocas de acusações entre as candidaturas.
Segundo as novas regras, os votos por correspondência passaram a ser todos endossados à Secção Regional do Centro, em Coimbra, num apartado criado para o efeito, para «evitar suspeições», uma vez que os dois candidatos têm a sua principal base votante em Lisboa e no Porto.
Antes, estes votos por correspondência eram enviados para três apartados: Norte, Centro e Sul.
Terça-feira, na véspera da segunda volta, a Comissão Eleitoral Nacional (CEN) da OM informou que a segunda volta das eleições irá processar-se hoje normalmente, uma vez que a providência cautelar interposta pelo candidato Miguel Leão «não está ainda decidida».
Miguel Leão interpôs uma providência cautelar de suspensão de eficácia das deliberações adoptadas pela CEN relativa aos procedimentos a adoptar para a segunda volta para a presidência da OM referente à recepção dos votos por correspondência.
A Ordem sublinha que o pedido apresentado por Miguel Leão ao Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa foi «tão só de suspensão de eficácia das deliberações relativas aos procedimentos adoptados para a recepção dos votos por correspondência e não a uspensão do acto eleitoral».
Diário Digital / Lusa
O Dr. Pedro Nunes - não vamos remexer mais na roupa suja - será o novo bastonário da OM.
Será, o "novo", porque se tiver o mínimo de sensibildade perceberá que o real sentido de voto, foi expresso na 1ª. volta, onde um leque de opções mais abrangente esteve presente.
Esta eleição, não é uma simples re-eleição. Será outra coisa.
No silêncio do seu gabinete da sede em Lisboa, deve perceber que, para presidir à OM, com eficiência, necessita de unir os médicos em torno de causas comuns e não sobre questões fracturantes que, precipitadamente, já insinou querer aflorar.
Antes de iniciar o mandato deve colocar sobre a sua secretária os resultados da 1ª. volta. Olhar para eles de vez em quando.
E ter presente que a 2ª. volta é o expediente estatutário para resolver o impasse anterior.
Portanto, com outro espírito e renovados os métodos, mãos ao trabalho que se prevê cheio de escolhos.
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