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1 Comments:
IVA a descer...
Esta matéria tem dado lugar a opiniões várias, principalmente quanto aos efeitos "reais" sobre os preços.
Em minha opinião uns e outros têm razão.
Por exemplo: a factura do telefone, da água, electricidade, TV, gás, etc. há-de certamente reflectir a redução do IVA, não sendo admissível que os fornecedores aumantem de imediato os preços. O IVA é como sabemos indicado na factura de forma clara.
Mas imaginemos aqueles produtos cujos preços referem, normalmente, "IVA incluído". Aí, há campo de manobra para manter os preços (com IVA incluído), não reflectindo neles a nova taxa, e portanto o consumidor não vai, de um modo geral, sair beneficiado. Havemos de ver, por exemplo, o preço dos combustíveis, no último dia do IVA a 21% e no primeiro do IVA a 20%. Hoje, nos postos Galp, o gasóleo está a 1,265. Com o novo imposto estaria a 1,2545. Será assim em Julho?
E será que a 1 de Julho vamos ter os prutos farmcêuticos 1% mais mais baratos?! Por mim, tenho sériuas dúvidas.
Um exemplo, propositadamente caricato (mas que se multiplicará por muitos outros): determinada rede de supermercados cobra actualmente 0,02 euros por cada saco de plástico (transporte das compras). Esperemos pois que a partir de 1 de Julho baixe para 0,019 euros!
Por mais que o Governo afirme que vai controlar a aplicação da nova taxa, essa é uma tarefa impossível e uma afirmação "gratuita".
Entretanto Teixeira dos Santos acusou de desonestidade intelectual aqueles que minimizam os efeitos desta redução do IVA. Serviu-se dos argumentos usados, no passado, para criticar o aumento do IVA em 2%.
Se pensarmos que Teixeira dos Santos é economista, formado numa das melhores escolas do País (FEUP em 1973), cabe lembrar-lhe que ele sabe que os efeitos de uma subida de impostos não são simétricos dos efeitos de uma redução dos mesmos. E no caso em apreço, as lições do passado, mais ou menos recente, são exemplo a ter em conta (restauração e ginásios).
Basta que pensemos nos efeitos do arredondamento e no aumento de preços "à boleia" do aumento de impostos!
Portanto, em matéria de honestidade intelectual, nada mais haverá a acrescentar!...
PS: porque não baixou o governo a taxa do IRS dos escalões mais baixos, onde se situam os agregados familiares com maiores dificuldades? Aí sim, os efeitos nos rendimentos reais das famílias seriam evidentes!
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