Não há pachorra (2)
Manuel Delgado diz que a gestão privada do Amadora-Sintra "teve vantagens e foi inovadora em alguns aspectos", nomeadamente porque teve "custos de exploração mais baixos que os públicos". JP 21.03.08
Esta declaração não será do mano Luís Delgado, presidente do CA do HIDP?
Há dias em que me apetece emigrar.
5 Comments:
Trata-se de um post baseado, deduzo, no jornal o Público.
A afirmação é atribuída, deduzo também (pois não li aquele jornal), a Manuel Delgado.
Deste título, poderia retirar-se uma das seguintes conclusões: não haveria pachorra para com o Público/autor da notícia; ou, não heveria pachorra para com MD.
Como o post é do Xavier, não me atrevo a tirar conclusões!
Mas gostava de ser esclarecido atendendo à credibilidade que geralmente é atribuída às opiniões de MD, neste blog!
A acreditar no JP, trata-se de uma inacreditável declaração de MD.
A propósito, o estafado desabafo:
"Já nada me admira, desde que vi um elefante a andar de bicicleta".
Um abraço para o Xavier...
Coitado do "mano" Delgado!
Quanto à afirmação de MD, até poderá ser verdadeira mas...com que contrapartidas foram obtidos esses custos? As análises parciais são sempre pouco esclarecedoras.
Enfim, muita tinta há-de ainda correr sobre esta matéria!
A reacção adversa à gestão privada no H Amadora-Sintra existiu desde o seu inicio, ainda antes que pudesse provar alguma coisa, era má certamente só por ser exercida por privados.
Mas a verdade é que a sua existência obrigou a modernizar a própria gestão pública dos hospitais do SNS.
Apesar de tudo, duvido que a experiência do Hospital da Feira, e depois SA e depois EPE, tivesse avançado. Assim, o próprio ponto de comparação que por vezes tem sido usado para afirmar que a gestão do Amadora-Sintra por privados não tem vantagens não estaria lá se esta última não existisse.
Não vejo qualquer problema com a primeira afirmação de Manuel Delgado, a de que a gestão privada do H Amadora-Sintra trouxe aspectos inovadores. Não sei se focar apenas nos custos é o aspecto mais interessante dessa inovação.
Não é dificil ver nos 12 anos de gestão privada no H Amadora-Sintra altos e baixos de percurso.
Mas as principais criticas surgem muitas vezes sem o devido suporte (são frequentemente opiniões, não evidência), e na verdade não se apresenta evidência convincente de que os doentes teriam sido melhor tratados ao mesmo custo para o SNS, ou tratados de igual forma com menor custo para o SNS, se tivesse tido gestão pública tradicional.
Será que nas discussões sobre as vantagens e desvantagens da gestão privada do H Amadora-Sintra se está a pensar de facto na população servida?
Talvez o objectivo de MD seja proteger os AH a que a JMS dá emprego e vai passar a dar no Hospital de Braga.
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