sábado, julho 26

Greve dos privados da Saúde

pior do que a dos camionistasVisão: O Observatório dos Sistemas de Saúde diz que os privados são dependentes do SNS. Em 2005, o SNS adquiriu aos privados produção na ordem dos mil milhões de euros…
Isabel Vaz: Se os prestadores todos da rede ambulatória dissessem, ‘já não fazemos análises, raio X, ecografias e por aí fora’, seria pior do que a greve dos camionistas. Quem está dependente de quem?
link

Não tinha tido oportunidade para ler a entrevista aos representantes dos grupos privados. A sobranceria com que pretendem impor os seus ditames e a agressividade com que contestam as opções de Ana Jorge em Saúde, traduzem bem até onde estão dispostos a ir nesta sua luta pela rentabilização dos milhões investidos.
A citação da greve dos camionistas não surge por acaso, é uma ameaça velada procurando, através da intimidação, condicionar as opções políticas do Governo. É, porém, um pau de dois bicos, pois deixa a claro o que pode suceder ao Estado Democrático se alienar as suas responsabilidades sociais e ficar refém dos grupos económicos.

Tá visto

Etiquetas:

10 Comments:

Blogger Joaopedro said...

Esta foto das personagens que dão a cara pelos patrões dos camionistas, quero dizer,patrões da saúde privada (muitas mais haverá),ilustra bem o momento decisivo que vivemos de esperança de viragem do movimento de privatização da saúde tão acarinhado pelos anteriores ministros da saúde, Luís Filipe Pereira e Correia de Campos.
Vamos ver se a ministra, Ana Jorge, como refere o Tá Visto em comentário anterior, vai ter suporte político para levar a cabo a sua política de saúde.
Nesta perspectiva, escusado será dizer quanto importantes são os resultados das próximas eleições.
Sabemos agora com clareza qual a posição do PSD de Manuela Ferreira Leite quanto a esta questão.
Por conseguinte, vamo-nos a eles...

10:44 da manhã  
Blogger Clara said...

Estes são os lideres da gestão privada a que podemos almejar!
Sinceramente, alguém acha que desta gente poderá vir alguma solução de jeito para a Saúde no nosso país?
As declarações da engenheira IV, a tentar falar mais alto que o Salvador de Mello, não primam pela inteligência, constituindo aquilo a que se costuma designar por um verdadeiro tiro nos pés.
Teófilo Leite já nos habituou à suas récitas da lei de bases e das reformas da saúde dos países da UE que lhe dão jeito a sustentar a sua argumentação em defesa da liberalização da saúde.
O primeiro senhor a contar da esquerda, vagamente parecido com o ribeirinho, não se lhe conhecem argumentos nem obra.

1:40 da tarde  
Blogger tambemquero said...

A SaudeSA não devia dar palco a esta gente.

1:41 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Respeitemos os outros, para sermos respeitados e respeitáveis!
O Senhor Henry Ford (fundador da Ford Motor Company, como, quase todos, devemos saber, terá dito um dia: todas as pessoas com quem converso me são superiores em alguma coisa, e nesse pormenor aprendo com elas.
São assim, os Homens/Mulheres grandes.
Discordo daqueles que optam pela maldizência e até o fazem de tal forma que podem levar-nos a pensar que sofrem de mal de inveja.
E fico a imaginar qual seria a sua reacção se o "acaso" um dia lhes proporcionasse um emprego em qualquer grupo privado de saúde.
É que até os mais acérrimos defensores do SNS não deixaram de dizer sim! E por sinal frequentaram a mesma escola e militam nos mesmos partidos.
O fundamentalismo, qualqeur que ele seja, é sempre fruto de irracionalidade!

2:50 da tarde  
Blogger Carago said...

Estes senhores começam por não saber o que é uma greve...um direito dos TRABALHADORES e que apenas pode ser decretada por um SINDICATO...mas a comunicação social tb tem culpa quando falou em greve dos camionistas, que foi mais um lock out selvagem do que outra coisa.
Portanto o que estes senhores poderão fazer é um lock out...mas cuidado que tem regras e com uma Ministra que acredita e defende um SNS pode-lhes sair o tiro pela culatra...

12:15 da manhã  
Blogger Clara said...

Caro Tonitosa,

O seu comentário tão esforçado, com citação do Henry Ford e tudo, deve dizer respeito à senhora engenheira IV.
E, não se preocupe, nem toda a gente anda à procura de emprego da ESS, HPP e JMP. Há outros locais de emprego públicos e privados mais motivadores.
O caro Tonitosa é que com comentários destes, não deixará de marcar pontos. Qualquer dia, sabe-se lá, um telefonema premei-o com o tão almejado convite.

12:22 da tarde  
Blogger helena said...

Não estão representados nesta mesa redonda os interesses das seguradoras, cerca de 14% da população portuguesa tem seguros de saúde privado (SSP).

Para a APS, o seguro de saúde destina-se "a colmatar algumas falhas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que, embora tendencialmente gratuito e consagrando o direito à saúde, as próprias condições económico-sociais dos cidadãos levaram a que se contratassem seguros privados de saúde, estimando que a sua evolução continue a ser no sentido ascendente, confirmando-se este segmento como "um dos mais dinâmicos" da actividade seguradora”.

Num sistema de saúde em que os seguros privados de saúde atingem determinada dimensão é susceptível de criar vários níveis de serviço, favorecendo naturalmente os indivíduos com maior poder económico, contribuindo de forma decisiva para a erosão das bases sociais do SNS .

Basta ver o que tem sucedido com as consultas de oftalmologia do Hospital da Luz que apenas completou um ano de existência.

Bem está a ministra da saúde em decidir reforçar o investimento do SNS.
Bem haja por isso.

9:24 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

A dar consistência doutrinária a estas fraquíssimas intervenções dos gestores privados, temos tido PKM que numa das suas ultimas crónicas do DE nos tratava da seguinte forma:
Um conjunto de actores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) promove activamente preconceitos em relação ao papel do sector privado na Saúde. Esconde-se a evidência que ponha em causa o auto-proclamado e suposto grande sucesso do modelo hospital EPE. Evita-se a recolha de evidência sobre as mais-valias dos investimentos privados na prestação de cuidados de Saúde. Na essência, o que move estes agentes da desinformação? Ou talvez a preocupação com a possível diminuição de postos de alta administração por nomeação partidária (um dos efeitos do crescimento da oferta privada)? link

Na mesma linha critica do Tonitosa.

Afinal quem é que atropela a evidência? Os actores que defendem o público ou os actores que defendem o privado? Quem beneficia com os ditos atropelos? Quem quer entrar e quem pretende sair?
É preciso é marketing

Alguém comentava aqui há tempos atrás que um dos grupos privados teria um parceiro alemão famoso pelas suas técticas demolidoras dos inetresses dos profissionais de saúde... link

9:38 da tarde  
Blogger tonitosa said...

Cara Clara,
Aquilo de que discordo é da forma pouco respeitosa e dos epítetos dirigidos a pessoas que nos devem merecer o maior respeito.
E todas as pessoas me merecem respeito.
"Insultar" as pessoas não é de certeza a melhor forma de defendermos as "nossas" causas; não é o fundamento para a defesa das nossas ideias.
E convenhamos: as empresas/grupos privados certamente que não recrutam os seus quadros de entre pessoas mentecaptas ou sem inteligência. E até o saudoso Ribeirinho (a bincar) fazia melhor papel do que o que fazem aqueles que à falta de ideias optam pelo insulto.
É esta forma de ser que critico.
E creia numa coisa: quanto a convites já tive as minhas oportunidades (mais uma diatribe da sua parte, que nem sequer me ofende) e não preciso de me pôr em bicos de pés.

12:36 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

Mas quem é que insultou as pessoas? Deixe de envenenar e lançar confusão!
Deixe de dar graxa.

Quem quiser ver o que é insultar é consultar os seus comentários em relação ao Manuel Delgado.
Já todos percebemos que o tonitosa há muito azedou e que gosta de se envolver neste tipo de tricas.
Olhe, boas férias.

8:35 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home