quinta-feira, setembro 11

Estado não está preparado

para negociar as
Sobre o modelo de gestão privada de um hospital público, diz nada ter a opor – “o problema é mesmo este contrato” – e concorda, por isso, com a saída dos Mello da gestão deste hospital.

O mesmo acontece com as parcerias público-privadas: “O Estado não está preparado para a engenharia financeira e jurídica” dos contratos, diz o antigo dirigente da Saúde, que critica a comissão de avaliação das propostas dos concorrentes às parcerias, liderada por Ribeiro Mendes. “Houve distracções várias, para não dizer pior, porque já era expectável que o Tribunal de Contas chumbasse o contrato de gestão por ter coisas diferentes do que estava no caderno de encargos”, conclui.
António Branco, DE 11.09.08

Este Governo, apesar de saber disso, teima no erro de apostar nas Parcerias Público Privadas para a gestão clínica dos quatro hospitais cobaias do SNS: Cascais, Braga, Vila Franca e Loures.

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4 Comments:

Blogger e-pá! said...

É a pesada herança que a Ministra Ana Jorge recebeu do XVII Governo Constitucional.
Na minha óptica, embora gostasse, não consegue sacudi-la!

O Estado não está preparado para as PPP's mas está mortinho para, em 2009, proceder às cerimónias de lançamento dos novos HH's. Cascais (revisto e reformulado!), Braga, Vila Franca e Loures...

Só espero, como contribuinte que sou, que os outros contratos vão, em tempo oportuno, à análise prévia do Tribunal de Contas.

Em qualquer parte do Mundo, depois insuficiências e erros detectados na análise do contrato do HH de Cascais pelo TC, o mesmo teria sido declarado nulo e tudo começaria de novo... sem gestão clínica.

12:02 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Esta opinião de AB é certamente para rir.
O senhor esteve à frente da ARSSLVT desde 2005 e tinha a responsabilidade de acompanhar (controlar) a execução do contrato do Amadora-Sintra. Vem agora reconhecer que o serviço que dirigiu não tem "competências" levar a cabo tal tarefa?! Que fez durante três anos para mudar a situação?
Não tinha ele competência para dirigir o Serviço e tomar as medidas adequadas?!
Recordo a sua chegada, arrogante, à ARSSLVT e a sua sobranceria para com os HH SA's de então. Recordo o que foi a sua atitude de quero, posso e mando nas relações como os HH EPE's e, por isso, estas afirmações não me surpreendem.
Na verdade, com dirigentes assim, nunca o Estado estará preparado para a "engenharia financeira e jurídica" dos contratos de PPP (ou outros).
Mas AB vai mais longe e "tendo manifestado a "sua" incapacidade para acompanhar o contrato do A-S, não se coibe de chamar "distraído" a Ribeiro Mendes.
Mesmo concordando com os disparates no contrato para Cascais, acho que não fica bem a este senhor, recentemente despedido do cargo, atirar pedras a colegas!
Será, de resto importante não esquecermos a "competência dos representantes" privados na negociação, o que pode explicar algumas coisas!...

12:15 da manhã  
Blogger tambemquero said...

«Não saio em conflito nem em discordância com o que está a ser feito.» Todavia, admitiu existirem «algumas matérias em que nos últimos tempos houve vários desconfortos» e o fizeram pensar ser altura de não continuar à frente da ARS.
Tempo Medicina 01.09.08

Qual era o problema que o fez sair, então?
“A mecânica interna de funcionamento do Ministério deixou de me agradar, do ponto de vista dos espaços de cada uma das instituições” da Saúde. “Com Correia de Campos, cada um sabia quais eram as formas de fazer as coisas, eu percebia-as e cada um tinha o seu lugar e sabia o que podia fazer”, diz, explicando que, com a sua saída, conclui, “as coisas baralharam-se”. Resultado? António Branco diz-se “disponível para colaborar enquanto técnico, mas já não enquanto dirigente
DE 11.09.08

Desde que saiu, António Branco já deu mais entrevistas do que nos anos em que esteve à frente da ARS.
Perdõem-me o exagero.
O certo é que, afinal, AB parece ter saído com mágoa. Ou antes, magoado.

12:55 da manhã  
Blogger cotovia said...

Até que ponto estes desabafos sobre aspectos menos conhecidos da governação têm alguma utilidade para a maioria da população.
Poucos ex-governantes conseguem permanecer calados na altura de abandonarem o poder.
Paz à sua alma.

10:39 da tarde  

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