sexta-feira, setembro 12
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2 Comments:
É preciso não esquecer os grupos privados de Saúde espanhóis...
A história dos grupos privados, em Portugal, tem muito de improvisação e de “achismo”. Aparentemente contagiados pela expressão popular que diz que …”de médico e de louco todos temos um pouco”… alguns grupos financeiros e investidores empresariais julgaram ver na saúde, o filão de rentabilidade garantida que lhes ia rareando noutros domínios da actividade económica. Vai daí recorreram, quase todos, a uma estratégia, aparentemente, fundamentada numa espécie de “sopa da pedra”: juntam-se uns engenheiros, condimenta-se com umas consultoras internacionais e tempera-se, finalmente, com powerpoints de “achismo”, quanto baste, sobre a reforma e a evolução do sistema de saúde aveludando depois, com um souflée macio de “soundbytes” veiculados por alguns jornalistas especializados em discorrer, a partir da leitura cruzada, de cabeçalhos de livros e jornais. Entre PPP’s e lojas da saúde, o sector privado está longe de encontrar o seu quadro de referências persistindo em navegar à vista. No primeiro caso (PPP’s) temos andado, há vários anos, a fazer de conta. Do lado dos operadores privados faz-se de conta que se domina a evidência económica, financeira e clínica. Do lado do Estado, faz-se de conta que se acompanham e gerem os contratos. Os resultados são conhecidos. No entretanto, o processo vai fazendo o deleite dos grandes escritórios de advogados e das consultoras internacionais, Estas, como se sabe, têm sempre produtos “taillor made” para explicar o inexplicável e propor “bons negócios”. Estarão mesmo, neste momento, a preparar o lançamento de novas estratégias para explicar a grave falha de mercado que constituiu, na maior e mais liberal economia do mundo, a nacionalização da Fannie Mae e da Freddie Mac. Em Portugal a desorientação do mercado está à vista: o GPS depois de um percurso atabalhoado afunda-se na loja de saldos do BPN. Outros grupos ao verem aproximar o vermelho forte da “bottom line” ensaiam fugas para a frente e propõem-se comprar “à força” sub-sistemas ou coisas parecidas. Neste frenesim empreendedor a ADSE parece fazer de banda que abrilhanta a procissão no alimento das ilusões. Em tempo de “vacas magras” e de melhoria (apesar de tudo) da eficiência do SNS a desorientação surge como inimiga da racionalidade.
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