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Claro que desde os anos 1990 os presidentes estão on-line, como qualquer campanha política que se preze em qualquer parte do mundo. Nenhuma, no entanto, é comparável à que esteve na origem da vitória de Obama, que explorou muito bem a forma como a Web mudou nos últimos anos. O Presidente eleito vai entrar na Casa Branca transportando na bagagem este extraordinário activo político: uma base de dados com dez milhões de endereços electrónicos com quem se correspondeu durante a campanha e com quem vai continuar a falar depois de tomar posse. A Web será para Obama um meio de chegar directamente aos eleitores muito mais poderoso do que a rádio ou a televisão foram no passado. Há quem imagine a mensagem radiofónica semanal do Presidente - uma tradição iniciada pelas conversas à lareira de Roosevelt - substituída por uma alocução semanal no YouTube.
Obama não foi eleito só por causa da Internet - se assim fosse, o seu adversário teria sido Ron Paul, o candidato republicano mais popular na Web. Mas o candidato democrata usou as redes sociais como o Facebook ou os sites de partilha de vídeo como o YouTube de tal forma que a partir de agora mais nenhuma campanha eleitoral será ganha sem a Internet. Obama é o Presidente 2.0 - ele explorou magistralmente "a dinâmica horizontal das redes sociais on-line" e transformou "as dinâmicas de poder na política", escreveram os investigadores Matthew Fraser e Ronald Berger no Guardian.
Uma nova dinâmica, um espaço de interacção aberto à comunidade, um Presidente que poderá explicar as suas decisões num blogue - é o que se espera da nova Casa Branca. Um enorme ganho para a democracia e um risco quando essas decisões não forem consensuais.
Tudo isto significa um enorme desafio para os media convencionais. "Um dos legados desta campanha é a morte de facto dos jornais mainstream e das cadeias de rádio e televisão como influências-chave", diz Jim Warren, do blogue Huffington Post. O outro terramoto da eleição de Barack Obama é a passagem da Internet para o primeiro plano da política. Há um século, a imprensa sensacionalista levou um Presidente a libertar Ion Perdicaris, um americano que afinal era grego (foi pago um resgate). Mas a partir de agora são os meios de comunicação de massa que ficaram reféns da Internet.
JP 13.11.08
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