Ensaio sobre a cegueira ...
As crónicas de PKM constituem um poderoso tónico para todos os que acreditam nos fundamentos do Estado Social, do primado da justiça e da equidade sobre o utilitarismo económico cínico e oportunista. Estas crónicas merecem ser comentadas não tanto pela sua valia intrínseca (em boa verdade os textos de PKM tendem a ser sofríveis) mas porque estimulam o contraponto a tudo aquilo que ele protagoniza no âmbito de uma agenda oculta de interesses que se organizam em torno do SNS.
Neste seu último artigo PKM volta a dirigir baterias para os Hospitais, EPE. Perguntarão os mais atentos porquê? É-lhe conhecida alguma experiência profissional ou académica digna de registo na área hospitalar? Tem trabalho feito, escrito, comunicado ou publicado sobre a matéria? É evidente que não. Na sua deambulação opinativa conhecemos-lhe apenas o ponto de partida (Marketing) mas desconhecemos qual será o ponto de chegada. Trata-se, com efeito, de um colunista sem rumo definido que opina à deriva de impulsos de contornos mal definidos. Se assim não fosse não postularia com tanta leviandade quando diz:
…”As “falências” de hospitais EPE são inevitáveis”...
Relevando o facto de que para PKM, provavelmente, fará mais sentido que um Hospital vá a falência do que um Banco (BPN, BPP, etc) a resposta a esta aparente perplexidade é-nos dada por um post (autorizado) no DE, a propósito do seu artigo, por um tal AT. Curiosamente o mesmo que no SaúdeSA escreveu ao Xavier em nome de PKM (arriscamos a dizer que se trata de uma deriva pessoana)...
Nesse referido post do DE é referido: …
” Vamos esperar que Sócrates nos explique porque não acabou com todas os projectos de gestão privada uma vez que, como argumentou no inicio de 2007, "os hospitais EPE eram um grande sucesso" e já não eram precisas mais experiências de gestão privada por isso acabou com o Amadora-Sintra. Ora se afinal não é assim, já não percebemos nada. Menos ainda percebemos quando se pede para "estudar" as PPP numa comissão liderada pelos mesmos que fizeram o relatório da susatentabilidade. Ora nesse relatório já devia ter sido estudada a questão das PPP se fosse um relatório feito a sério... que país é este?”…
Atente-se nas coincidências: erros ortográficos, nostalgia do Amadora-Sintra, ataque à Comissão da Sustentabilidade…
Aqui está, finalmente, encontrada a explicação para o ataque sistemático aos HH’s EPE. É que PKM não está, minimamente, interessado em privatizar Bancos. Esses já estão privatizados desfrutando, neste preciso momento, da “grande farra” financeira que as suas “parcerias” com o Estado lhe está a propiciar. O que ele quer é ajudar a capturar os HH’s públicos para fazer proliferar Amadora-Sintras (onde os Acordos Modificativos não lhe suscitam nenhum comentário) e um imenso mar de PPP’s.
Tudo o resto (para além da manifesta desonestidade intelectual) resume-se a um imenso Ensaio sobre a Cegueira…
Neste seu último artigo PKM volta a dirigir baterias para os Hospitais, EPE. Perguntarão os mais atentos porquê? É-lhe conhecida alguma experiência profissional ou académica digna de registo na área hospitalar? Tem trabalho feito, escrito, comunicado ou publicado sobre a matéria? É evidente que não. Na sua deambulação opinativa conhecemos-lhe apenas o ponto de partida (Marketing) mas desconhecemos qual será o ponto de chegada. Trata-se, com efeito, de um colunista sem rumo definido que opina à deriva de impulsos de contornos mal definidos. Se assim não fosse não postularia com tanta leviandade quando diz:
…”As “falências” de hospitais EPE são inevitáveis”...
Relevando o facto de que para PKM, provavelmente, fará mais sentido que um Hospital vá a falência do que um Banco (BPN, BPP, etc) a resposta a esta aparente perplexidade é-nos dada por um post (autorizado) no DE, a propósito do seu artigo, por um tal AT. Curiosamente o mesmo que no SaúdeSA escreveu ao Xavier em nome de PKM (arriscamos a dizer que se trata de uma deriva pessoana)...
Nesse referido post do DE é referido: …
” Vamos esperar que Sócrates nos explique porque não acabou com todas os projectos de gestão privada uma vez que, como argumentou no inicio de 2007, "os hospitais EPE eram um grande sucesso" e já não eram precisas mais experiências de gestão privada por isso acabou com o Amadora-Sintra. Ora se afinal não é assim, já não percebemos nada. Menos ainda percebemos quando se pede para "estudar" as PPP numa comissão liderada pelos mesmos que fizeram o relatório da susatentabilidade. Ora nesse relatório já devia ter sido estudada a questão das PPP se fosse um relatório feito a sério... que país é este?”…
Atente-se nas coincidências: erros ortográficos, nostalgia do Amadora-Sintra, ataque à Comissão da Sustentabilidade…
Aqui está, finalmente, encontrada a explicação para o ataque sistemático aos HH’s EPE. É que PKM não está, minimamente, interessado em privatizar Bancos. Esses já estão privatizados desfrutando, neste preciso momento, da “grande farra” financeira que as suas “parcerias” com o Estado lhe está a propiciar. O que ele quer é ajudar a capturar os HH’s públicos para fazer proliferar Amadora-Sintras (onde os Acordos Modificativos não lhe suscitam nenhum comentário) e um imenso mar de PPP’s.
Tudo o resto (para além da manifesta desonestidade intelectual) resume-se a um imenso Ensaio sobre a Cegueira…
inimigo público
Etiquetas: inimigo público
14 Comments:
Excelente.
Já quase tudo foi dito sobre o colunista, PKM.
Resta-nos esperar pela próxima crónica sobre as politics (em inglês)da nossa Saúde.
O Inimigo Público (IP) devia mudar o nome para "D. Quixote de La Mancha". As suas alucinações querem fazer de PKM um moinho.
AT é um Amigo de PKM e não será o próprio com toda a certeza! Estranho que os comentadores deste blogue anónimo assumam que todo e qualquer comentário menos negativo sobre os textos de PKM sejam do próprio. Parece anedótico. Denuncia a atitude.
As fortes acusações de IP, de quem esperariamos mais humor uma vez que assume o nome de um respeitável suplemento do Jornal Público, merecem contra-resposta porque são absolutamente desprovidas de sentido. Ridiculas mesmo. A menos que esteja, ele ou ela, a viver uma alucinação Quixotesca.
Vejamos... os artigos de PKM “constituem um poderoso tónico para todos os que acreditam nos fundamentos do Estado Social, do primado da justiça e da equidade sobre o utilitarismo económico cínico e oportunista...” quem me quer corrigir esta frase? Não a consigo compreender. Rezingão?
A menos que tenham uma ideia de Estado Social diferente de PKM, o Estado Social no nosso país tem, essencialmente, gerado desigualdade! Qual é a sua posição em relação a esta realidade?
Aliás, não foi o próprio PKM que vos enviou um artigo de uma Agência noticiosa independente (realmente independente e credível ao contrário das “dominantes”...). Valha-nos João Cravinho (outro desterrado perseguido pelos ilusionistas do seu partido quando ousou propôr uma forma efectiva de combater a corrupção que alimenta quadros do Estado, habitualmente militantes com carreira num partido, e empresários mediocres). Vale a pena reler.
A fulanização é sempre a estratégia dos mediocres: para evitarem discutir ideias procuram descredibilizar os adversários. É uma especie de abordagem da Mafia Italiana (“quem discordar de mim, mata-se!”) mas à Portuguesa: “quem discordar de mim, descredibiliza-se”. Temos medo desta gente.
Mas só para esclarecer, PKM tem 15anos de experiência de gestão em saúde que inclui o sector das tecnologias da saúde, dos seguros de saúde e da gestão hospitalar assim como de consultoria e assessoria em vários governos (incluindo o actual) e em deiferentes países. Está na página da ENSP. Os anonimos do blogue deviam apresentar credenciais para compararmos legitimidades opinativas (mas cuidado, pois isto poderia significar "um intervalo na democracia").
O que PKM nunca teve foi um posto de nomeação num qualquer CA de hospital do SNS. Daquelas nomeações de pessoas sem experiência ou qualquer qualificação de gestão no sector da saúde quanto mais do nível avançado em instituições do máximo prestigio na Europa na gestão em saúde e especializadas, precisamente, na formação de altos quadros para a gestão em unidades dos sistemas de saúde como é, infelizmente, o caso da pessoa em (des)apreço.
Também nunca vimos PKM a fazer qualquer incursão nesse campo místico do que alguns chamam “economia da saúde”. Isso, no nosso país, é um tema para, sobretudo, Licenciados em Direito. Portanto, fechado a PKM (por Lei e despacho de 'saudepe' e outros camaradas do blogue).
O IP sai-se ainda com mais esta: ...os artigos de PKM “... estimulam o contraponto a tudo aquilo que ele protagoniza no âmbito de uma agenda oculta de interesses que se organizam em torno do SNS.”
Mas o que é que o homem protagoniza? É apenas um desalinhado. Mas alguém acha que está feito com os poderes que querem “destruir o SNS”? Ou será que, precisamente por não estar, é que vocês se metem com ele desta forma pouco digna (anonimato)? Se ele estivesse feito com os poderes que temem ficariam calados e com medo pois com esses não se brinca não vá o vento mudar e a "gente" vir a precisar dos “habituais favores”... deixem lá de brincar com os fracos e vão-se meter com os que andam a espoliar DE FACTO o SNS e a promover a sua falência. Enxerguem-se camaradas (“Mudem de vida”).
IP, “...As “falências” de hospitais EPE são mesmo (!)inevitáveis... muitos sabem que sim. A questão é quando? Assobiem para o lado, continuem, por exemplo, a ignorar as causas dos “Acordos Modificativos” e falamos durante 2010-2011...
Sim, IP, PKM parece ser “um colunista sem rumo definido que opina à deriva de impulsos de contornos mal definidos”. Precisamente, porque é independente. O que lhe permite escrever abertamente sobre problemas que vão sendo actuais e pertinentes sem coordenar com nenhuma agenda de nenhum partido. Que pena, não é?
IP defende o pensamento único e admite apenas nuances que não coloquem em causa os interesses do grupo que representa, claro. IP é cristalino como a água, excepto o seu nome e o seu partido (?). Já agora, por curiosidade e com anuência do próprio, posso referir que PKM foi militante de base do PSD desde o dia em que Marques Mendes (LMM) entrou para a liderança até ao exacto Domingo em que LMM perdeu a liderança do partido. Essa militância foi inspirada pela crença e profunda convicção de que LMM representava o inicio do combate à corrupção, à Fraude e a uma renovação do ambiente e do debate político nacional aberto a novas soluções. Foi uma Utopia pessoal, em que muitos caem, mas de que acordou no Domingo em que LMM perdeu a liderança do PSD. Esse momento, associado ao momento em que o ministro Correia de Campos sai por motivos de agenda elitorial, fez-lhe sentir que que só um Novo Abril permitirá inverter o rumo do retrocesso do desenvolvimento social em que caiu o nosso país. Entretanto decidiu “imigrar” o que levou alguns meses a conseguir apesar de continuar a Amar o seu país... uma forma de ser influenciado por episódios patética, para alguns; respeitável para outros como eu que o conheço há muitos anos.
Há vários PSD como há vários PS. Actualmente, devo referir que parece que PKM talvez sinta uma enorme empatia pelo PCP e Jerónimo de Sousa, assim como por Alegre, que elogiou várias vezes por escrito de forma honesta, o que poderá surpreender os nossos D. Quixotes deste blogue mas só porque lhes custa admitir a independência.
IP,
PKM manifestou-se contra a “nacionalização” do BPN.Ele caha que "salvaguardados os interesses dos pequenos depositantes, todos os responsáveis e accionistas deveriam sofrer os efeitos duros do mercado: quem não “presta” não deve sobreviver. Quem não serve um fim social nunca sobrevive numa economia de mercado europeia". Conforem pudemos constatar nas suas aulas, para PKM os EUA são repugnáveis o que tem escrito claramente ao contrário de alguns dos vossos favoritos “economistas da saúde” que admiram os EUA... tanto “contra-senso” IP, não acha?.
IP,
claro que para PKM também não faz sentido que um hospital “vá a falência” a menos que seja privado, não é, IP e outros camaradas?
Não conseguem ver o ridiculo desta vossa posição? Um Hospital é uma estrutura de apoio social que custou parte da riqueza nacional (i.e.: investimento público ou privado) ao país para se instalar e para funcionar. A vossa pequenez de Espirito corporativo não vos permite colocar os interesses do cidadão acima do vosso e comprender que, se temos hospitais e camas hospitalares a mais (demonstrado desde, pelo menos, 1996), estamos a empobrecer (e colocamos os ganhos em saúde em causa). Se não conseguirmos transferir recursos para os níveis em que eles são de facto necessários impedidos pelo lobby hospitalar (i.e.: “gestores” dos partidos do poder e industrias circundantes), estamos a empobrecer. Desde 1996? surpreende o IP? Nunca leu os textos escritos nessa altura pela DGS e equipa de Maria de Belém... o IP desconhece os relatórios perdidos nas catacumbas do MS que indicam o excesso de camas hospitalares e o défice de CSP e cuidados pós-agudos... sim, desde pelo menos 1996... para quem conhece o SNS melhor que PKM, o IP foi aqui apanhado ou apanhada “na curva”...
A empresarialização dos hospitais, iniciada por LFP e continuada por CC, sempre foi defendida por PKM até ao momento em que se tornou óbvio que não se está a beneficiar os bons e a penalizar os maus (“falência” estava entre “aspas” no artigo de PKM... onde anda o especialista da lingua portuguesa para explicar o que querem dizer as “aspas” ao IP?).
PKM defendeu a filosofia EPE (ou SA) até ao momento em que se tornou óbvio que não se promoveu a flexibilidade de gestão que permitiria ao hospital adaptar-se à realidade localide. Até ao momento em que se tornou óbvio que não se promoveu nenhuma descentralização e o poder político continua a interferir, arbitrariamente, na micro-gestão seja para pedir favores ao CA para a concelhia do partido seja para promover a “cunha” para os amigos da classe média-alta... desde meados de 2005 que brincamos à empresarialização... entre 2002 e 2005, com LFP, a brincadeira foi outra... e por isso o apelo a “mudar de vida” para as duas “carapuças” (PS e PSD) feito por PKM em vários dos seus artigos.
Sim, o Hospital Santa Maria é um caso de sucessso (PKM escreveu-o abertamente faz muitos meses...) mas é a excepção que confirma a regra. O seu “sucesso” compôs o ramalhete dos “resultados” financeiros dos EPE pelo seu peso relativo mas deve-se exclusivamente ao seu líder (presidente do CA) que poderia ter obtido os mesmos resultados em qualquer outro hospital e no HSM mesmo que este se mantivesse SPA. Não é a natureza jurdica que faz a diferença (conforme PKM tem repetido). É a competência de gestão e essa, camaradas, na maioria dos EPE deixa muito a desejar para quem vê com olhos independentes. Esse tal gestor do HSM veio do privado...
Relativamente ao comentário do nosso amigo AT no DE “...Vamos esperar que Sócrates nos explique porque não acabou com todas os projectos de gestão privada...” seria estranho que fosse a mesma pessoa de PKM pois está a defender o fim de todas as PPP com o modelo preconizado... o IP está a insinuar que PKM defende esta ideia? Interessante... ironia das ironias... ele há surpresas... quem diria? Pois, quem assitiu a alguma das suas aulas sobre contratualização sabe bem da sua visão... quem diria... O IP (e rezingão e outros camaradas) não diria mas não por má vontade. Apenas porque não consegue imaginar que seja possível um modelo (social e diverso) para o SNS diferente do actual que lhes garante o status-quo que, por certo, ocupam neste SNS...
PKM nunca atacou a “Comissão da Sustentabilidade”. IP está a mentir e a conjurar de forma mesquinha e manipuladora.
Por fim, IP, nada poderia ser mais errado do que esta sua interpretação do pensamento de PKM:
“...O que PKM quer é ajudar a capturar os HH’s públicos para fazer proliferar Amadora-Sintras (onde os Acordos Modificativos não lhe suscitam nenhum comentário) e um imenso mar de PPP’s.”
Não temos que perseguir os incompetentes que passaram por esse hospital durante um certo periodo (o sector privado, como o SNS, português também enferma de esquemas de cunhas e outros) mas muita gente não tem dúvidas que a experiência entre 1996 e 2002 foi de grande qualidade e inovação. Espirito aberto, IP. PKM nunca defendeu mais “Amadoras-Sintras”. O que sabe sobre o pensamento de PKM nessa matéria? Seja intelectualmente honesto/a e discuta ideias em concreto, se quiser, em vez de promover anonimaente estas suas elaboradas intrigas. A situação do SNS não está para brincadeiras, como IP sabe muito bem.
No futuro próximo teremos que nos confrontar com o aumento de impostos, mais desemprego, elevada instabilidade social, crescente desigualdade social, mais corrupção e evasão fiscal, mais incidências de desequilibrios no estado de saúde dos nossos cidadãos mais humildes de quem o “sistema” fez ávidos consumidores de anti-depressivos e falsos serviços de urgência hospitalar e de cujos contornos o sistema, representado por IP e amigos, se tem sabido aproveitar da forma mais conveniente... até quando?
O mais importante deviam ser as ideias. Sofriveis... a aguardar melhores dias.
Xavier,
Infelizmente PKM não pode enviar uma carta à Administração nem aos comentadores deste Blogue pois são todos personagens ficticias. Portanto, se o ‘xavier’ contactar o DE terá essa vantagem de cidadania que PKM não tem. De qualquer forma, ficamos a aguardar para ver aqui o comentário que diz que lá queria colocar.
Que grande relambório.
Que amigo de PKM terá paciência para produzir semelhante texto de desagravo ?
Tudo espremido, nada de novo.
Fica o esforço do prof. em tentar justificar o injustificável.
Eu penso, sinceramente, que PKM anda a desperdiçar o seu reconhecido talento em blogues anónimos.
Pense, professor, o que vão pensar de si, os seus colegas investigadores do marketing.
Quanto a ideias, aprofundamento de ideias, tudo espremido, nada, como diz o Ochoa.
E nós bem podíamos estar a tratar de outras coisas bem mais importantes.
A SONDAGEM DO SEMANÁRIO ECONÓMICO FOI ESCONDIDA. O PSD TEM 26% E O PS 40%
Há muito que o cavaquismo tinha morrido mas esqueceram-se de o enterrar, adoeceu gravemente com o famoso tabu de Cavaco Silva e a consequência derrota na sua primeira candidatura presidencial, acabou por morrer quando os portugueses se aperceberam que dez anos de fundos comunitários desbaratados não mudaram os paradigmas da economia portuguesa, que enfrenta mais uma crise com os problemas de sempre.
O cavaquismo recusou o enterro e Cavaco Silva acabou por chegar a Belém, mais por falta de um adversário credível do que por mérito próprio, tudo parecia levar a crer que ganhava nova vida. OS cavaquistas voltaram a ter protagonismo na política portuguesa e acabaram por retomar a liderança do PSD, onde as manobras dos assessores do Presidente foram notícia. Com Cavaco na Presidência, Manuela Ferreira Leite na liderança do PSD e numerosas figuras dos tempos dos governos de Cavaco Silva em posições de destaque no mundo da economia, os cavaquistas voltaram a sonhar com o poder absoluto, liderar o Governo e a Presidência da República, algo que nunca conseguiram.
A estratégia era evidente, Manuela Ferreira Leite até usou as confidências de Belém para fazer oposição, chegando ao ponto de questionar Sócrates em público com as mesmas perguntas que a equipa de Cavaco Silva fazia em privado. Cavaco Silva passou a aproveitar todas as oportunidades para hostilizar o PS (mais o PS do que Sócrates), envenenando progressivamente as relações entre Presidência e Governo, quando não vetava um diploma fazia uma declaração venenosa para o governo. Deixou de manifestar solidariedade institucional, pôs fim aos elogios que costumava a fazer às reformas, ou apenas o fez muito longe do país e com o objectivo de brilhar.
Só que a mesma crise que serviu de espoleta para os cavaquistas retomarem a liderança do PSD, evidenciou que Manuela Ferreira Leite é um desastre político, criaram uma imagem da senhora que não tem correspondência nem na sua inteligência nem na sua capacidade para liderar um partido e, muito menos, um governo. Como não bastava a queda contínua nas sondagens de um partido liderado por uma Ferreira Leite aconselhada por Pacheco Pereira, a sondagem veio pôr a nu os bastidores da finança dos cavaquistas.
O país ficou a saber que alguns dos políticos mais bem mais próximos de Cavaco Silva estavam envolvidos na implosão do banco que eles próprios criaram. Os portugueses ficaram a conhecer os métodos pouco transparentes como geriram um banco, não olhando a meios para violar a lei. A ligação destas personagens a Cavaco Silva é tão forte que o próprio Cavaco Silva foi obrigado a emitir um comunicado familiar sem precedentes na história da República. Tudo isto nos dois ou três dias seguintes à detença de Oliveira e Costa, uma detenção que deixou meio mundo cavaquista em pânico pois o antigo tesoureiro do PSD terá dado a entender que não estaria disposto a ser o boi da piranha.
As dúvidas avolumaram-se e chegou-se o ponto mais baixo da Presidência da República, Cavaco dedicou várias intervenções públicas a Dias Loureiro, uma delas inocentando-o à margem da investigação em curso, justificando desta forma a manutenção do seu velho companheiro de BX num cargo cuja única vantagem prática reside na imunidade que confere ao ex-administrador do BPN.
Com os cavaquistas desorientados e à beira de se retirarem da política, com Cavaco a não vetar mais nada nem fazer qualquer comentário venenoso em relação ao Governo e Manuela Ferreira Leite a descer vertiginosamente nas sondagens, anuncia-se o fim do cavaquismo. Os cavaquistas desertam em pânico com receio dos danos colaterais que podem resultar da investigação ao BPN, Cavaco ficou refém de José Sócrates e o PSD afunda-se enquanto ninguém está disposto a candidatar-se à sua liderança com as sondagens em baixa.
Podemos estar a assistir ao enterro do cavaquismo que poderá ter como consequência uma derrota pouco honrosa do PSD nas próximas legislativas e a não apresentação de uma nova candidatura presidencial por Cavaco Silva.
Uma Análise do blog O JUMENTO
PROPAGANDA
O Estado teria gasto mais 24 milhões de euros em 2007, caso o trabalho desenvolvido pelo hospital Amadora-Sintra tivesse sido pago aos preços praticados num hospital público de dimensão comparável, como o Garcia de Orta, em Almada. A conclusão é de um estudo coordenado pelo economista José Neves Adelino e encomendado em Setembro pelo grupo José de Mello Saúde, para marcar o fim de 13 anos de gestão privada do Amadora-Sintra. link
DE 02.12.08
O JMS já não precisa do PKM para fazer propaganda.
É evidente que isto é uma grande treta.As contas do Amadora Sintra nem sequer estão encerradas desde 2003. Não se saberá ainda o valor definitivo a pagar por parte do Estado pela produção deste HH.
Isto, há estudos para todos os gostos. Desde que haja dinheiro para os encomendar!
No entanto, se eu fosse rico, dava de bom gosto 24 milhões para não ter de aturar o cromo do salvador de melo.
Ochoa, devia perguntar antes que tipo de inimigos de PKM produzem textos ainda maiores com intuitos de promover a intriga e o ataque pessoal? Mas eu tenho grande estima pela pessoa e algum tempo para "postar".
Joaopedro, PKM tem "colegas investigadores do marketing"? que tipo de investigadores seriam estes, se existisem? A que tipo de investigação se refere? Acho que se compreendesse um pouco mais do asssunto perceberia que a investigação de PKM tem incidido sobre temas como ‘gestão da mudança em saúde’, ‘gestão da inovação em sistemas de saúde’, ‘comunicação para a qualidade em saúde’, ‘gestão integrada de cuidados de saúde’, ‘mudança de comportamentos e saúde pública’ e, sobretudo, ‘polititicas de saúde e comunicacão.’Estes temas são centrais na gestão em saúde na Europa contemporânea. Aparentemente, mais relevantes para a prática que o rebatido manancial de trabalhos descritivos com números de fiabilidade duvidosa com origem no SNS. Quem será este personagem joaopedro? Com toda a certeza não será administrador/a hospitalar pois essa é uma classe muito actualizada que compreende estas coisas mais actuais e nunca confunde gestão em saúde com marketing... que comentário tão pouco esclarecido.
“Silly Season” faz uma referência sem qualquer relação a PKM ou aos assuntos da "empresarialização" em debate (pensavamos com ingenuidade que esse era um tema a discutir). Quem apenas faz politica para a sondagem será o seu idolo Sócrates que teve recentemente uma reunião com um especialista em sondagens em conjunto com a Ministra da Educação!!! Que giro! Que lata.
Silly season, "Mudar de Vida" significa fazer política com seriedade. Acha que estamos minimamente interessados em sondagens deste teor? Tem dúvidas que Sócrates ganhas as próximas legislativas? Não esteja preocupado/a. O seu cargo de nomeação deve estar garantido até 2013, se o sistema sobreviver, claro.
Cotovia, infelizmente e com sinceridade pois o modelo tem outras falhas, não é uma treta. O hospital custou realmente menos que uma unidade da mesma dimensão. Pode criticar outros problemas se quer denegrir com legitimidade. Mas essa, está evidente demais... falta publicar aqui esse estudo, xavier...
Temos o PKM como comentador residente do SaudeSA ?
Parece-me uma decisão inteligente.
Talvez fosse bom optar por um nick name fixo para não haver confusões sobre a autoria dos comentários.
Talvez o exercício possa contribuir para uma melhor explicitação do seu pensamento.
Infelizmente, a discussão é de cariz essencialmente politica, pouco técnica, pouco aprofundada, geralmente confusa, desordenada, na linha das crónicas que PKM faz no DE.
O referido estudo, à partida, peca por não ser independente.
Alguém no seu bom juízo achará que o Salvador de Melo ia pagar um estudo cuja conclusão não fosse esta ?!...
PKM nos seus comentários aqui no saudesa não faz discussão de ideias. Porque não as tem.
Limita-se a fazer uns enunciados, uma especie de homília para justificar o seu sinuoso percurso profissional e a arenga das suas crónicas quinzenais.
Tem dado mais luta ultimamente, o que é uma melhoria, apesar de tudo.
Talvez o PKM nos possa dar acesso ao referido estudo para ser lido e discutido aqui no saudesa.
A titulo de curiosidade, o professor José Neves Adelino chumbou ou foi obrigado a desistir do curso de Administração Hospitalar da ENSP.
É caso para dizer que, só com o título acima e a correspondente foto e notícia que ocupam toda a página 8 (!!!) do Público de hoje (na secção «Portugal» e não na de «Economia»), o grupo José de Mello Saúde já ganhou o dia, ao ter promovido ontem uma conferência de imprensa para apresentar os resultados comparativos de um estudo por si encomendado a um investigador da Universidade Nova em que, entre outras conclusões de todo em todo incontroláveis e inverificáveis, se afirma que o Hospital Amadora-Sintra (gerido por aquele grupo) criou um milhão de euros de valor enquanto o Garcia da Horta (público) «destruiu perto de 24 milhões».
E, por fim, gostava de acrescentar apenas três coisas: a primeira é que a credibilidade de estudos destes devia ficar afectada pela simples evidência de que se, porventura, os seus resultados fossem os contrários, ontem não se teria realizado nenhuma conferência de imprensa para os divulgar; a segunda é que é obra transformar o que podia ser muito bem uma página de publicidade comercial numa página noticiosa com resultados quase idênticos ( sublinho o «quase» para não ofender injustamente a jornalista destacada para este serviço); e a terceira é que, como leitor do Público, e a bem da sempre tão reclamada (para os outros) «transparência», gostaria de obter deste jornal a garantia solene de que nada disto foi tratado com uma agência de comunicação contratada pelo grupo José de Mello Saúde.
Posted by VÍTOR DIAS
Uma verdadeira vergonha este Jornal Público.
Caro tambemquero:
A EMENDA PIOR QUE O SONETO, O PEDIDO MENOR QUE A ENCOMENDA.
O “estudo” encomendado pelo grupo José Mello Saúde à Faculdade de Economia da UNL, vale o que vale.
Os próprios autores a quem foi encomendado o estudo salientam que encontraram “todas as limitações de análise”.
Mas nos tempos que correm, algumas Instituições académicas, com públicas dificuldades económicas e de tesouraria, têm de aceitar as encomendas que vêm à rede.
O estudo não teve a idoneidade científica suficiente para indagar há quanto tempo esta maravilhosa gestão privada, não apresenta contas públicas.
Falo em contas públicas, escrutináveis, não contas de merceeiro.
E quando as tenta apresentar, acaba por ameaçar reclamar valores astronómicos ao Estado e assim se vai adiando as contas...
Mas não se coíbe de apresentar um gráfico comparativo onde constam o H.Amadora-Sintra, HH são Teotónio, H. S. Sebastião – com resultados positivos – e o C Hosp. Lisboa Ocidental, HH Santarém, HH Sta Maria, HH S. João, C. Hosp. Lisboa Central, C. Hosp. Médio Tejo e HH Garcia de Orta – com resultados negativos.
Então estes 3 últimos (C. Hosp. Lisboa Central, C. Hosp. Médio Tejo e HH Garcia de Orta) todos com resultados negativos superiores a > 15 M€!
Isto é, tecnicamente falidos. Quase a necessitar maior apoio do Estado do que o BPP!
Os responsáveis pelo estudo parecem ter ignorado (não li as 100 páginas ... a pachorra tem limites!) todo o historial do HH Amadora-Sintra.
A adjudicação do hospital de Amadora-Sintra ao grupo Mello em 1995, foi apressada e, portanto, mal preparada, em termos de regulação e controlo.
Leonor Beleza, então ministra da Saúde, concluiu o acordo, com o Grupo Mello, 15 dias antes das eleições que ditaram a queda do cavaquismo e início do período guterrista.
E, como o negócio foi apressado, feito sobre o joelho, tornou-se conflituoso desde o início.
Diz o Povo que as cadelas apressadas têm os filhos cegos…
Em 2002, estava a actual Ministra da Saúde, Drª. Ana Jorge, à frente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa, quando surge um litígio com a entidade gestora do hospital, que acabou no tribunal arbitral e com o Estado a ter de pagar 38 milhões de euros ao grupo Mello. Não sei se este montante figura no estudo da Faculdade de Economia da UNL.
Posteriormente, o Ministério Público decidiu processar a ARS - Ana Jorge e 19 outros antigos dirigentes da ARS - por considerar que foram feitos pagamentos indevidos aquele grupo privado.
O julgamento ainda não foi marcado…
Criou-se uma situação com rasgos Kafkianos…
Disse A. Arnaut: "O Hospital Amadora-Sintra foi uma experiência mal-sucedida que gerou conflitos permanentes e que mostra que o Estado não pode delegar as suas competências num sector tão fundamental como os hospitais".
O grupo Mello Saúde tentou por todos os meios obter “custos de exploração mais baixos que os públicos". Mas em complemento a esta constatação é preciso dizer-se que, tais “ganhos”, foram conseguidos à custa de restrições no acesso (aumento do tempo de espera para consultas externas que duplicou entre 2004 e 2007), do estrangulamento no desenvolvimento da cirurgia de ambulatório (a cirurgia convencional é mais compensadora em termos de débitos) e, finalmente, do grau de satisfação dos utentes.
Mas há outro facto que deve ser omisso no relatório de encomenda porque o Sr. Salvador Mello não gosta.
Em 2007, os hospitais com gestão empresarial (EPE) reduziram o défice de financiamento para 158 milhões de euros.
E este “universo” é, com certeza, liminarmente excluído do gráfico do enesgado relatório.
Estamos todos cada vez mais fartos deste nóvel Estado Providência para os ricos, os detentores de fortunas e os especuladores.
Já chega de extorsão, de usurpação!
Na área social, para mim, são delinquência da mais abjecta.
Sobre a gestão hospitalar privada –aconselho o Sr. Salvador a mandar o tão reflectido e propagandistico relatório (ou será um parecer?) à Comissão que vai começar a estudar as PPP’s na Saúde…
Pode ser que tenham disponibilidade para o ler...
NOTAS FINAIS:
Primeiro, um necessário acerto dos factos:
A jornalista que assina o artigo em questão não foi a uma conferência de imprensa - recebeu um exemplar do tal relatório de 100páginas - e responsabilizada para fazer um artigo de cerca de 2000 palavras, sobre o assunto.
De resto, subscrevo no essencial os seus pertinentes comentários sobre o assunto em questão - HH A-S.
Todavia, a minha indignação foi maior e levou-me a elaborar o "meu" próprio comentário.
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