Rankings e ratings
A ERS trabalha ufanamente no seu SINAS laborando no delirante processo de se constituir, ao mesmo tempo, em Entidade Reguladora e Entidade Avaliadora.
A José de Mello Saúde contratou a uns amigos um estudo "taillor made" cujo endpoint essencial era dizer que o HFF era o melhor hospital do país nas suas mais variadas expressões.
Hoje é-nos dito, pela comunicação social, que o Hospital de São João, é um dos seis melhores da Península Ibérica (sendo contudo o único hospital português que integrou o estudo comparativo).
No paralelo 39, dir-se-ia, nada de novo…
A José de Mello Saúde contratou a uns amigos um estudo "taillor made" cujo endpoint essencial era dizer que o HFF era o melhor hospital do país nas suas mais variadas expressões.
Hoje é-nos dito, pela comunicação social, que o Hospital de São João, é um dos seis melhores da Península Ibérica (sendo contudo o único hospital português que integrou o estudo comparativo).
No paralelo 39, dir-se-ia, nada de novo…
sillyseason
Etiquetas: silly season
5 Comments:
O Público noticiava que o H.S. João ocupava o primeiro lugar do ranking entre 20 hospitais da península Ibérica avaliados, a maioria do País vizinho. Tão pouco referia se eram ou não do mesmo nível de cuidados.
Só que, à semelhança do que fez o Amadora-Sintra, o estudo terá sido também realizado por encomenda. Portanto, o resultado vale o que vale.
AS PATETICES do PRESIDENTE da APAH
Para nós, cinco horas por semana a mais vão permitir fazer uma engenharia de horários e pôr os hospitais a trabalhar mais. Vai ser possível aproveitar a capacidade instalada e pôr os blocos operatórios a funcionar à tarde Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares
Correio da Manhã, 15.12.08
Ontem votei no PE a favor do Relatório Cercas (Alejandro Cercas, um socialista espanhol de Mérida) que defendia oposiçao à tentativa de permitir o alargamento da semana de trabalho de 48 para 65 horas e de não pagar os tempos de permanência dos médicos nos bancos de urgência, através de uma proposta de Directiva sobre o tempo de trabalho apresentada pelo Conselho e endossada pela Comissão.
O PE ontem fez a diferença - em defesa dos direitos dos trabalhadores, dos cidadãos, do modelo social europeu. Contra uma Comissão e um Conselho ainda contaminados pela reaccionária ideologia neo-liberal, apesar da sua ostensiva falência em resultado do descalabro financeiro e económico global.
O PE fez a diferença, porque a esquerda no PES funcionou - e aglutinou muitos outros, à esquerda e à direita.
O PE faz a diferença, em defesa dos direitos dos cidadãos, sempre que a esquerda funciona e se une.
ana gomes, causa nossa 18.12.08
Começo a ter vergonha de tanta patetice.
Viva a ministra!
A ministra Ana Jorge tem a caracterizá-la a difícil arte de cultivar uma discrição roçando o assento etéreo, ao mesmo tempo que periodicamente sobressai em terrenas exibições de pasmar. Ora não sabe quanto deve o seu Ministério, ora anuncia um acordo entre o Governo e a Igreja Católica sobre o novo regime de assistência religiosa nos hospitais, como se Roma tivesse de avalizar legislação cujo propósito é assegurar a igualdade de direitos às confissões minoritárias, ora estabelece um caderno de encargos para uso dos jornalistas nas conferências de Imprensa que convoca.
O significado de cada um destes graciosos sinais de vida ministerial oscila entre o desgoverno e o despudor. No que respeita à comunicação social, acresce uma pincelada canhestra de manipulação, cujo êxito não será fácil de avaliar; porém, desta vez, só o meu camarada da RTP se terá permitido desobedecer, conquistando o respectivo e público ralhete.
O episódio passou à história como mais um deslize da ministra, e tem como atenuante a cândida singeleza com que Ana Jorge denunciou combinações propostas a jornalistas – o zunzum goza assim de confirmação autorizada. Mais uma vez, a ministra não pensou no que disse; neste caso, fez bem. Viva a ministra!
João Paulo de Oliveira
Tempo de Medicina 22.12.08
Notável o texto do JPO.
Que me levou a pensar sobre a actual governação do MS.
Simples problema de estilo?
Ou o problema é mais profundo de forma a suscitar dúvidas sobre quem actualmente governará o Ministério da Saúde?
Manuel Teixeira, Francisco Ramos ou outra qualquer figura pardacenta?
Não vão longe os tempos do padre Milicias, um dos conselheiros favoritos de António Guterres
MÉDICOS TAREFEIROS VÃO RECEBER 35 EUROS POR HORA
O Ministério da Saúde acaba de fixar valores de referência para a contratação de médicos tarefeiros nos hospitais públicos, que oscilam entre os 27,5 euros para não especialistas e 35 euros para clínicos especialistas.
Na tentativa de regular um mercado que nos últimos anos cresceu sem regras e onde se chegavam a pagar valores na ordem dos 100 euros por hora nos serviços de urgência e em especialidades mais carenciadas, como a Anestesiologia, o secretário de Estado da Saúde encarregou em Novembro a Administração Central do Sistema de Saúde de fixar uma tabela para a contratação de médicos através da modalidade de prestação de serviços. Apenas poderão ser pagos valores superiores quando se provar haver "razões de interesse público".
O objectivo é uniformizar o pagamento por hora e evitar a disparidade de preços praticados pelas empresas de fornecimento de mão-de-obra. O recurso a empresas de trabalho temporário ou a empresários em nome individual, sobretudo para assegurar as escalas das urgências hospitalares, generalizou-se nos últimos anos, estimando-se que cerca de 10 por cento destes serviços sejam actualmente prestados por médicos tarefeiros.
Os hospitais públicos passam ainda a ter de divulgar as contratações na Internet e estão proibidos de contratar médicos que tenham sido dispensados de prestar trabalho extraordinário, a seu pedido.
Público, 20.12.2008, Alexandra Campos.
É caso para festejar!
Em tempos de crise, o MS adianta-se no terreno e entra de chancas na regulação do mercado. Ah! leão!
O Dr. Manuel Teixeira, JÁ!, para um organismo controlador do preço dos combustíveis, do pão, da electricidade, dos passes sociais, etc...SIMPLEX!
Voltando ao assunto...
O MS dá uma no cravo e outra na ferradura.
Adora estabelecer preços, por via administrativa, mas muitas vezes não faz o que é normal em democracia - ouvir a outra parte.
Por vezes mete-se em becos sem saída.
Há tabelas de preços para tudo: medicamentos, actos médicos, exames complementares, etc.
Agora chegou a mercado de trabalho.
Espero que não fique por aí. Há muito que tabelar. Pode, por exemplo, continuar pelos CA's...
Bem.
Interessa conhecer como o mercado vai reagir. Porque, se não existiu acordo prévio entre a ACSS e as empresas alugadoras de tarefeiros, poderemos estar perante um problema complicado.
Uma "obstrução" silenciosa e ardilosa dessas empresas, ao fornecimento de tarefeiros para as urgências, que consequências traria, ao nível nacional, no atendimento de doentes urgentes?
Quem assume a responsabilidade de uma eventual rotura nas Urgências?
Ou o MS acha que os médicos de serviço têm capacidade e resistência técnica, humana e física para - no respeito pelo doente - permanecerem em funções ad eternum ?
Este sistema neo-liberal está cheio de incongruências...
Ao navegar conforme os ventos, tenho dúvidas se aceita este diktat administrativo.
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