sexta-feira, dezembro 19

Rankings e ratings


A ERS trabalha ufanamente no seu SINAS laborando no delirante processo de se constituir, ao mesmo tempo, em Entidade Reguladora e Entidade Avaliadora.
A José de Mello Saúde contratou a uns amigos um estudo "taillor made" cujo endpoint essencial era dizer que o HFF era o melhor hospital do país nas suas mais variadas expressões.
Hoje é-nos dito, pela comunicação social, que o Hospital de São João, é um dos seis melhores da Península Ibérica (sendo contudo o único hospital português que integrou o estudo comparativo).
No paralelo 39, dir-se-ia, nada de novo…

sillyseason

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5 Comments:

Blogger Tá visto said...

O Público noticiava que o H.S. João ocupava o primeiro lugar do ranking entre 20 hospitais da península Ibérica avaliados, a maioria do País vizinho. Tão pouco referia se eram ou não do mesmo nível de cuidados.
Só que, à semelhança do que fez o Amadora-Sintra, o estudo terá sido também realizado por encomenda. Portanto, o resultado vale o que vale.

8:09 da tarde  
Blogger Joaopedro said...

AS PATETICES do PRESIDENTE da APAH
Para nós, cinco horas por semana a mais vão permitir fazer uma engenharia de horários e pôr os hospitais a trabalhar mais. Vai ser possível aproveitar a capacidade instalada e pôr os blocos operatórios a funcionar à tarde Pedro Lopes, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares
Correio da Manhã, 15.12.08

Ontem votei no PE a favor do Relatório Cercas (Alejandro Cercas, um socialista espanhol de Mérida) que defendia oposiçao à tentativa de permitir o alargamento da semana de trabalho de 48 para 65 horas e de não pagar os tempos de permanência dos médicos nos bancos de urgência, através de uma proposta de Directiva sobre o tempo de trabalho apresentada pelo Conselho e endossada pela Comissão.
O PE ontem fez a diferença - em defesa dos direitos dos trabalhadores, dos cidadãos, do modelo social europeu. Contra uma Comissão e um Conselho ainda contaminados pela reaccionária ideologia neo-liberal, apesar da sua ostensiva falência em resultado do descalabro financeiro e económico global.
O PE fez a diferença, porque a esquerda no PES funcionou - e aglutinou muitos outros, à esquerda e à direita.
O PE faz a diferença, em defesa dos direitos dos cidadãos, sempre que a esquerda funciona e se une.
ana gomes, causa nossa 18.12.08

Começo a ter vergonha de tanta patetice.

11:10 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Viva a ministra!
A ministra Ana Jorge tem a caracterizá-la a difícil arte de cultivar uma discrição roçando o assento etéreo, ao mesmo tempo que periodicamente sobressai em terrenas exibições de pasmar. Ora não sabe quanto deve o seu Ministério, ora anuncia um acordo entre o Governo e a Igreja Católica sobre o novo regime de assistência religiosa nos hospitais, como se Roma tivesse de avalizar legislação cujo propósito é assegurar a igualdade de direitos às confissões minoritárias, ora estabelece um caderno de encargos para uso dos jornalistas nas conferências de Imprensa que convoca.
O significado de cada um destes graciosos sinais de vida ministerial oscila entre o desgoverno e o despudor. No que respeita à comunicação social, acresce uma pincelada canhestra de manipulação, cujo êxito não será fácil de avaliar; porém, desta vez, só o meu camarada da RTP se terá permitido desobedecer, conquistando o respectivo e público ralhete.
O episódio passou à história como mais um deslize da ministra, e tem como atenuante a cândida singeleza com que Ana Jorge denunciou combinações propostas a jornalistas – o zunzum goza assim de confirmação autorizada. Mais uma vez, a ministra não pensou no que disse; neste caso, fez bem. Viva a ministra!

João Paulo de Oliveira
Tempo de Medicina 22.12.08

11:20 da tarde  
Blogger SNS -Trave Mestra said...

Notável o texto do JPO.
Que me levou a pensar sobre a actual governação do MS.
Simples problema de estilo?
Ou o problema é mais profundo de forma a suscitar dúvidas sobre quem actualmente governará o Ministério da Saúde?
Manuel Teixeira, Francisco Ramos ou outra qualquer figura pardacenta?
Não vão longe os tempos do padre Milicias, um dos conselheiros favoritos de António Guterres

10:24 da manhã  
Blogger e-pá! said...

MÉDICOS TAREFEIROS VÃO RECEBER 35 EUROS POR HORA

O Ministério da Saúde acaba de fixar valores de referência para a contratação de médicos tarefeiros nos hospitais públicos, que oscilam entre os 27,5 euros para não especialistas e 35 euros para clínicos especialistas.
Na tentativa de regular um mercado que nos últimos anos cresceu sem regras e onde se chegavam a pagar valores na ordem dos 100 euros por hora nos serviços de urgência e em especialidades mais carenciadas, como a Anestesiologia, o secretário de Estado da Saúde encarregou em Novembro a Administração Central do Sistema de Saúde de fixar uma tabela para a contratação de médicos através da modalidade de prestação de serviços. Apenas poderão ser pagos valores superiores quando se provar haver "razões de interesse público".
O objectivo é uniformizar o pagamento por hora e evitar a disparidade de preços praticados pelas empresas de fornecimento de mão-de-obra. O recurso a empresas de trabalho temporário ou a empresários em nome individual, sobretudo para assegurar as escalas das urgências hospitalares, generalizou-se nos últimos anos, estimando-se que cerca de 10 por cento destes serviços sejam actualmente prestados por médicos tarefeiros.
Os hospitais públicos passam ainda a ter de divulgar as contratações na Internet e estão proibidos de contratar médicos que tenham sido dispensados de prestar trabalho extraordinário, a seu pedido.

Público, 20.12.2008, Alexandra Campos.

É caso para festejar!
Em tempos de crise, o MS adianta-se no terreno e entra de chancas na regulação do mercado. Ah! leão!
O Dr. Manuel Teixeira, JÁ!, para um organismo controlador do preço dos combustíveis, do pão, da electricidade, dos passes sociais, etc...SIMPLEX!

Voltando ao assunto...
O MS dá uma no cravo e outra na ferradura.
Adora estabelecer preços, por via administrativa, mas muitas vezes não faz o que é normal em democracia - ouvir a outra parte.
Por vezes mete-se em becos sem saída.
Há tabelas de preços para tudo: medicamentos, actos médicos, exames complementares, etc.
Agora chegou a mercado de trabalho.
Espero que não fique por aí. Há muito que tabelar. Pode, por exemplo, continuar pelos CA's...

Bem.
Interessa conhecer como o mercado vai reagir. Porque, se não existiu acordo prévio entre a ACSS e as empresas alugadoras de tarefeiros, poderemos estar perante um problema complicado.

Uma "obstrução" silenciosa e ardilosa dessas empresas, ao fornecimento de tarefeiros para as urgências, que consequências traria, ao nível nacional, no atendimento de doentes urgentes?

Quem assume a responsabilidade de uma eventual rotura nas Urgências?
Ou o MS acha que os médicos de serviço têm capacidade e resistência técnica, humana e física para - no respeito pelo doente - permanecerem em funções ad eternum ?

Este sistema neo-liberal está cheio de incongruências...
Ao navegar conforme os ventos, tenho dúvidas se aceita este diktat administrativo.

12:20 da tarde  

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