quinta-feira, março 19

Saúde e Internet

Aprendemos na economia da saúde que o sector da saúde apresenta especificidades, nomeadamente em relação à assimetria de conhecimento e de confiança dominante, que determinam que o doente delegue no médico assistente o poder de avaliação e escolha das diversas opções terapêuticas. No mercado da saúde, talvez uma das mais “gritantes” diferenças observadas seja a incapacidade do consumidor em escolher "as compras", porque não tem a informação necessária para a tomada de decisão.
Até que ponto, a informação disponível na Internet tem alterado este estado de coisas?

Designam-se por e-patients os consumidores que utilizam a Internet para recolher informação sobre a sua situação clínica, alternativas terapêuticas, melhores serviços. Estes consumidores têm vindo a moldar uma nova e melhor relação com os médicos assistentes e, em última análise, a influenciar o poder político, designadamente, em relação ao acesso às novas terapêuticas.

Sobre esta matéria, interessante o estudo: “e-patients: how they can help us heal heathcare”, Tom Ferguson.
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Quatro em dez doentes, com cancro, procuram informação através da Internet. Os doentes que acedem a informação, têm mais chances de ter ouvido falar dos tratamentos adequados e mais chances de receber essas terapêuticas - do que os que não procuram informação.