domingo, maio 10

Gripe A, alerta da OMS

Reconhecido que o agente da gripe A (HIN1) não é tão perigoso como se previa, muitos dos especialistas concluem que o “alerta da OMS tem muito mais implicações políticas do que sanitárias”. Outros defendem mesmo a sua revisão. link link
Mas há quem retire outras ilações desta crise.
Maryn McKenna, num excelente texto publicado no CIDRAP News, refere que muitos dos que lidam de perto com a epidemia concluem que esta experiência deve servir de alerta. No caso de surgimento de nova estirpe mais virulenta, presumivelmente também inspiradora de mais pânico entre a população, o sistema de saúde dos EUA não está preparado para enfrentar tal situação. link

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

CONTRA A ESTRATÉGIA DO MEDO...


A gripe A H1N1, começa a ser, epidemiologicamente e bilógicamente, caracterizada pelos especialistas.
E embora a progressão geografica mantenha uma alto índice de propagação e contágio, a sua agressividade biológica é relativamente baixa.
O grande drama é as grandes lacunas que existem sobre o tratamento, nomeadamente uma cada vez mais duvidosa eficácia dos 2 medicamentos (aparentemente) de 1º. linha: oseltamivir e/ou zanamivir,referenciados para esta epidemia.
Mas esta circunstância, embora seja um problema importante para a OMS - nomeadamente o curto tempo que dispõe para a concepção e distribuição de uma vacina eficaz - é um assunto para ser resolvido no âmbito da fabricação de produtos imunobiológicos.

O alerta 5 da OMS, que se mantêm, deve ser periodicamente equacionado, deixando de ser um estadio de gravidade a longo prazo.
Até porque, se assim for, mais do que conter uma eventual pandemia, estaremos a consolidar uma política do medo que na Saúde é uma estratégica comum, mas trágica nos resultados.

Qualquer cidadão, sente a necessidade de se interrogar se, o actual surto de influenza A H1N1, em termos de gradiente epidemiológico, difere das cíclicas gripes sazonais que, periodicamente, nos atingem.

Não nos podemos deixar enfronhar em estratégias do medo.
Senão a vida torna-se insuportável.
Basta, para isso abrir um jornal e ler inquéritos sobre o desemprego, da fome, da droga ou da pobreza.
E, mais à frente, sobre os perigos da alimentação, do tabaco, do alcool, do sedentarismo, etc.
Quando, finalmente, dobramos e fecchamos o jornal, temos a sensação que acabamos de saír de um quadro de Dante...

Devemos promover uma educação para a saúde baseada no conhecimento e na racionalidade e não no medo.

Finalmente, a grande diferença em termos de gripe A H1N1 é que nóos, apesar de ser um jardinzinho plantado no bordo oceânico temos um SNS em (melhor ou pior) funcionamento, e os EUA, grande nação em extensão geográfica e um potentado económico e militar, estão tentar (com sérias dificuldades) construí-lo.
Só isso!

10:37 da manhã  

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