Gripe A
Casos confirmados: Argentina (1), Áustria (1), Alemanha (11), Brasil (6), Canada (280), Colombia (1), Coreia do Sul (3), Costa Rica (8), Dinamarca (1), EUA (2.254), França (12), Espanha (93), Guatemala(1), Hong Kong (1), Holanda (3), Irlanda (1), Israel (7), Itália (6), Japão (3), México (1.626), Nova Zelândia (7), Panamá (3), Polónia (1), Portugal (1), Sâo Salvador (2), Suécia (1), Suiça (1) e UK (39) . link link
Mortes: México (45), EUA (2), Canadá (1), Costa Rica (1).
Mortes: México (45), EUA (2), Canadá (1), Costa Rica (1).
Mapa da gripe: link
Etiquetas: diário da pandemia
4 Comments:
With the flu outbreak settling into a rather steady pattern of rising numbers of generally mild cases, the WHO’s Keiji Fukuda today brandished a big number to warn against complacency.
He said a third of the people on the planet — some two billion people — could be infected by the new H1N1 strain in the next year or two (though he went on to say that the figure was a possibility based on previous pandemics, and not a prediction or estimate of what will happen with H1N1).
“It is not simply an issue of, ‘Is it mild? Is it severe? If it’s mild, we should forget about it,’ ” he said. He pointed out that even a generally mild strain will cause serious trouble for some patients, and added that it’s still possible the strain could mutate and cause more severe disease in the future.
Keiji Fukuda OMS
Ponto de situação da evolução do vírus da gripe A feito pela Ministra da Saúde - 08/05/2009.
Neste momento não existem casos em investigação em Portugal.
Perante sintomas sugestivos de gripe, de deslocação a áreas afectadas e de contacto com doentes confirmados, o Ministério da Saúde aconselha os cidadãos a contactarem primeiro a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e seguirem as recomendações feitas pelos profissionais de saúde.
A Equipa de Acompanhamento da Gripe do Ministério da Saúde reúne diariamente, monitorizando permanentemente a evolução da situação.
Portugal continua em contacto permanente com as organizações internacionais e restantes parceiros europeus, e atento à evolução da situação nos mesmos.
O Ministério da Saúde vai continuar a prestar todos os esclarecimentos sobre a situação em Portugal, realizando conferências de imprensa sempre que existir necessidade.
Toda a informação disponível pode também ser consultada no portal do Ministério da Saúde (http://www.portaldasaude.pt/) e no Microsite da Gripe, no site da Direcção-Geral da Saúde (http://www.dgs.pt).
Lisboa, 8 de Maio de 2009
Ponto de situação da evolução do vírus da gripe A feito pela Ministra da Saúde - 07/05/2009.
O resultado da investigação laboratorial às amostras de dois doentes internados quarta-feira, 6 de Maio, no Hospital de S. João, no Porto, é negativo para o vírus da gripe A (H1N1) e também para os vírus da gripe sazonal.
A evolução clínica dos dois pacientes é boa, estão assintomáticos e vão ter alta em breve.
O resultado da análise realizada no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) é definitivo e não necessita de ser validado por entidades internacionais.
O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge já tem capacidade para desenvolver com autonomia toda a investigação laboratorial de identificação do vírus H1N1.
Neste momento não existem casos em investigação no INSA.
Apesar de ter agora capacidade de autonomia na identificação do vírus da gripe A, Portugal continua em contacto permanente com as organizações internacionais e restantes parceiros europeus, e atento às orientações dos mesmos.
Perante sintomas sugestivos de gripe, de deslocação a áreas afectadas e de contacto com doentes confirmados, o Ministério da Saúde aconselha os cidadãos a contactarem primeiro a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e seguirem as recomendações feitas pelos profissionais de saúde.
O Ministério da Saúde vai continuar a prestar todos os esclarecimentos sobre a situação em Portugal, realizando conferências de imprensa sempre que existir necessidade.
A equipa de acompanhamento da gripe do Ministério da Saúde continua a reunir diariamente, monitorizando permanentemente a evolução da gripe.
Lisboa, 7 de Maio de 2009
Ponto de situação da evolução do vírus da gripe A feito pela Ministra da Saúde - 06/05/2009.
A situação da infecção pelo vírus da gripe A em Portugal não sofreu alterações, continuando a não existir casos suspeitos ou em investigação.
A partir do fim desta semana, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) tem capacidade para desenvolver com autonomia toda a investigação laboratorial de identificação do vírus H1N1.
Os reagentes que o permitem fazer foram entregues ontem ao final do dia ao INSA. Os profissionais estão agora a prepará-los para serem utilizados. Todo o processo deve estar concluído no final desta semana.
Apesar de ter agora capacidade de autonomia na identificação do vírus da gripe A, Portugal continua em contacto permanente com as organizações internacionais e restantes parceiros europeus e atento às orientações dos mesmos.
O Ministério da Saúde vai continuar a prestar todos os esclarecimentos sobre a situação em Portugal, realizando conferências de imprensa sempre que existir necessidade.
A equipa de acompanhamento da gripe do Ministério da Saúde continua a reunir diariamente, monitorizando permanentemente a evolução da gripe.
Lisboa, 6 de Maio de 2009
Ponto de situação da evolução do vírus da gripe A feito pela Ministra da Saúde - 05/05/2009.
Não existe, neste momento, qualquer caso suspeito ou sob investigação em Portugal.
Face às notícias divulgadas hoje pela comunicação social sobre o internamento de duas crianças no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, esclarece-se o seguinte:
Os pais das crianças apresentavam sintomas de gripe. Ao detectarem os mesmos sintomas nos filhos, recorreram ao serviço de urgência do Hospital Pediátrico Dona Estefânia. As crianças foram observadas e ficaram internadas apenas para os pais poderem ser também eles observados no Hospital Curry Cabral. Tanto os pais como as crianças não têm critérios que levantem qualquer suspeita. Trata-se de uma infecção respiratória comum, daí não ter havido necessidade de envio de amostras para o laboratório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.
A curto prazo, as crianças terão alta clínica.
Mais uma vez, foram tomadas todas as medidas previstas no Plano de Contingência, que está activo desde dia 24 de Abril. A equipa de acompanhamento da gripe do Ministério da Saúde reúne diariamente, no sentido de adaptar permanentemente o Plano de Contingência à evolução da gripe e às necessidades da população.
Em relação aos aviões provenientes hoje do México, chegou um primeiro voo às 11h15. Antes do desembarque, a equipa da Autoridade de Sanidade Internacional entrou no avião, onde aconselhou e observou os passageiros. Dois apresentavam sintomas que não correspondem ao quadro clínico de gripe e estão sem febre. Os passageiros em causa e os acompanhantes estão identificados e em contacto directo com a equipa de saúde.
O Ministério da Saúde também pode assegurar que todas as embarcações que pretendem aportar em Portugal têm, segundo o Regulamento de Sanidade Marítima Internacional, de informar a existência de doentes a bordo. Tal não aconteceu.
O Ministério da Saúde pede à comunicação social, que tem sido um parceiro valioso neste plano de controlo da Gripe, que continue a ajudar na divulgação de informação rigorosa e sem alarmismos. É importante que todos tenham consciência de que a informação é a principal arma para travar esta pandemia.
Apela-se a todos os cidadãos para que, perante sintomas sugestivos de gripe (como febre, mal-estar, tosse…) associados a deslocações a áreas afectadas pela gripe ou contacto com doentes, não saiam de casa sem ligar para a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24). Sigam as recomendações feitas pelos profissionais de saúde.
A Ministra da Saúde realiza um novo ponto de situação sobre a infecção pelo vírus da gripe tipo A na quarta-feira, 6 de Maio, pelas 17 horas, no Ministério da Saúde.
Lisboa, 5 de Maio de 2009
Ponto de situação da evolução do vírus da gripe A feito pela Ministra da Saúde - 04/05/09
Os resultados da investigação laboratorial realizada no Centro de Referência da Gripe da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Londres, confirmaram que o único caso que Portugal colocou sob investigação foi positivo.
A paciente não apresenta sintomas há vários dias, nem representa qualquer risco de transmissão da infecção a terceiros. Teve alta clínica.
Os seus familiares e o grupo que a acompanhou na viagem foram identificados em devido tempo e têm estado a ser acompanhados, não registando sintomas até à data.
A existência de um caso confirmado em Portugal não representa uma preocupação acrescida nem justifica a alteração das medidas tomadas até agora.
Todas as análises realizadas, até ao momento, no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge registaram resultados negativos para o vírus H1N1 da gripe tipo A.
Não existe actualmente qualquer caso sob investigação laboratorial no nosso país.
O Ministério da Saúde sublinha que as medidas activadas em Portugal desde o início demonstraram ser as mais adequadas e que, mesmo perante uma doente que já se revelava sem sintomas, não foi negligenciado qualquer procedimento.
As medidas adoptadas em Portugal, bem como nos restantes países, estão de acordo com o definido pela Organização Mundial de Saúde.
O actual nível de alerta pandémico da OMS, o nível 5, significa que existem um ou mais pequenos surtos no mundo com transmissão pessoa-a-pessoa limitada.
Em Portugal não existe evidência de transmissão entre pessoas. Tal não significa um atenuar das medidas de prevenção já tomadas. Mantém-se o mesmo nível de atenção e de precaução até agora adoptado.
A existência de um caso confirmado em Portugal não representa um caso imprevisto. Tal como tem sido afirmado, esta gripe não é um fenómeno inesperado.
Perante sintomas sugestivos de gripe, de deslocação a áreas afectadas e de contacto com doentes confirmados, o Ministério da Saúde aconselha aos cidadãos que contactem com a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e sigam as recomendações feitas pelos profissionais de saúde.
O Ministério da Saúde agradece a colaboração dos meios de comunicação social na divulgação da informação, de forma rigorosa.
Lisboa, 4 de Maio de 2009
Ponto de situação da evolução do vírus da gripe A feito pela Ministra da Saúde, Ana Jorge - 02/05/2009.
Portugal continua a não registar casos confirmados de infecção do vírus da gripe A.
Aguarda-se ainda o resultado às amostras actualmente em investigação no Centro de Referência da Gripe da OMS, em Londres.
A paciente está clinicamente bem, no seu domicílio.
Este caso encontra-se sob investigação porque existiu um resultado laboratorial positivo para um vírus da gripe do tipo A, não sazonal.
Os procedimentos adoptados estão de acordo com o definido pela Organização Mundial de Saúde.
O actual nível de alerta pandémico, o nível 5, significa que existem um ou mais pequenos surtos no mundo com transmissão pessoa-a-pessoa limitada. Neste nível, cabe aos Estados conter o novo vírus em focos limitados, para retardar a sua disseminação.
Relembra-se que só há risco de infecção com o novo vírus da gripe em casos em que as pessoas se deslocaram recentemente a áreas afectadas.
Perante sintomas sugestivos de gripe, e a circunstância já referida de deslocação a áreas afectadas, o Ministério da Saúde aconselha aos cidadãos que contactem com a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e sigam as recomendações feitas pelos profissionais de saúde.
O Ministério da Saúde agradece a colaboração dos meios de comunicação social na divulgação da informação, de forma rigorosa.
Caso não se registem alterações à evolução da infecção em Portugal, o próximo ponto de situação decorre segunda-feira, no Ministério da Saúde, pelas 18 horas.
Lisboa, 2 de Maio de 2009
Ponto de situação da evolução do vírus da gripe feito pela Ministra da Saúde, Ana Jorge - 01/05/2009.
A Equipa de Acompanhamento da Gripe tem estado reunida no Ministério da Saúde.
Recolhida a informação referente às últimas horas não existe, até agora, nenhum caso confirmado de infecção do vírus da gripe A em Portugal.
Relativamente às amostras analisadas apenas uma ainda se encontra em investigação.
Trata-se de uma senhora, que se encontra clinicamente bem, no seu domicílio e esperamos o resultado final da investigação laboratorial nas próximas 48 horas.
Neste caso existe um resultado laboratorial positivo para um vírus da gripe do tipo A, não sazonal.
E porque, nesta fase, a investigação laboratorial baseia-se num processo de exclusão, segundo a indicação do Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde, a amostra foi enviada para o Centro de Referência da Gripe da OMS - no Instituto Médico de Investigação em Londres, a fim de ser estudada.
Este é o procedimento definido pela Organização Mundial de Saúde para todo o mundo.
Este vírus é novo e por isso requer um estudo muito detalhado para identificação de todas as suas características. Esta investigação está a ser realizada pela Organização Mundial de Saúde que definirá as características e os respectivos testes de comparação.
Muito em breve a OMS distribuirá a todos os laboratórios de referência do mundo o teste para identificação específica deste vírus.
O Ministério da Saúde agradece a vossa colaboração com um trabalho cuidado de divulgação de informação, não só útil como essencial para controlar esta infecção em Portugal.
Um novo ponto de situação sobre evolução da infecção pelo novo vírus da gripe é feito pela Ministra da Saúde no sábado, pelas 16 horas, no Ministério da Saúde.
Lisboa, 1 de Maio de 2009
Declaração realizada pela Ministra da Saúde sobre a gripe de origem suína na conferência de imprensa de 29/04/2009.
Boa tarde.
Face às notícias hoje divulgadas, gostaria de esclarecer que os dois casos noticiados foram já submetidos a análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Os resultados provam que não há registo de qualquer caso em Portugal, até ao momento.
Garanto que, se existir algum caso confirmado, essa informação será, de imediato, divulgada. Até porque a comunicação é fundamental para a nossa estratégia de controlo da infecção.
Reafirmo que só há risco de infecção com o novo vírus da gripe em casos em que as pessoas se deslocaram às zonas atingidas ou estiveram em contacto com pessoas afectadas, ou provenientes recentes desses destinos.
Apenas nestes casos, e perante sintomas sugestivos de gripe, o Ministério da Saúde aconselha os cidadãos a que entrem em contacto com a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e sigam as recomendações feitas pelos profissionais de saúde.
Nos últimos dias, tem-se verificado um pico de chamadas para a linha logo após as declarações do Ministério da Saúde.
Quanto aos medicamentos que o País possui, na sua reserva estratégica, estão em perfeito estado de conservação e serão fornecidos gratuitamente aos cidadãos, de acordo com critérios previamente estabelecidos. Os medicamentos indicados são o oseltamivir e o zanamivir. Volto a sublinhar que a quantidade que compõe a reserva estratégica é a adequada para fazer face às necessidades, em caso de pandemia. Estes fármacos estão também disponíveis para dispensa nas farmácias, mediante receita médica.
Face às notícias de hoje que dão conta de uma maior afluência dos cidadãos às farmácias e de uma crescente procura de medicamentos para a gripe, não há qualquer evidência desta situação. O Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde está em permanente monitorização, a qual não confirma as informações divulgadas.
O que prova que os portugueses entenderam que devem evitar a auto-medicação.
Os medicamentos só devem ser tomados se a situação clínica o justificar e quando receitados por um médico.
Portugal activou todos os dispositivos previstos para responder a situações deste tipo. Os serviços do Ministério da Saúde mantêm-se em contacto permanente com as autoridades internacionais, no sentido de serem tomadas medidas concertadas.
Agradeço, mais uma vez, a vossa tranquilidade e confiança.
Estamos agora à vossa disposição para prestar mais esclarecimentos.
Obrigada.
A Ministra da Saúde,
Ana Jorge
Declaração da Ministra da Saúde na conferência de imprensa sobre o vírus da gripe A (H1N1) - 28/04/2009.
Boa tarde.
O Ministério da Saúde decidiu constituir uma Equipa de Acompanhamento da Gripe, que é responsável por monitorizar a evolução da actual situação em relação ao vírus H1N1.
A equipa é constituída por elementos do Ministério da Saúde, Direcção-Geral da Saúde, Infarmed, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, INEM e por especialistas em infecciologia, epidemiologia e virologia.
Antes de mais, e face às notícias hoje divulgadas, gostaria de esclarecer que os casos noticiados correspondem a situações normais de gripe, conforme as análises laboratoriais já efectuadas. Não há registo, até ao momento, de qualquer caso em Portugal.
O Plano de Contingência que Portugal possui foi já activado e pode ser integralmente consultado na página da Direcção-Geral da Saúde, na área “Microsite da Gripe”. Este Plano estabelece um conjunto de fases e medidas a adoptar à medida que for evoluindo a intensidade e propagação da infecção.
Quanto aos medicamentos que o País possui, na sua reserva estratégica, estão em perfeito estado de conservação e disponíveis para serem utilizados assim que forem necessários, segundo critérios clínicos.
Gostaria de relembrar que só há risco de infecção com o novo vírus da gripe em casos em que as pessoas se deslocaram às zonas atingidas ou estiveram em contacto com pessoas afectadas, ou provenientes recentes destes destinos.
Perante sintomas sugestivos de gripe, e a circunstância já referida de deslocação a áreas atingidas ou contacto com pessoas afectadas, o Ministério da Saúde aconselha a que entrem em contacto com a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e sigam as recomendações feitas pelos profissionais de saúde.
Como em qualquer estado gripal, o Ministério da Saúde desaconselha a ida a urgências hospitalares. Uma pessoa com gripe, mesmo comum, deve permanecer resguardada, para evitar o agravamento do seu estado de saúde e a transmissão da infecção a outras pessoas.
A Linha de Saúde 24 possui orientações para, assim que for detectado um caso suspeito de gripe pelo novo vírus, ou sempre que surjam dúvidas sobre o caso gripal apresentado pelo doente, encaminhar os casos em questão para unidades hospitalares de referência pré-definidas.
Estamos agora à vossa disposição para prestar esclarecimentos.
Obrigada.
A Ministra da Saúde,
Ana Jorge
Gripe A poderá provocar dois a três milhões de infectados e 75 mil mortos em Portugal linkO director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Jorge Torgal, alertou hoje que se houver uma verdadeira epidemia da gripe A em Portugal poderão registar-se "dois a três milhões de infectados e 75 mil mortos".
O catedrático de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa avança com estes números na base de que a epidemia se desenvolva sem que até ao Inverno seja criada uma vacina contra o vírus. Jorge Torgal, que falava no 3º Congresso sobre "Pandemias na era da globalização", a decorrer até amanhã em Coimbra, considera estas "previsões optimistas".
"Se houver uma epidemia e não for criada uma vacina até Outubro, Novembro, a previsão mais optimista é que haverá em Portugal dois a três milhões de pessoas com gripe, o que significa que serão 75 mil pessoas a perder a vida", afirmou. O especialista sublinha que no ano passado só a gripe sazonal provocou em Portugal "um acréscimo de mortalidade de 1961 casos, número muito acima do normal" e para o qual não há, até ao momento, explicações.
Referindo-se à gripe A, o médico de saúde pública considerou que "Espanha, aqui ao lado, onde ontem havia 57 casos confirmados, dos quais quatro transmitidos no país, é uma fonte de preocupação, um risco grande" para Portugal. Jorge Torgal alerta que, caso a epidemia se desenvolva, a sociedade portuguesa deve preparar-se logisticamente para uma alteração do quotidiano. "Quem tem de se preparar de facto são as forças vivas da sociedade civil, para que os cidadãos compreendam como se podem defender pessoalmente", sustentou.
O médico, que abordou o tema "Pandemias na era da globalização", fala "numa modificação quotidiana da sociedade, uma preparação logística que deve ser feita, um caminho de consciencialização". Refere, a propósito, que, "se há crianças que têm de estar em casa porque as escolas fecham, os pais não podem ir trabalhar".
"As pessoas foram a correr comprar máscaras e Tamiflu, mas se houver uma epidemia provavelmente o mais razoável é não saírem de casa durante duas semanas", advertiu, questionando quem terá mantimentos para tal. Jorge Torgal esclarece que "não está a defender que as pessoas devem, nesta fase, fazer um armazenamento (de mantimentos) para duas semanas" mas que "se souberem a tempo que é mais seguro para a sua saúde ficar em casa, provavelmente terão meia dúzia de cebolas em vez de ir todos os dias à mercearia comprar uma".
JP 08.05.09
EMPRESAS PORTUGUESAS ESTÃO MAL PREPARADAS PARA PANDEMIAPouca preocupação com uma eventual crise grave de pandemia e ausência de regras internas para lidar com estas situações, indica inquéritoA Imagine-se que em Portugal se declara uma situação de pandemia de gripe altamente mortífera. O mais natural seria saber as regras do seu local de trabalho para esta situação: se deve ir de imediato para casa ou se há algum cuidado especial a ter no âmbito das funções que desempenha, por exemplo. Mas, na grande maioria das empresas portuguesas, o mais certo será deparar com falta de respostas.
Muitas não têm planos para lidar com um eventual surto, muitas outras nem sequer se preocupam, indicam os resultados de um inquérito realizado em Portugal pela Mercer, consultora na área de gestão de recursos humanos, e pela Marsh, corretora de seguros e consultoria de riscos, do mesmo grupo.
Das 204 empresas contactadas, responderam apenas 25. Destas, a maior parte é de grande dimensão: 40 por cento facturam mais de 25 milhões de euros por ano e um terço empregam mais de 500 trabalhadores; a maior fatia é de serviços, comércio e indústria.
Mas mesmo aquelas que reagiram mostram-se pouco ou nada preparadas para uma eventual pandemia, conclui Jaime Gato, coordenador de consultoria de risco da Marsh Portugal. Em causa está a falta de planos internos para lidar com esta ameaça: como é que a direcção da empresa protege os trabalhadores e como assegura a continuidade do negócio?
"Os números foram bastante conclusivos: mais de 70 por cento das empresas não têm um plano de contingência" , disse Jaime Gato ao PÚBLICO. Esta foi a resposta de 19 das 25 inquiridas que responderam. Quanto às que não deram sinal, isso aponta para uma falta de interesse. "Terá a ver com o facto de ter havido uma situação semelhante há dois anos, as pessoas já não estão despertas para este assunto", interpreta.
Outros dados esclarecedores: quase dois terços das empresas que responderam (64 por cento) não têm uma equipa de gestão de crises para assumir o planeamento ou a gestão de operações numa pandemia; 76 por cento não reviram, na área de recursos humanos, quais as políticas de ausências ou eventuais programas de assistência ao trabalhador e políticas de quarentena.
O panorama é negro no que toca à continuidade de negócio, para a qual muitas não se prepararam. "Numa perspectiva de preservação dos colaboradores, deve-se reduzir as actividades ao mínimo essencial", sublinha Isabel Martins, consultora sénior da Mercer. Mas falta prevenir, para não arriscar a sobrevivência da própria empresa. Haverá também actividades que têm de ficar activas e têm de estar preparadas: "Hospitais, abastecimento de água e electricidade, telecomunicações e banca, controlo de tráfego aéreo", lembra Fernando Chaves, coordenador de desenvolvimento de negócio da Marsh.
JP, Inês Sequeira,09.05.2009.
Nota:
A ideia prevalecente é que as instituições públicas têm em estado de alerta os planos de contigência.
A dita "sociedade civil" aguarda que o Estado lhes sirva de bandeja esses planos.
Este é o alto nível de gestão dos recursos humanos para os empresários portugueses, cujo entretém é criticar e vilipendiar, em qualquer oportunidade, os serviços públicos...
O neoliberalismo persiste e resiste incólume!
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