Reforma CSP, criação dos Aces
António Rodrigues defendeu a necessidade de proceder à:
a) - revisão da dimensão muito alargada escolhida para os Aces (em média, cada agrupamento tem 387 profissionais e 155 mil habitantes);
b) – criação de um contrato-programa tipo para os vários agrupamentos, que devia ter sido «acautelado aquando do lançamento dos Aces»
c) – ultrapassar o actual défice de orientação estratégica e debilidade de intervenção que a Unidade de Missão tem demonstrado nos últimos meses.
António Alvim, alertou para o perigo de as unidades passarem a «trabalhar em função de indicadores e não em função dos utentes», uma vez que tem a sensação que estes se centram demasiado nos «aspectos preventivos» e «pouco na Medicina curativa e na relação de proximidade com o utente».
Segundo Constantino Sakellarides, a reforma enfrenta um desafio extraordinariamente difícil» com a criação das restantes unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde (Aces), sendo fundamental assegurar que o enquadramento organizacional desta reforma «não resulte numa dinâmica centrífuga», onde funcione «cada um por si, sem articulação horizontal» .
Admitiu ainda que a reforma trouxe «desigualdade» no acesso aos cuidados e nas condições de trabalho (Centros de Saúde/USF), inevitáveis nesta fase de transição, sendo importante que os poderes políticos estabeleçam um limite temporal para essa desigualdade .
Rita Vassal, Tempo de Medicina 01.06.09
Perdeu-se demasiado do impulso inicial .
A implementação dos Aces, o enquadramento organizacional fundamental das unidades prestadoras de cuidados primários, afigura-se demasiado complexo e arrastado. Temo que a reforma encalhe por aqui.
a) - revisão da dimensão muito alargada escolhida para os Aces (em média, cada agrupamento tem 387 profissionais e 155 mil habitantes);
b) – criação de um contrato-programa tipo para os vários agrupamentos, que devia ter sido «acautelado aquando do lançamento dos Aces»
c) – ultrapassar o actual défice de orientação estratégica e debilidade de intervenção que a Unidade de Missão tem demonstrado nos últimos meses.
António Alvim, alertou para o perigo de as unidades passarem a «trabalhar em função de indicadores e não em função dos utentes», uma vez que tem a sensação que estes se centram demasiado nos «aspectos preventivos» e «pouco na Medicina curativa e na relação de proximidade com o utente».
Segundo Constantino Sakellarides, a reforma enfrenta um desafio extraordinariamente difícil» com a criação das restantes unidades funcionais dos agrupamentos de centros de saúde (Aces), sendo fundamental assegurar que o enquadramento organizacional desta reforma «não resulte numa dinâmica centrífuga», onde funcione «cada um por si, sem articulação horizontal» .
Admitiu ainda que a reforma trouxe «desigualdade» no acesso aos cuidados e nas condições de trabalho (Centros de Saúde/USF), inevitáveis nesta fase de transição, sendo importante que os poderes políticos estabeleçam um limite temporal para essa desigualdade .
Rita Vassal, Tempo de Medicina 01.06.09
Perdeu-se demasiado do impulso inicial .
A implementação dos Aces, o enquadramento organizacional fundamental das unidades prestadoras de cuidados primários, afigura-se demasiado complexo e arrastado. Temo que a reforma encalhe por aqui.
2 Comments:
Caro Xavier:
Infelizmente só posso subscrever a sua apreciação:"Perdeu-se demasiado do impulso inicial.
A implementação dos Aces,(...) afigura-se demasiado complexo e arrastado. Temo que a reforma encalhe por aqui."
Mas isso não é uma inevitabilidade!
Assumirem-se com a maior urgência as recomendações do relatório "Um Acontecimento Extraordinário" link é, por isso, imperativo!
E afirmar-se uma liderança estratégica capaz de as fazer acontecer.
Caro Xavier:
A resolução da "crise" que decorreu há tempos do interior da Unidade de Missão e que levou ao afastamentro de alguns "missionários", permite levantar dúvidas sobre a cabal conclusão do processo.
Aliás, nessa altura já os ACES e as USF's tipo A e B, pairavam sobre as divergências intestinas.
A saída de CC do Governo (antecipada em relação à "crise interna") e, a partir daí, a viabilidade em entrosar no projecto o Prof. Constantino Sakellarides, foi um " balão de oxigénio" que, em princípio, dá algumas garantias de vida, isto é, de liderança.
Mas, a formação das ACES é um assunto recorrente no painel de problemas da reforma dos CPS's.
Problemas com os incentivos, já anunciados, têm capacidade para inquinar, transversalmente, a Unidade de Missão, as ACES e as USF's e, para serem precavidos, necessitam de um acompanhamento próximo da Ministra.
É desde modo que começa a sucumbir a capacidade inovadora e de transformar os CSP's envolvendo em teias burocráticas e disputas internas que tiram visão e dinâmica ao projecto e, daí, o risco de "encalhanço"...
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