To delay is deadly
Um relatório recente da IGAS concluiu que 15% dos Hospitais do SNS não dispunham de “políticas e procedimentos de prevenção e controlo de infecção”. E no sector privado, segundo o mesmo relatório, 25 por cento das unidades não fazem auditorias periódicas para prevenir infecções. link
As conclusões do referido relatório parecem ter sido votadas ao esquecimento. O que não é de estranhar num país onde os responsáveis preferem “abafar os casos” do que enfrentar os problemas.
Por se tratar de uma matéria deveras preocupante – O "Centers for Disease Control and Prevention (CDC)", estima que cerca de cem mil americanos morram todos os anos devido a infecções adquiridas em meio hospitalar – trago hoje aqui à leitura "To Err is Human – To Delay is Deadly- Ten years later, a million lives lost, billions of dollars wasted" link, link publicado dez anos depois deste .
As conclusões do referido relatório parecem ter sido votadas ao esquecimento. O que não é de estranhar num país onde os responsáveis preferem “abafar os casos” do que enfrentar os problemas.
Por se tratar de uma matéria deveras preocupante – O "Centers for Disease Control and Prevention (CDC)", estima que cerca de cem mil americanos morram todos os anos devido a infecções adquiridas em meio hospitalar – trago hoje aqui à leitura "To Err is Human – To Delay is Deadly- Ten years later, a million lives lost, billions of dollars wasted" link, link publicado dez anos depois deste .
Etiquetas: s.n.s
2 Comments:
Alguns desabafos sobre a situação portuguesa.
A prevenção e o controlo das infeccções nosocomiais não tem merecido a devida atenção, quer dos responsáveis do MS, quer dos profissionais de saúde.
Não chega existir, na DGS, uma Divisão de Segurança do Doente.
É necessário ir muito mais além, ou seja, promover, nos Hospitais um atendimento de qualidade e seguro e uma estadia na área hoteleira em conformidade com as regras de limpeza e de higienização.
Os profissionais de Saúde têm receio (ou vergonha?) de passar a mensagem de que os HH's são locais pouco seguros...e necessitam de cuidados especiais.
Alguém, alguma vez "viu", quando entra um novo doente numa enfermaria ou num quarto, uma sanita com um cinto de papel a mencionar: esta sanita foi sujeita a desinfecção prévia?
Ou o mais frequente é existir uma única casa de banho para uma enfermaria de 4 ou 6 doentes?
As políticas de departamentação dos HH's, que obedecem à integração de grandes áreas de gestão, com um "gestor de camas" geralmente sem qualquer qualificação em infecciologia, é óbvio que podem originar o colocar lado a lado um doente com uma tuberculose multiresistente e outro imunodeprimido.
Este é um problema do campo da organização e gestão que é aparentemente eficiente na rentabilização da utilização de camas mas, na minha opinião, a revisitar.
Até porque começa a aparecer uma contradição insanáve, i. e., diminuição da demora média de hospitalização não acarretou a queda da incidência das infecções hospitalares.
O uso ( e a escolha) de antisépticos nos HH's é feito sem critérios e indiscriminado e obedece ao princípio da aquisição do mais barato. Por vezes, são agentes químicos de espectro restrito, dirgido para determinados grupos de bactérias (Gram +, Gram -, etc.) provocadores do desequilíbrio das populações bacterianas residentes e favorecedores do desenvolvimento de infecções endogenas ( a maioria das infecções hospitalares)e da disseminação de infecções selectivas.
Mas, de facto, o mais difícil é desenvolver a prática de uma prestação de cuidados hospitalares de qualidade e segura. Este tema levar-nos-ia longe...nomeadamente, ao "crónico" assunto das boas práticas de prescrição de antibióticos.
And the last but not the least promover, nesta área a formação dos profissionais de sáude (não basta solicitar a lavagem frequente das mãos...) e a educação sanitária da população.
Este é um assunto que se parece com uma fruta da época: as cerejas.
Começando, vêm umas atrás das outras...
Excelente post.
O xavier é um verdadeiro farol da leitura.
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