domingo, julho 5

Desestruturação do SNS

Atente-se nesta notícia do semanário Sol: link

As transferências de médicos entre hospitais estão a fazer-se à custa de contratos considerados exagerados no sector. Foi assim que o presidente da Administração Regional (ARS) de Lisboa, Rui Portugal, descreveu as preocupações manifestadas, na semana passada, pelos directores dos hospitais da região, numa reunião onde este foi um dos temas mais discutidos. A empresa privada da Caixa Geral de Depósitos – a HPP Saúde - que está a gerir o Hospital de Cascais, contratou recentemente uma equipa de cinco médicos para uma nova unidade de cuidados intensivos, quatro dos quais saíram do hospital Pulido Valente. Uma situação que abriu um verdadeiro ‘buraco’ na estrutura clínica deste hospital público. Os ordenados - base oferecidos rondam os cinco mil euros líquidos, os quais, com horas extraordinárias, chegam aos sete mil por mês.

As PPP servem para isto, a desestruturação de todo o SNS através da total mercantilização da saúde e, a curto prazo, a sua extinção por exaustão de meios financeiros. A verdade é que manifestando a tutela dificuldade em ter mão sobre as EPE muito menos a irá ter sobre as PPP. Se nem no caso do hospital de Cascais, onde a entidade gestora é a principal empresa pública do País, o MS consegue evitar transferências milionárias como as acima descritas, com todas as consequências negativas que se lhe associam, o que irá suceder naquelas que vão ter como gestores grupos económicos privados.
Face aos exemplos que se conhecem de gestão privada de hospitais públicos, faz todo o sentido este recomendação do plenário da AR ao Governo.
link Se assim não for o SNS ir-se-á transformando numa espécie de sociedade anónima de capitais públicos.
tavisto

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