terça-feira, dezembro 1

Taxa desemprego: 10,2%


A taxa de desemprego em Portugal atingiu os 10,2% em Outubro, superior em 0,4% à dos dezasseis países da Euro Area (EA), curiosamente a mesma taxa de desemprego dos EUA. link
O Eurostat estima que o desemprego terá atingido 22.510 milhões de cidadãos da EU27 e 15.567 milhões na EA em Outubro de 2009.
O combate ao desemprego deverá ser a principal prioridade política da nova equipa do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso em especial de László Andor, comissário do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão.
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4 Comments:

Blogger Tavisto said...

Ultrapassou-se a fasquia psicológica dos dois dígitos, até onde poderá chegar este número é uma incógnita. Com as obras públicas a serem travadas pelo Tribunal de Contas por irregularidades nos concursos adjudicados, a escalada na taxa de desemprego poderá vir a agravar-se nos tempos mais próximos.
Mas o mal não é seguramente de todos. Talvez por ter vindo a público o obsceno vencimento de Armando Vara no BCP, era ontem notícia que há gestores públicos a receber um salário oito, sim oito!, vezes superior ao do 1º Ministro. No top salarial estaria o CEO da TAP, empresa altamente lucrativa como todos sabemos. E muitos outros haverá, de empresas mal geridas ou de monopólios onde é sempre fácil apresentar lucros à custa de contribuintes sem alternativas.
É isto que temos e assim iremos continuar a viver, uma vez que não se perspectivam medidas de fundo para corrigir uma economia neoliberal administrada por partidos que se dizem social-democratas e socialistas. Entretanto, segundo Medina Carreira, vamo-nos endividando alegremente a um ritmo de 20 milhões de euros à hora. Ou seja, em cada hora que passa cada português contrai uma dívida de 2 euros (28 euros/dia) mas isso não parece preocupar-nos. Afinal temos um amigo à frente da Comissão Europeia e ele sempre se há-de dar bem com o Presidente do Banco Central Europeu para, se for caso disso, resolver estes escolhos financeiros. Ou talvez nem seja preciso, com uma emigração de novo em massa, as remessas dos emigrantes hão-de voltar a equilibrar as finanças públicas. Afinal de contas o País continua o mesmo, assumiu foi novas qualidades.

5:14 da tarde  
Blogger PhysiaTriste said...

Assim vai Portugal...

Meia dúzia de clientes são responsáveis por uma dívida ao BCP igual a 80% do seu valor em Bolsa. (Notícia dos jornais)

Compreende-se que a distribuição do crédito bancário se afaste da lei de Pareto. Mas tanto?!...

Joe Berardo comprou acções do BCP, com um empréstimo do BCP, dando como garantia acções do BCP ( Editorial do Expresso).

Lá na minha terra chamar-se-ia a isto, “roubar galinhas e vendê-las ao dono”.

“Cinco anos depois do começo do mais mediático de todos os julgamentos (Casa Pia) a justiça mostrou mais uma vez que está em coma profundo. Seja qual for o final desta história já virá tarde mais. Não, claro que não tenho confiança na Justiça do meu país. Ninguém tem, aliás. (Daniel Oliveira – Expresso)

Se a Saúde funcionasse como a Justiça, ainda teríamos taxas de mortalidade infantil do terceiro mundo.

“Entre a forma irresponsável como o Governo nos apresenta linhas de TGV ou auto-estradas e a ligeireza com que a oposição aprova leis com impacto orçamental, venha o diabo e escolha.”

É bem verdade que não nos governamos nem deixamos governar.

Vejo para aí uma quantidade de gente a falar, desde presidentes de poderosas empresas, públicas e privadas, até destacados dirigentes sindicais, como se não se passasse nada de grave. Como se não soubessem o estado em que estamos. Ou como se achassem – e acham! -que há-de haver sempre alguém para pagar a conta. Não lhes ocorre que isto possa estourar um dia? (Miguel Sousa Tavares –Expresso)

O MST também poderia acrescentar á lista alguns Ministros.

Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente. Duas coisas são necessárias para evitar isso. Por um lado, a consciência clara das dificuldades, a noção do endividamento e a certeza de que este caminho está errado. Por outro, a opinião pública consciente. Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres. (António Barreto – Jornal i)

“Porque os outros se mascaram mas tu não … “

6:24 da tarde  
Blogger tambemquero said...

A taxa de desemprego em Portugal atingiu 10,2 por cento em Outubro, indicam números do Gabinete de Estatística da União Europeia publicados hoje, terça-feira.

Na zona euro, o desemprego manteve-se estável em Outubro face ao mês anterior, situando-se nos 9,8 por cento, a taxa mais elevada desde Janeiro de 1999, adiantam os dados do Eurostat.

Em Outubro de 2008, a taxa de desemprego na zona euro situava-se nos 7,9 por cento.

Nos 27 países-membros da União Europeia, a taxa de desemprego elevou-se para 9,3 por cento em Outubro, contra 9,2 por cento, em Setembro, e 7,3 por cento, em Outubro do ano passado.

Entre os Estados-membros, as taxas de desemprego mais baixas foram registadas nos Países Baixos (3,7 por cento) e na Áustria (4,7 por cento) e as mais elevadas na Letónia (20,9 por cento) e em Espanha (19,3 por cento).

Comparando estes dados com 2008, observa-se um aumento da taxa de desemprego em todos os Estados-Membros. Os aumentos menores foram registados na Alemanha (de 7,1 por cento para 7,5 por cento em Outubro de 2009), na Áustria (de 4,0 por cento para 4,7 por cento) e na Roménia (de 5,7 por cento para 6,4 por cento).

Os aumentos mais elevados foram assinalados na Letónia (de 9,1 por cento em Outubro de 2008 para 20,9 por cento em Outubro de 2009) e na Lituânia (de 4,8 por cento para 13,8 por cento).

Em Outubro 2009, a taxa de desemprego nos jovens (menos de 25 anos) situava-se nos 20,6 por cento na zona euro e nos 20,7 por cento na União Europeia. Em Outubro de 2008, era de 16,2 por cento nas duas zonas. A taxa mais baixa foi observada nos Países Baixos (7,2 por cento) e as mais elevadas em Espanha (42,9 por cento) e na Letónia (33,6 por cento).

JN 01.12.09

8:59 da tarde  
Blogger Hospitaisepe said...

O Eurostat divulgou no dia 1.12.2009 a taxa de desemprego registada em Outubro de 2009 nos
países das União Europeia. E como era previsível a taxa de desemprego em Portugal é uma das
mais elevadas de todos os países da União Europeia (Gráfico I).
De acordo com os dados agora divulgados pelo Eurostat, em Outubro de 2009,a taxa de
desemprego oficial em Portugal atingiu 10,2% (no 3º Trimestre de 2009, era 9,8% segundo o
INE) e o numero oficial de desempregados 567,7 mil (no 3º Trimestre de 2009 era 547,7 mil
segundo o INE). No entanto, se somarmos ao numero oficial de desempregados aqueles que não
foram incluídos apesar de estarem no desemprego, ou por não procurarem emprego (os
chamados “inactivos disponíveis”) ou por fazerem pequenos biscates para sobreviver (o
chamado “subemprego invisível”), então o numero efectivo de desempregados sobe para
716,9 mil e a taxa de desemprego efectiva já aumenta para 12,7% (Quadro I). Estes valores
estão certamente muito mais próximos do desemprego real em Portugal do que os números
oficiais divulgados quer pelo Eurostat, quer pelo INE quer ainda pelo IEFP.
Um aspecto grave da situação em Portugal é o facto do desemprego estar a aumentar mas o
apoio aos desempregados estar a diminuir. Entre Setembro e Outubro de 2009, o
desemprego aumentou em Portugal em 20.000 (o oficial passou de 547,7 mil para 567,7 mil; e o
efectivo de 696,6 mil para 716,9 mil), mas o numero de desempregados a receberem subsidio de
desemprego diminuiu em cerca de 4 mil. Efectivamente, de acordo com os dados publicados no
Boletim Estatístico de Outubro deste ano do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, entre
Setembro e Outubro de 2009, o numero de desempregados a receberem subsidio de
desemprego diminuiu de 350.822 para 346.899. Como consequência, a taxa de cobertura do
subsidio de desemprego, entre Setembro e Outubro de 2009, baixou em Portugal de 64,1% para
61,1% se considerar o numero oficial de desempregados, e de 50,3% para apenas 48,4% se se
considerar o desemprego efectivo (Quadro I). Isto mostra de uma forma objectiva (são os
próprios dados oficiais que o revelam) a insensibilidade deste governo face à gravidade da
situação, que não será alterada com as medidas anunciadas recentemente pelo 1ºminstro na
Assembleia da República pois, de acordo com o próprio Sócrates, elas irão beneficiar apenas
mais 10.000 desempregados.
O desemprego vai continuar a aumentar em Portugal se não forem tomadas medidas eficazes,
porque as medidas em execução e as anunciadas pelo governo são manifestamente
insuficientes para inverter ou, pelo menos, para parar a destruição de postos de trabalho que
está a lançar no desemprego milhares de trabalhadores.
A experiencia passada mostra que em Portugal não há uma redução sustentada do desemprego
enquanto a taxa de crescimento económico não atingir 2%. E segundo a Comissão Europeia a
taxa de crescimento económico em Portugal será apenas de 0,3% em 2010 e de 1% em 2011. A
OCDE prevê para 2010 uma taxa de crescimento de 0,8% e de 1,5% para 2011. Portanto, ambos
valores inferiores a 2% (Quadro II).
A crise actual é também uma crise de excesso de produção não em relação às necessidades da
população mas sim relativamente à procura solvente, portanto uma crise típica e característica do
capitalismo. As empresas não conseguem vender uma parte crescente da sua produção não
porque as necessidades da população estejam satisfeitas, mas sim porque esta não tem poder
de compra (dinheiro) para adquirir o que precisa.
…/
Eugénio Rosa link

3:24 da tarde  

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