sexta-feira, setembro 10

Marteladas

foto expresso

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje que Pedro Passos Coelho deverá rever o seu discurso, designadamente em matéria de revisão constitucional, alegando que se assiste a uma tendência de travagem na popularidade do partido. link
JP 10.09.10

PPC não tem feito outra coisa !
Acontece que o cabeça de cartaz da trupe neoliberal de pacotilha dá mostras precoces de ter esgotado o engodo populista. A inteligente iniciativa de revisão constitucional foi do caraças! Pior, só os resultados do Benfica na liga.
Felizmente, o professor é amigo e não vão faltar marteladas.

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1 Comments:

Blogger e-pá! said...

Coesão social, assente em convergências políticas...

O facto de PPC ter metido o pé na poça na proposta de revisão constitucional, nomeadamente, no indisfarçável "ataque" ao Estado Social e, esse passo em falso, ter permitido a JS recuperar terreno na dinâmica política interna, não põe o SNS ao abrigo de outras investidas. Surgirão, com certeza, vestidas com outras roupagens…
A sustentabilidade financeira do SNS é, para já, a grande "motivação" que permitirá voltar ao assunto [esgrimido na proposta de revisão constitucional do actual PSD], com [velhas e já conhecidas] sugestões de "reforma".
Não basta apelar a uma boa gestão [cuja obrigatoriedade é consensualmente reconhecida], não chegam medidas avulsas de combate ao desperdício [cuja dimensão para sermos rigorosos ninguém conhece], nem são suficientes os apelos ao maior e mais eficiente empenhamento dos profissionais de saúde [aumento de produção, regimes de trabalho, modernização dos processos, etc.]...
Nesta época, onde grande parte do mundo político apela a pontuais posturas de convergência táctica [os PEC's são o exemplo deste facto] a componente financeira [orçamental] vai tentar impor-se.
E, a sobrevivência do SNS [não nos iludamos - começou a luta pela sobrevivência] adquire uma dimensão fundamentalmente política.
É, no campo político, que devem ser feitas as opções [políticas e ideológicas] para manter um Estado Social que corresponda à debilidade social do País [passe a redundância].
Os lancinantes chamamentos a fictícios consensos [mais concretamente acordos efémeros], abdicando dos pilares ideológicos em prol de um sebastianista "salvação nacional", são expedientes de momento, exaltações da política medíocre.
Porque o abandono da luta ideológica levará, irremediavelmente, à perversão do Estado Social. [a Direita nunca assumirá o ónus de o “destruir”, preferirá – politicamente – asfixiá-lo]
E, muito embora, estejamos a viver um momento histórico em que as conquistas [políticas, económicas e sociais] não são dados adquiridos, nem imutáveis, podemos ter como certo que tudo o que for abocanhado nesse Estado Social, jamais [em francês, se quiserem] será revertido.
Resumindo:
O SNS pode ser pervertido [profundamente alterado no seu paradigma] com justificações financeiras e orçamentais.
É, contudo, possível, a partir de uma definição política prévia [sem qualquer tipo de tibiezas], proceder à sua reformulação financeira, encarada como uma questão técnica [complexa, é certo].
Pôr a carruagem à frente dos bois, i.e., a submissão das questões políticas ao feroz arrocho orçamental e à voragem financeira, arruinará - sem dó nem piedade - o actual SNS.
Ou aceitamos que o SNS é um pesado fardo orçamental [mesmo com a mais eficiente gestão] sustentado por políticas sociais exigentes [mesmo que fracturantes] ou, claudicamos [estrondosamente] na coesão social do País.
E, depois, logo se verá...

12:04 da tarde  

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