A importância das entrelinhas…
Correia de Campos critica derrapagens financeiras no Ministério da Saúde
Ministro da Saúde em 2002 e 2008, sem nunca ter concluído o mandato, Correia de Campos explicou que para evitar derrapagens teve de exercer um controlo muito próximo sobre organizações de meios complementares de diagnóstico. "Em algumas dessas reuniões tive que informar os agentes de empresas estrangeiras que Portugal não admitia que os feitores de feitorias internacionais aqui mandassem", recorda.
O "Diário Económico" referia, na sua edição de sábado, que do primeiro para o segundo trimestre os prejuízos subiram 20 por cento, de 180 para 216 milhões. Os hospitais com gestão pública também não ficam bem no panorama geral, com um resultado líquido do exercício a descer dos 28,4 milhões para os 9 milhões, o que revela uma degradação de 68,3 por cento. O vigor das contas da saúde em geral também se consegue, de acordo com a experiência do actual eurodeputado, "andando em cima dos hospitais. Reunindo com os gestores, fazendo psicodrama, ameaçando demissões" e com o sistema de avaliação de gestores hospitalares pela ARS. Em entrevista ao "Jornal de Negócios", o antigo governante acrescenta que o Estado fica "completamente capturado com elevadas dívidas" (a interesses privados), dando como por exemplo o fundo organizado pelas farmácias, que paga juros do crédito bancário.
Entretanto: …”O antigo secretário de Estado da Saúde defendeu hoje que o PS não deve dar argumentos para uma mudança no modelo social e sublinhou que "quem defende o SNS tem de ser capaz de o gerir de forma eficaz". Em declarações à agência Lusa, Francisco Ramos disse que o controlo da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai ser um ponto essencial no debate político que se avizinha sobre o modelo de proteção social, em particular no que diz respeito à Saúde. "A questão essencial é que, no momento em que se discute o modelo de proteção social que queremos, o SNS não pode ter como ponto fraco o controlo da despesa, e essa é uma preocupação que tem de ser explicada", afirmou o antigo governante.
Ao mesmo tempo o economista Eugénio Rosa refere: …”Uma das formas de destruir o SNS é através do seu estrangulamento financeiro. É isso o que tem feito os governos Sócrates. E não será o súbito amor de Sócrates pelo Estado Social, por puro oportunismo politico, para assim se diferenciar de Passos Coelho e procurar manter o poder, que deverá fazer esquecer essa verdade. O estrangulamento financeiro do SNS pelos governos de Sócrates está a ser feito através de transferências do Orçamento do Estado para o SNS cada vez mais insuficientes para cobrir a as despesas do SNS e dos Hospitais EPE. Em 2010, as transferências do OE para o SNS foram, em termos reais, inferiores às de 2005 em 196,3 milhões €. A preços de 2010, o SNS recebeu em 2010 menos 216 milhões € do que em 2005 .
Ministro da Saúde em 2002 e 2008, sem nunca ter concluído o mandato, Correia de Campos explicou que para evitar derrapagens teve de exercer um controlo muito próximo sobre organizações de meios complementares de diagnóstico. "Em algumas dessas reuniões tive que informar os agentes de empresas estrangeiras que Portugal não admitia que os feitores de feitorias internacionais aqui mandassem", recorda.
O "Diário Económico" referia, na sua edição de sábado, que do primeiro para o segundo trimestre os prejuízos subiram 20 por cento, de 180 para 216 milhões. Os hospitais com gestão pública também não ficam bem no panorama geral, com um resultado líquido do exercício a descer dos 28,4 milhões para os 9 milhões, o que revela uma degradação de 68,3 por cento. O vigor das contas da saúde em geral também se consegue, de acordo com a experiência do actual eurodeputado, "andando em cima dos hospitais. Reunindo com os gestores, fazendo psicodrama, ameaçando demissões" e com o sistema de avaliação de gestores hospitalares pela ARS. Em entrevista ao "Jornal de Negócios", o antigo governante acrescenta que o Estado fica "completamente capturado com elevadas dívidas" (a interesses privados), dando como por exemplo o fundo organizado pelas farmácias, que paga juros do crédito bancário.
Entretanto: …”O antigo secretário de Estado da Saúde defendeu hoje que o PS não deve dar argumentos para uma mudança no modelo social e sublinhou que "quem defende o SNS tem de ser capaz de o gerir de forma eficaz". Em declarações à agência Lusa, Francisco Ramos disse que o controlo da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai ser um ponto essencial no debate político que se avizinha sobre o modelo de proteção social, em particular no que diz respeito à Saúde. "A questão essencial é que, no momento em que se discute o modelo de proteção social que queremos, o SNS não pode ter como ponto fraco o controlo da despesa, e essa é uma preocupação que tem de ser explicada", afirmou o antigo governante.
Ao mesmo tempo o economista Eugénio Rosa refere: …”Uma das formas de destruir o SNS é através do seu estrangulamento financeiro. É isso o que tem feito os governos Sócrates. E não será o súbito amor de Sócrates pelo Estado Social, por puro oportunismo politico, para assim se diferenciar de Passos Coelho e procurar manter o poder, que deverá fazer esquecer essa verdade. O estrangulamento financeiro do SNS pelos governos de Sócrates está a ser feito através de transferências do Orçamento do Estado para o SNS cada vez mais insuficientes para cobrir a as despesas do SNS e dos Hospitais EPE. Em 2010, as transferências do OE para o SNS foram, em termos reais, inferiores às de 2005 em 196,3 milhões €. A preços de 2010, o SNS recebeu em 2010 menos 216 milhões € do que em 2005 .
arminda
Etiquetas: s.n.s
2 Comments:
REFLEXÃO [necessária]
As recentes e recorrentes intervenções de Correia de Campos, no domínio da Saúde, serão o prenúncio de que algo poderá estar para acontecer no MS [ou no Governo]?
Ou é [só!] o Outono do patriarca?
Apifarma pressiona Governo a aumentar orçamento da saúde
A indústria farmacêutica culpa a sub-orçamentação da Saúde pelas dívidas crónicas e pede ao Governo para olhar para as “contas reais” no próximo OE. A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica chamou ontem os jornalistas para alertar para a necessidade do Orçamento do Estado para 2011, do Ministério da Saúde, contemplar uma verba para pagar a dívida do Estado aos laboratórios.
Na altura em que estão a ser ultimados os ‘plafonds' dos ministérios, e em que a palavra de ordem é cortar, a Apifarma veio dar uma "ajuda" à ministra da Saúde para pressionar José Sócrates a aumentar a dotação da saúde. Só assim será possível resolver o problema "crónico" das dívidas à indústria, acredita a Apifarma.
"Em vésperas de orçamento", a associação decidiu fazer um ponto da situação, lembrando que o maior responsável pelas dívidas à indústria "é a sub-orçamentação sistemática das contas do Ministério da Saúde". João Almeida Lopes, presidente da Apifarma, deixou o recado: "era desejável que o ministério considerasse as contas reais da saúde em 2011 e inscrevesse no orçamento as verbas necessárias". Até porque, acrescentou, a actividade hospitalar cresceu no último ano "e isso tem de ser reflectido nas dotações orçamentais".
A Apifarma reclama uma dívida de 930 milhões de euros aos hospitais do SNS, calculando que, em média, os hospitais demorem cerca de um ano a pagar aos seus fornecedores
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