Eu PEC (ador) me confesso
A questão para Portugal está em saber se, face à exorbitância do nosso deficit e dívida pública/privada e às elevadíssimas taxas de juro a pagar pela pouca credibilidade de poder cumprir face à debilidade da nossa estrutura económica, temos alternativa à política de PEC(s). Investir na economia para combater o desemprego, aumentar a produção e, desta forma, a receita, seria o ideal para sair da crise em que o capitalismo neoliberal mergulhou o mundo. Porém, o dinheiro disponível para emprestar diminuiu drasticamente e só as economias fortes, muitas delas, como a dos EUA, com valores de deficit e dívida pública idênticos ao nosso, conseguem financiamento nos mercados a taxas de juro baixas. Nesta questão do financiamento dos países há, também, uma política de classe, quanto mais se tem (ou aparenta ter) mais barato se consegue o dinheiro emprestado. Porque a ordem económico-financeira é o que é e não se vê vontdade de a mudar, assistindo-se pelo contrário ao retomar de posições dos que defendem e contribuíram para a actual crise, não me parece que tenhamos alternativa à política dos PEC(s). link link
A possibilidade de escolha estará entre um PEC à Sócrates ou à Passos Coelho, ou a outro qualquer que apareça. Seja qual for (o que não significa que a escolha seja indiferente), vamos ter de ajustar o nível de vida do País ás nossas possibilidades aprendendo a ter de fazer mais e melhor com menos dinheiro. Para tal será necessário, em primeiro lugar, conhecer-se a realidade nua e crua das nossas contas públicas e privadas. Depois, que cada partido diga, com clareza, as medidas que irá tomar para conseguir atingir os objectivos do valor do deficit que nos foi imposto pelos nossos credores e, simultaneamente, melhorar o desempenho da nossa economia. Finalmente, conhecido o resultado das eleições e o novo governo que daí resultar, que todos e individualmente, sem subserviência ou abdicando dos nossos direitos liberdades e garantias, nos empenhemos em tirar o País do atoleiro em que se encontra.
Tavisto Etiquetas: crise euro, Tá visto
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