domingo, dezembro 4

Festança dos mercados



«The Collapse of The Euro. The Euro is about to implode but that doesn't mean you can't profit. Euro Panic Spreads Should You Panic Too?
Money Morning is a daily newsletter that delivers stock market news and investment advice from around the world every morning directly to your inbox...
Undoubtedly, Greece's troubles have become the de facto urgent matter for the Eurozone. The 27 EU member states now fear that a default by Greece could set off a financial contagion that will spread throughout the region.
This could be the straw that breaks the EU camel's back... but it's not the whole story.
And there's only so much the euro can take before individual countries either give up their sovereign rights in favor of a stronger Europe or dump the EU altogether.
Investors should be prepared. The euro panic affects all markets - commodities to currencies, stocks to bonds - around the globe.
You can be one of the first to see all the details of how this urgent crisis will unfold...
Go below to get this special report, which will explain - in plain English - how to protect your investments while enjoying potentially astronomical gains.
Take action and prepare yourself now. Get your report below.=
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Este "AD" recorrente no NYT diz bem como funcionam os ditos mercados, até há bem pouco deusificados por Cavaco Silva e ainda reverenciados por Passos Coelho e demais neoliberais.
O que este abjecto anuncio diz aos investidores internacionais que anonimamente se acoitam por trás da palavra “mercados” não é mais que: Detentores do capital não se assustem com a crise europeia, saibam como obter lucros fabulosos à custa da miséria dos seus povos.
Se o processo de esbulho funcionou no Chile ou na Argentina, à custa da miséria de milhões de cidadãos anónimos desses países, porque não há-de funcionar também na Europa onde há muito mais para sacar em valor de trabalho acumulado?
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Sobre a euro crise :
"The Apocalypse Trade"
link
"The Euro Zone Crisis and the U.S.: A Primer"
link

Wolfgang Münchau:
«If the European summit could reach a deal on December 9, its next scheduled meeting, the eurozone will survive. If not, it risks a violent collapse. Even then, there is still a risk of a long recession, possibly a depression. So even if the European Council was able to agree on such an improbably ambitious agenda, its leaders would have to continue to outdo themselves for months and years to come.»
...
»Last week, the crisis reached a new qualitative stage. With the spectacular flop of the German bond auction and the alarming rise in short-term rates in Spain and Italy, the government bond market across the eurozone has ceased to function
The banking sector, too, is broken. Important parts of the eurozone economy are cut off from credit. The eurozone is now subject to a run by global investors, and a quiet bank run among its citizens.
This massive erosion of trust has also destroyed the main plank of the rescue strategy. The European Financial Stability Facility derives its firepower from the guarantees of its shareholders. As the crisis has spread to France, Belgium, the Netherlands and Austria, the EFSF itself is affected by the contagious spread of the disease. Unless something very drastic happens, the eurozone could break up very soon.
Technically, one can solve the problem even now, but the options are becoming more limited.»
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Tavisto

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2 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

What Happens if a Country Drops Out of the Eurozone?

Jared Bernstein has a simple explanation on what happens to the currency and debt:
What would happen if a country broke away? Well, the problem is all in the transition. Contracts between creditors (lenders) and debtors (borrowers), including everything from bonds to cheese deliveries, have to be renegotiated, and done so at the value the world decides to assign to the new currency, e.g., the ND ("new drachma"). And one can imagine that assignment will not be flattering to the dropout country.
Bank runs are a worry -- those holding euros in Greek banks will be assigned the new value in "NDs," and account holders will want to avoid that devaluation.
As weaker economies dropout, their currencies will fall relative to those of stronger ones, like the US dollar or the euro, as currency markets once again can vote on an individual country's currency, as opposed to that of a currency block. This could help them adjust through exports, but we're probably not talking about gentle devaluation here; we're talking systemic shock.
Basically, the transition is by definition a huge devaluation event. You leave the currency union because you can't achieve solvency within it, and once you're free, the world casts judgment by revaluing your currency in ways that reflect the conditions of your exit. Any support you enjoyed from being a weaker player of a stronger team vanishes.

4:47 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Na entrevista que deu à SIC, o primeiro-ministro deixou três ideias. A primeira é que não garante o cumprimento do Orçamento do Estado para 2012 devido à deterioração da situação internacional. A segunda é que não exclui o recurso a novas medidas de austeridade para concretizar o défice previsto para o ano. E a terceira é que considera todos os cenários, mesmo uma eventual implosão do euro.

Quer dizer, apesar de os portugueses irem suportar o mais brutal orçamento desde 1974, Pedro Passos Coelho vem-nos dizer, com absoluta frieza, que admite ter de aumentar a dose de austeridade (está-se a ver onde: confiscando também os subsídios de férias e de Natal dos trabalhadores do sector privado); e que mesmo todos esses sacrifícios podem ser inúteis.

O anterior primeiro-ministro era acusado de pintar em tons cor de rosa a realidade; este fá-lo a negro carregado e não nos dá nenhuma esperança. Pelo contrário, Passos encarna o papel de anjo vingador que nos punirá pelos nossos supostos excessos consumistas nos últimos vinte anos. Não gere as expectativas dos seus concidadãos; destrói-as. O que Pedro Passos Coelho nos está a propor é que trabalhemos mais horas, por menos dinheiro e com menos direitos — esperando que daí resulte, no final, um país mais moderno, inovador e dinâmico. Está-se a ver que vai resultar. A Europa é governada pelo duo Merkozy; Portugal pelo duo Coelhar. Coelho dá o aval político ao falcão Vítor Gaspar. O ministro das Finanças é o representante da ortodoxia do BCE no Governo português. E se as coisas correrem muito mal, não é de excluir que venhamos a ter, a prazo, Gaspar no lugar de Coelho, por imposição da Alemanha. Já houve surpresas maiores.
O Orçamento do Estado para 2012 é o espelho do pensamento deste duo. Passos protegeu a sua base de apoio, poupando os municípios, que mantiveram os limites de endividamento e autonomia para contratar, escapando também a fusões e extinções, ao contrário do que está expresso no memorando de entendimento. Em contrapartida, o preconceito de Gaspar contra o sector público está expresso nos cortes de salários e subsídios aos funcionários públicos — e vai acabar durante 2012 na tentativa de despedimento de milhares destes trabalhadores.

Esse preconceito está também expresso no objetivo de equiparar os trabalhadores das entidades reguladoras aos funcionários públicos em matéria de regimes de vinculação, carreiras, remunerações e avaliação. Ora esta orientação, como é óbvio, enfraquece a autonomia de gestão dos recursos humanos por parte das entidades reguladoras, que terão muito menor capacidade para atrair quadros bem preparados, essenciais para efetuar uma supervisão cada vez mais eficiente, tanto mais essencial quanto o Estado se prepara para privatizar algumas empresas que atuam como monopólios ou em posição grandemente dominante nos mercados. Ou seja, o objetivo de alcançar maior concorrência com as privatizações pode conduzir, na prática, à mera transferência dos monopólios, com as respetivas sobrerrendas, por incapacidade da supervisão, a ficarem agora em mãos privadas.

O país que este Governo vai deixar será muito mais pobre e desigual, mas também menos competitivo, inovador e dinâmico. Não, a História não vos absolverá. A História vos absorverá. Como e por que meios, é o que veremos.

Nocolau Santos, expresso 03.12.11

4:51 da tarde  

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