Truques sobre défices...
COMUNICADO
A federação de Viseu do PS face às lamentáveis declarações do secretário de estado da saúde, Manuel Lopes Teixeira, proferidas aquando da tomada de posse do novo conselho de administração do centro hospitalar Tondela-Viseu não pode deixar de se indignar com tamanha falta de honestidade intelectual e com tão colossal despudor ao dizer o que disse sobre as contas do exercício de 2011 do referido centro hospitalar e sobre um défice das contas que só existe na sua cabeça.
Perante uma gestão rigorosa e positiva desenvolvida durante seis anos, para que contribuíram sobretudo todos os profissionais do hospital, que colocaram esta unidade de saúde numa das melhores a nível nacional, tendo sido mesmo o segundo hospital do país no último estudo levado a cabo pela escola nacional de saúde pública, o secretário de estado vem a Viseu, para fazer um “frete” sabe-se lá a quem, dizer as barbaridades que disse.
Quem quer enganar com estas atoardas? Ou será que quer criar uma cortina de fumo e um saco azul para dar um bónus inicial à nova administração? Ou é para desviar as atenções sobre os aumentos, esses sim, violentíssimos das taxas moderadores para 2012?
Mas como faltou seriedade política e rigor ao secretário de estado, na sua intervenção, vamos a factos:
i) Não há nenhuma empresa, e o hospital não é exceção, que em outubro possa falar em resultados finais de gerência;
ii) Não estão refletidas nas contas, até outubro, os ganhos inerentes à negociação dos medicamentos o que só é feito no final do ano e que vai rondar um milhão de euros;
iii) Não estão reflectidos nas contas os cortes no subsídio de natal e outros encargos remuneratórios que se estima darão uma redução nos custos com pessoal de cerca de 2 milhões de euros;
iv) Não estão incluídos, em outubro, os incentivos institucionais que a manter-se, somente uma taxa de cumprimento de 50%, representam um acréscimo de proveitos, no final do ano, de 1,5 milhões de euros;
v) Não está contabilizado, até outubro, o pagamento dos medicamentos biológicos que são fornecidos gratuitamente aos doentes e representam mais de um milhão de euros;
vi) E já agora uma pergunta: Por que motivo o actual secretário de estado da Saúde, Manuel Teixeira, não aproveitou a sua intervenção, neste evento de tomada de posse, em Viseu, para explicar aos viseenses o não pagamento de 5,5 milhões de euros ao Hospital de S. Teotónio EPE, referente a produção contratualizada, efetivamente prestada e não paga, desde 2005, pela ACSS (administração central dos serviços de saúde) da qual era presidente?
Sem sermos exaustivos demonstramos nas rubricas supra referidas que há proveitos de mais de 5 milhões de euros que ainda, obviamente, não estão reflectidos nas contas e que superam o tal défice que, com desonestidade política, aqui veio anunciar.
As afirmações proferidas em Viseu pelo secretário de estado, Manuel Teixeira, não passam, pois, de uma calúnia e de uma mistificação. O único e principal objetivo foi o de tentar denegrir quem apresentou contas sempre equilibradas e com bons resultados assistenciais durante os últimos seis anos de gestão, com a colaboração de todos os profissionais do hospital de S. Teotónio e agora do centro hospitalar.
Não adianta vir para aqui fazer contas antes do final do exercício e tentar passar um atestado de incompetência aos viseenses. Estamos a ficar cansados de truques sobre défices.
2011-12-27
Federação de Viseu do PS
A federação de Viseu do PS face às lamentáveis declarações do secretário de estado da saúde, Manuel Lopes Teixeira, proferidas aquando da tomada de posse do novo conselho de administração do centro hospitalar Tondela-Viseu não pode deixar de se indignar com tamanha falta de honestidade intelectual e com tão colossal despudor ao dizer o que disse sobre as contas do exercício de 2011 do referido centro hospitalar e sobre um défice das contas que só existe na sua cabeça.
Perante uma gestão rigorosa e positiva desenvolvida durante seis anos, para que contribuíram sobretudo todos os profissionais do hospital, que colocaram esta unidade de saúde numa das melhores a nível nacional, tendo sido mesmo o segundo hospital do país no último estudo levado a cabo pela escola nacional de saúde pública, o secretário de estado vem a Viseu, para fazer um “frete” sabe-se lá a quem, dizer as barbaridades que disse.
Quem quer enganar com estas atoardas? Ou será que quer criar uma cortina de fumo e um saco azul para dar um bónus inicial à nova administração? Ou é para desviar as atenções sobre os aumentos, esses sim, violentíssimos das taxas moderadores para 2012?
Mas como faltou seriedade política e rigor ao secretário de estado, na sua intervenção, vamos a factos:
i) Não há nenhuma empresa, e o hospital não é exceção, que em outubro possa falar em resultados finais de gerência;
ii) Não estão refletidas nas contas, até outubro, os ganhos inerentes à negociação dos medicamentos o que só é feito no final do ano e que vai rondar um milhão de euros;
iii) Não estão reflectidos nas contas os cortes no subsídio de natal e outros encargos remuneratórios que se estima darão uma redução nos custos com pessoal de cerca de 2 milhões de euros;
iv) Não estão incluídos, em outubro, os incentivos institucionais que a manter-se, somente uma taxa de cumprimento de 50%, representam um acréscimo de proveitos, no final do ano, de 1,5 milhões de euros;
v) Não está contabilizado, até outubro, o pagamento dos medicamentos biológicos que são fornecidos gratuitamente aos doentes e representam mais de um milhão de euros;
vi) E já agora uma pergunta: Por que motivo o actual secretário de estado da Saúde, Manuel Teixeira, não aproveitou a sua intervenção, neste evento de tomada de posse, em Viseu, para explicar aos viseenses o não pagamento de 5,5 milhões de euros ao Hospital de S. Teotónio EPE, referente a produção contratualizada, efetivamente prestada e não paga, desde 2005, pela ACSS (administração central dos serviços de saúde) da qual era presidente?
Sem sermos exaustivos demonstramos nas rubricas supra referidas que há proveitos de mais de 5 milhões de euros que ainda, obviamente, não estão reflectidos nas contas e que superam o tal défice que, com desonestidade política, aqui veio anunciar.
As afirmações proferidas em Viseu pelo secretário de estado, Manuel Teixeira, não passam, pois, de uma calúnia e de uma mistificação. O único e principal objetivo foi o de tentar denegrir quem apresentou contas sempre equilibradas e com bons resultados assistenciais durante os últimos seis anos de gestão, com a colaboração de todos os profissionais do hospital de S. Teotónio e agora do centro hospitalar.
Não adianta vir para aqui fazer contas antes do final do exercício e tentar passar um atestado de incompetência aos viseenses. Estamos a ficar cansados de truques sobre défices.
2011-12-27
Federação de Viseu do PS
Etiquetas: XIX gov
4 Comments:
E o "truque" à volta do novo Plano Nacional de Saúde (2011-16) que foi colocado on line (Portal da Saúde) para ser, apressadamente, retirado algumas horas depois? link
Hospitais pedem desconto a laboratórios farmacêuticos para pagar dívidas
Ministério da Saúde tinha-se comprometido com a Apifarma a apresentar um plano com a calendarização para o pagamento das dívidas. Mas este plano já foi adiado por duas vezes
Há grandes hospitais que estão a pedir a vários laboratórios farmacêuticos descontos financeiros para pagarem de imediato as dívidas que se têm vindo a agravar nos últimos tempos. Face à multiplicação de pedidos deste tipo e numa altura em que aguarda o plano de calendarização do pagamento das dívidas prometido pela tutela, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) repudiou ontem de forma "veemente" esta estratégia, em comunicado.
A associação explica que "teve conhecimento de que vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm contactado as empresas associadas questionando-as sobre o montante de desconto financeiro que estão dispostas a conceder para que lhes seja pago o valor devido da dívida vencida [a mais de 90 dias]".
Considerando que este tipo de proposta "contraria o compromisso assumido pelo Estado Português" no memorando de entendimento assinado com a troika - e que incluía a criação de "um quadro global de resolução das dívidas dos hospitais do SNS para com as empresas farmacêuticas e respectiva calendarização de pagamentos" -, a Apifarma volta a propor ao Ministério da Saúde (MS) que o pagamento dos valores em falta "seja realizado de forma centralizada, numa instituição a acordar".
O plano de pagamento da dívida a fornecedores, uma medida considerada prioritária no memorando de entendimento assinado com a troika, ainda não foi oficialmente apresentado. Inicialmente prevista para o final de Setembro, a apresentação deste plano foi adiada para o final de Dezembro, tendo depois o ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmado que isso se concretizaria, afinal, apenas no início de Fevereiro.
"Moralmente pode não ser muito aceitável, mas é habitual os hospitais pedirem descontos e os laboratórios farmacêuticos fazerem descontos", contrapõe um administrador hospitalar que pede para não ser identificado. Os descontos podem ir dos 3% até aos 7 a 8% e até há casos em que chegam a 10%, acrescenta. Neste caso tratar-se-á de descontos comerciais, diferentes dos descontos financeiros, menos habituais.
A Apifarma contrapõe que o cenário actual tem características únicas e que vão para além do plano de regularização da dívida já acordado com a tutela. Por um lado, o valor dos pagamentos em falta dos hospitais do SNS às empresas farmacêuticas cresceu 30% entre Dezembro de 2010 e Novembro de 2011, altura em que atingiu perto de 1,3 mil milhões de euros (quase metade da dívida total do SNS a fornecedores), com um prazo de pagamento de 453 dias. Por outro, as empresas do sector estão a "atravessar um momento crítico, agudizado pela obtenção de crédito junto da banca". Recorda ainda que as empresas já pagaram ao Estado português o IVA relativo aos fornecimentos efectuados.
A farmacêutica Roche (líder no fornecimento de medicamentos aos hospitais, sobretudo na área do tratamento do cancro) não quis fazer qualquer comentário sobre estes pedidos de desconto. Tavares de Castro, responsável pela área de corporate affairs em Portugal da empresa, confirmou apenas ao PÚBLICO que a Roche continua envolvida num processo de negociação com o Ministério da Saúde para que se encontre um plano de pagamento da dívida do Estado (mais de 115 milhões de euros). "Não é oportuno fazer qualquer tipo de comentário", disse.
A Roche chegou a anunciar uma alteração da sua política comercial que entraria em vigor em Dezembro passado e afectaria cinco hospitais portugueses (Guarda, Aveiro, Torres Vedras, Setúbal e Funchal) com dívidas acumuladas há mais de 750 dias. Mas acabou por suspender esta medida depois de o Governo se ter comprometido a apresentar um plano de pagamento até ao final de Janeiro.
JP 14.01.11
O blogue colectivo Aventar está a realizar um concurso para apurar qual o melhor blogue do ano em diversas categorias
Peço desculpa aos nomeados na categoria de Saúde por tê-los nomeado(excepto o blogue Queratocone) mas de facto não seria a mesma coisa se não os tivesse incluído na lista e a fim de uma sadia convivência e maior divulgação da actualidade em saúde para fora dos meios internos e fechados que são estas discussões sobre esta área.
As minhas desculpas ao Doutorenfermeiro, Cogitare em Saúde; Plano de Cuidados; Saudesa; Impressão de um boticário de Província, Juramento de Hipócritas; SaúdeImpostos ;) e boa sorte a todos.
Para votar devem ir a este Link ( http://aventar.eu/blogs-do-ano-2011/)
Os pedidos de descontos são operações comerciais ou não será uma subreptícia renegociação da dívida por tranches?
Voltamos ao lugar comum que nos tem afligido nos últimos anos.
O Governo mostra-se expedito em saldar o colossal "buraco" do BPN e, quanto ao SNS, dá a ideia de dispôr de todo o tempo - até ocorrerem situações de ruptura...
A dívida dos Hospitais aos Laboratórios Farmacêuticos deixa de ser um problema financeiro para transformar-se numa arma de arremesso contra o Estado Social. Os escribas de serviço e os comentadores orgânicos têm aqui um pretexto para tecerem doutas traquinices sobre a insustentabilidade do SNS, coisa que nunca ousaram fazer, p. exº., em relação à regulação do sistema financeiro...
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