segunda-feira, junho 25

Crescem protestos contra Paulo Macedo

 «Cada nova notícia revela factos que objetivamente fragilizam o SNS e levarão à sua destruição, caso não sejam travados», acusa o presidente da USF-AN — Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar, Bernardo Vilas Boas, numa nota colocada no site,link a propósito das conclusões do Relatório de Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS). E os exemplos dados por aquele responsável são muitos: «A inativação artificial de utentes das listas dos médicos de família e a respetiva sobrecarga com centenas de utentes, na ARSLVT; a publicação do concurso para a contratação de médicos sem especialidade e ao mais baixo custo; o encerramento de três serviços de ambulância do INEM numa região interior; o fim do alargamento de horário nas USF da região Norte, quando era expectável a sua disseminação; a desaceleração e atrasos na Reforma dos CSP, no início de actividade e na evolução de USF e na contratualização». Todos eles, salienta Bernardo Vilas Boas, «constituem peças dispersas de um puzzle, que juntas, revelam desinvestimento nas USF e nos cuidados de saúde primários e graves riscos de degradação do suporte fundamental da sociedade portuguesa, que é o SNS». O presidente da USF-AN faz questão de dizer ainda que corrobora a ideia do OPSS de que as restrições financeiras acabam por ter um impacto negativo na saúde dos cidadãos, afirmando que «as taxas moderadoras estão a afectar as consultas, em situações agudas e no cumprimento de programas de vigilância de saúde, por parte de significativas camadas da população que se encontram nos limiares da pobreza». Esta é mais uma «voz da Saúde», que se junta aos protestos contra os cortes no sector.
TM 25.06.12

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