domingo, outubro 21

Interpelação governo 18.10.12

2 Comments:

Blogger tambemquero said...

"O estado assim nunca conseguirá o equilíbrio. Fez-se de tudo e apenas se reduziu o défice em 1% do Produto Interno Bruto. Tenho dúvidas quando à execução orçamental, mais do que na aprovação do Orçamento, mas será uma tragédia nacional, em que o desemprego vai subir em flecha e a falência das empresas será em catadupa", disse.
João Ferreira do Amaral, que participou hoje no encontro "Propostas dos Agentes Económicos e Sociais e o Orçamento do Estado para 2013", que decorreu no Seixal, garantiu que este Orçamento "não vai resolver nada" e que a política seguida "não tem futuro".
"Estão a empurrar o país para o desastre e o governo insiste netas políticas para reduzir os salários e numa segunda vertente para reduzir drasticamente o peso do Estado. O governo nem se importa muito que a austeridade não resulte, porque depois diz que não pode aumentar mais impostos e avança para um corte nas funções do estado", referiu.
O economista referiu que existem hipóteses a seguir, quer seja com Portugal na zona euro ou não.
"O programa atingiu o seu limite e é preciso negociar com a 'troika', com um programa mais gradual e sem estes condicionalismos. Mas uma negociação a sério, pois com este governo é um acordo mútuo de entidades que pensam da mesma maneira", salientou.
O economista defendeu ainda que a prazo não acredita que Portugal possa continuar na zona euro e que o país devia sair de forma "negociada e controlada".
"Ganhávamos a emissão monetária e acaba a chantagem dos mercados. Acabaremos por ser expulsos numa altura em que pouco haverá a fazer e a saída não tem que ser uma catástrofe, pode ser negociada e controlada", concluiu.

João Ferreira do Amaral, CM 22.10.12

8:44 da tarde  
Blogger tambemquero said...

Ninguém quer agora eleições e muito poucos acreditam que um Presidente descredibilizado tenha capacidade e vontade para tomar a iniciativa de promover a formação de um governo alternativo a este.

Talvez por isso, ouve-se agora em meios que ainda alimentam alguma simpatia pela coligação a sugestão de que, para além de uma urgente remodelação, o governo deveria apostar numa nova postura de firmeza negocial perante a troika, numa inversão de cento e oitenta graus em relação àquela que foi a sua prática ao longo de quase um ano e meio.

As últimas declarações de Passos Coelho na Roménia e na Bélgica, que ontem e hoje escutámos incrédulos, liquidaram liminarmente a ilusão de que esse caminho possa ser viável.

Um homem que até aos 47 anos viveu de expedientes necessariamente vai para o governo fazer o que se habituou a fazer, ou seja nada. Basicamente, o país elegeu em 2011 um penteado e uma voz bem colocada. Ainda ontem, ouvimo-lo ler num inglês impecável um texto de que não entendia uma palavra, algo que se tornou evidente quando, minutos volvidos, prontamente se desdisse no período de respostas aos jornalistas.

Interrogado sobre a nova posição do FMI, apressou-se a dar-nos conta de que o Sr. Selassie já tivera ocasião de esclarecer que esse entendimento é equivocado. Um dia mais tarde, na cimeira europeia, dessolidarizou-se não só da Grécia, da Irlanda, da Espanha, da Itália e de Malta, como também da França que, nos últimos dias, saiu em auxílio de Portugal.

Este vergonhoso comportamento tem um nome que, estou certo, veio à mente de todos os portugueses que o escutaram.

As participações do renegado Passos nas reuniões de Bucareste e Bruxelas reflectem a sua total indisponibilidade para representar os interesses do país perante a UE, o BCE, o FMI ou qualquer outro bicho que lhe arreganhe os dentes.

João Pinto e Castro, Jugular 19.10.12

9:01 da tarde  

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