sábado, novembro 17

Health at a Glance: Europe 2012

«Em 2010, o crescimento das despesas de saúde per capita abrandou ou registou uma quebra em termos reais em quase todos os países europeus, invertendo uma tendência de aumento contínuo. A despesa tinha já começado a descer em 2009 nos países mais duramente atingidos pela crise económica (p. ex. a Estónia e a Islândia), mas em 2010 seguiram‑se cortes mais severos em resposta a pressões orçamentais crescentes e ao aumento dos rácios dívida/PIB. Em média, as despesas de saúde per capita aumentaram 4,6 % por ano em termos reais entre 2000 e 2009 na UE, tendo descido 0,6 % em 2010 (figura acima).
A redução da despesa pública com a saúde foi conseguida através de uma série de medidas, incluindo a redução dos salários e/ou do nível de emprego, o aumento dos pagamentos directos de certos serviços e medicamentos pelas famílias e a imposição de restrições orçamentais rigorosas aos hospitais. Procurouse igualmente obter ganhos de eficiência graças a fusões de hospitais ou acelerando a transição do regime de internamento para os cuidados em ambulatório e as cirurgias ambulatórias.
A crise económica e as restrições orçamentais crescentes sujeitaram os sistemas de saúde de muitos países europeus a pressões adicionais. Vários países duramente atingidos pela crise adoptaram uma série de medidas para reduzir a despesa pública com a saúde. Será necessário acompanhar de perto o impacto a curto e longo prazo destas medidas no que diz respeito aos dois objectivos fundamentais dos sistemas de saúde dos países europeus: garantir o acesso adequado aos cuidados de saúde a assegurar a sua qualidade.» 
De notar a taxa de crescimento média anual negativa das despesas de saúde per capita dos PIGS: Irlanda, Grécia e Espanha (2009-2010). O 4.º PIG desacelera a fundo no último ano: 1,5%-0,5% (2009-2010).

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