quinta-feira, novembro 8

Além da troika

«O ministério pretende reduzir a despesa com medicamentos, tanto em meio ambulatório como hospitalar, para 1% do Produto Interno Bruto (PIB) já em 2013. Para este ano, a meta situou-se em 1,25%. A tutela diz que a medida estava inscrita no memorando de entendimento com a troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu).link 
 Mas o presidente da Apifarma, num encontro com jornalistas, contrapôs ontem que essa percentagem dizia apenas respeito aos medicamentos nas farmácias e não aos que são utilizados nos hospitais. Há também o problema de, com a recessão económica, o PIB português estar a encolher. João Almeida Lopes disse mesmo que a própria Grécia, que enfrenta um plano de ajuda externa, tem a mesma meta de 1% mas só para medicamentos nas farmácias e só em 2014. "O Governo português, claramente, tomou uma opção: ir para além da troika", reiterou.

Perante este cenário, Almeida Lopes disse que a Apifarma vai "honrar" o acordo para este ano, mas não está disponível para renovar o protocolo que assinou em Maio e que previa que, ultrapassados determinados limites de despesa com medicamentos, seriam os próprios laboratórios a ressarcir o Estado dos valores remanescentes (um mecanismo conhecido como payback).»
JP 08.11.12
Com o PIB a derreter-se, o objectivo de reduzir a despesa com medicamentos no próximo ano a 1% do PIB afigura-se missão impossível.

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2 Comments:

Blogger Tavisto said...

Merck halts cancer drug supply to Greek hospitals

FRANKFURT, November 3 – Merck, the German pharmaceuticals group, is no longer delivering the cancer drug Erbitux to Greek hospitals, a spokesman said on Saturday, the latest sign of how an economic and budget crisis is hurting frontline public services.
Drugmakers raised concerns with EU leaders earlier this year over supplies to the eurozone’s crisis-hit southern half and Germany’s Biotest in June was the first to stop shipments to Greece because of unpaid bills.
Publicly owned hospitals in some countries worst hit by the eurozone debt crisis had been struggling to pay their bills, Matthias Zachert, Merck’s chief financial officer, was quoted as saying by German paper Börsen-Zeitung in an interview on Saturday.
He said however that the only country where Merck had stopped deliveries was Greece.
“It only affects Greece, where we have been faced with many problems. It’s just the one product,” he told the paper.
A spokesman for the company told Reuters that the drug concerned was Erbitux and that ordinary Greeks can still purchase it from pharmacies.
Some countries have taken action to pay bills, such as in Spain, where the government has said it will help hospitals to pay off debts.
“That has improved things, even though the situation should still be regarded as critical for the coming years,” Mr Zachert said.
Erbitux is Merck’s second best-selling prescription drug, bringing in sales of €855m in 2011 from treating bowel cancer and head and neck cancer.

Reuters

…………….

Por este caminho lá chegaremos .......

12:11 da manhã  
Blogger Ana Risso said...

O mecanismo de payback já é parte integrante das políticas de preço e reembolso de medicamentos noutros países Europeus há mais de uma década. Todavia em Portugal entende-se que os acordos assinados, os protocolos estabelecidos em prol da sustentabilidade do SNS e, por sua vez, em detrimento dos lucros da indústria farmacêutica são para revogar. Sr. Ministro, talvez esteja na altura de, em nome dos Portugueses e da sobrevivência do modelo do nosso SNS, que de algum modo ainda se assemelha ao definido em Alma Ata em 1978, acabar com os lobbies nas indústrias da saúde e das que com estas se relacionam, em Portugal.

10:58 da manhã  

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